O Recife Metal Law conversou e procurou saber um pouco sobre o ‘power trio’ formado por Erik (Guitarra), Gil (baixo/Vocais) e Julierne (bateria), oriundo da capital do estado de Mato Grosso, mais precisamente da cidade de Cuiabá. A banda vem tendo ótima aceitação entre os bangers em suas apresentações ao vivo, com seu vigoroso Thrash Metal e estão na luta para lançar sua primeira Demo este ano!
Recife Metal Law – Descreva o Burning In Hate em poucas palavras, Erik. Sua ideologia e o porquê do nome para a banda.
Erik – Bom, em primeiro lugar eu queria agradecer a você, Wender, pela oportunidade! Cara, o Burning In Hate é um instrumento para tentar fortalecer a cena, com sons ‘oitentistas’, como deve ser o verdadeiro Metal. O Burning In Hate é nossa vida! Eu lembro que desde moleque eu falava pro Gil que a gente iria montar uma banda de Thrash 80’s, aí a gente conheceu o July, e agora estamos aí. (risos) O motivo do nome Burning In Hate (‘Queimando em Ódio’) é aquele negócio, brother: muitas guerras, muita destruição e carnificinas. Não dá pra ficar feliz no mundo em que vivemos hoje.
Recife Metal Law – Qual foi o motivo, para a banda blasfemar na língua pátria e não em inglês, já que o Burning In Hate tem fortes influências de Kreator, Destruction e Sodom? Vocês pensam um dia em compor e tocar algo em inglês?
Erik – Então, a gente quis fazer tipo uma mistura, saca? Além de nossas influências ‘gringas’ curtimos muito o Thrash Metal nacional; bandas como Anthares, Taurus, Korzus (‘old’) Sepultura (‘old’). Então nós fizemos essa mistura do bom e verdadeiro Thrash ‘gringo’, com o nosso fudido Thrash Metal nacional, e por enquanto vamos blasfemar somente em português e, no futuro, quem sabe?
Recife Metal Law – Atualmente, qual a principal dificuldade de se manter o Burning In Hate na ativa?
Erik – Cara, eu recentemente mudei pra Dourados/MS por falta de opção, então fica mais difícil por causa do trabalho, das passagens... Essa é a nossa principal dificuldade no momento.
Recife Metal Law – Qual foi a sensação (experiência) que vocês tiveram ao abrir o show do grande Headhunter D.C. em Cuiabá/MT e de viajarem pro interior do Mato Grosso e se apresentarem ao lado do Ophiolatry?
Erik – Sabe aquela banda que você escuta desde moleque? É o Headhunter D.C.! Nós do Burning In Hate escutamos eles faz tempo, então imagina a nossa satisfação de tocar com uma das bandas mais fudidas do cenário nacional? Foi foda! Foi brutal demais! E o Ophiolatry é uma banda desgraçada! Os caras botam pra fuder, além de serem uns caras simples, sem aquela pose de mal, que muitos acham que isso é ser Headbanger. Então foi uma experiência inesquecível para o Burning In Hate.
Gil – Putz, muito bom cara! A experiência de tocar com os caras do Headhunter D.C., umas das bandas que eu mais gosto, foi incrível! E tocar com os caras do Ophiolatry também. Uma das melhores bandas do cenário Metal mundial. Eu já tinha os visto tocarem antes aqui em Cuiabá, no Blecaute, e quem diria que anos depois eu iria dividir palco com esses dois monstros do Metal.
Recife Metal Law – Como vocês analisam o atual momento da cena Underground Cuiabana? O que precisa melhorar?
Erik – Em primeiro lugar, acho que devíamos ser mais unidos, e parar com ‘fofoquinhas’ e ‘panelinhas’, que sempre tem. Nós todos lutamos pelo mesmo ideal, de fortalecer a nossa cena e eu acho que isso atrapalha um pouco. Então, em vez de criticar, vamos ser mais unidos para nos fortalecer, porque a nossa cena é brutal!
Recife Metal Law – O que está faltando para o Burning In Hate entrar em estúdio e gravar a tão desejada Demo? Já pensaram em gravar uma Demo ensaio para que pessoas de outros estados conheçam seus malignos sons?
Erik – Estamos querendo gravar já faz um tempão, mas há dificuldades. Eu tenho uma mulher e um filho, e os outros membros da banda estavam desempregados e agora mais essa de eu me mudar para outro estado. Já pensamos, sim, em gravar uma Demo ensaio pra divulgar o som, mas o que falta mesmo é a ‘marvada’ grana. (risos)
Gil – No início nos não tínhamos condições de gravar, por falta de grana, mas depois foi por problemas pessoais. E hoje em dia é a distância.
Recife Metal Law – No ‘set list’ da banda são desferidos, ao vivo, sons como: “Face da Morte”, “Berço do Mal”, “Assassino”, “Marchando Para a Morte”, “Condenados a Morrer” e “Gritos de Desespero”. O que é abordado nestas sete letras e quem as escreveu?
Erik – Todas as nossas letras têm como temática: guerras, assassinos em série, destruição, o caos e toda essa merda que acontece no nosso mundo nos dias de hoje. Todas as letras são feitas pela banda mesmo; cada um dá sua idéia.
Gil – As letras da banda, a maioria, foram de minha autoria e outras com o Julierne e o Erik. Todas as letras do Burning In Hate são uma história só; cada música são contos de cenas da guerra. Nós somos maníacos por filmes de guerra. E o filme Platoon aborda o que está contido em nossas letras, pois o mesmo transmite sangue, muita violência e crueldade.
Recife Metal Law – Essas faixas que foram citadas acima, o público banger do Mato Grosso já as conhece em suas apresentações ao vivo. Todas estarão na Demo? A mesma já possui algum nome?
Erik – Estamos querendo colocar quatro delas. Não temos certeza quais ainda, mas vamos tentar colocar as mais violentas e destruidoras. O nome da Demo estamos querendo colocar a faixa que leva o nome da banda (‘Queimando em Ódio’).
Recife Metal Law – Depois de quase cinco anos se apresentando ao vivo, na capital e pelo interior do Mato Grosso, sem a concretização de uma Demo gravada, não bateu um desânimo ou isso é apenas mais um obstáculo a ser superado pelo Burning In Hate?
Erik – Desânimo acho que não cara! Isso tudo que aconteceu com o Burning In Hate; as dificuldades ao longo desses cinco anos só serviram pra gente se fortalecer mais ainda. A Demo demorou um pouquinho, mas em breve irá sair do forno!
Recife Metal Law – Qual a opinião da banda sobre o discutido “White Metal”?
Erik – Morte aos White Metal de merda! Salve o verdadeiro Metal Negro!
Gil – Morte àqueles que tem essa ideologia idiota!
Recife Metal Law – Valeu pela amizade e continuem de pé! Deixem suas considerações finais!
Erik – Eu que agradeço mais uma vez a oportunidade e quero agradecer e dar um salve a todos os que são reais bangers; que lutam pela cena com reais headbangers.
Gil – Valeu meu grande amigo wender! Obrigado pela oportunidade de falar um pouco sobre a gente. Grande abraço para você e para a horda Copula Infame!
E-mail: [email protected]
Entrevista por Wender Destruction
Fotos: Divulgação