EXORCISMO





A banda pernambucana de Thrash Metal, Exorcismo, formada em 2007_, passou por diversas mudanças, inclusive, na forma de cantar suas músicas. Antes usando de nosso idioma pátrio, hoje a banda, com o seu álbum de estreia, “Exorcise and Steal”, lançado em 2018, adotou o inglês como a língua oficial suas músicas. Tendo em sua formação Denis Violence (vocal/bateria), Anderson Razor e Carlos Ragner (guitarras) e Risaldo Silva (baixo), o Exorcismo continua forte na divulgação do seu ‘debut’ álbum, porém isso não impediu que a banda trabalhasse nas novas músicas, tendo, inclusive, já lançado um single, que antecipada um vindouro novo álbum. E sobre diversos temas, que não só o disco de estreia, conversamos com a banda. Confira na entrevista a seguir.

Recife Metal Law - Depois de anos de seu surgimento, muitas mudanças na formação, na forma de apresentar as letras, que passaram do português para o inglês, o Exorcismo chegou ao seu primeiro álbum de estúdio em 2018. Qual a sensação de ter “Exorcise and Steal” em mãos?
Denis “Violence” Andrade -
A melhor sensação possível. De certa forma eu sempre considerei esse disco como um plano de vida desde que ele foi composto por mim, pelo Izaak e pelo Esdras em meados de 2008/2009, e achava uma fatalidade não ter conseguido gravar na época e apresentar esse trabalho. Mas o tempo mostrou que esse disco precisava ser lapidado e o destino me apresentou esses caras altamente competentes que fizeram este objetivo se tornar realidade. O Izaak e o Esdras também são peças fundamentais, mas sem Anderson, Carlos e Risaldo, “Exorcise and Steal” seria apenas um delírio paranoico da minha mente que nunca saiu do papel. (risos)
Risaldo “Papudo” Silva - O fato de ter um ‘trampo’ seu, fruto de muito trabalho, suor, sangue, sono e cerveja em mãos, é sempre muito gratificante. Dizer isso é como dizer que a água é molhada, mas é a verdade!
Carlos Ragner - Muito foda! (risos) Nunca tinha gravado nada antes. O “Exorcise and Steal” foi minha primeira experiência. Ver pronto depois de tanto trabalho dá uma alegria impossível de expressar em palavras. E a vontade é de fazer muitos outros após esse.
Anderson “Razor” Leonardo - Com certeza muito gratificante! Foi um álbum que me marcou muito e me tornou o músico que sou hoje.

Recife Metal Law - Esse álbum sucede, de forma direta, a Demo “Última Batalha”, lançada em 2008. No ponto de vista da banda, há algo do som encontrado no ‘debut’ álbum que remeta a essa Demo, além da música em português “Apocalipse Nuclear/Visions of Eternity”?
Denis -
Absolutamente não. Inclusive, muito da mudança ocorreu em muitas conversas que eu e o Izaak tínhamos. A gente queria fazer um som mais Thrash americano segunda geração, tipo Vio-lence, Sacred Reich, Gammacide, entre outros. Na real eu nunca curti o som dessa Demo, e trouxe outra visão para a banda e nisso eu e o Izaak pensávamos de forma muito parecida. Quanto a “Apocalipse Nuclear” em português, ela só foi feita em português porque em inglês ficou uma bosta! (risos) Eu sou totalmente desencanado com esse negócio de idioma. A banda pode cantar até em árabe. Não faço distinção.
Carlos - Vou confessar a vocês que nunca cheguei a ouvir essa Demo, porque acredito que nem sequer registros dessas músicas devam existir ainda (NDE.: eu tenho essa Demo na minha coleção). Então, na sonoridade, realmente não há semelhança, a não ser a questão da letra em português de “Apocalipse Nuclear”, mas isso foi porque decidimos que a letra ficaria melhor em português mesmo.
Anderson - No meu ponto de vista, o “Exorcise and Steal” está muito à frente da Demo. Para mim a “Última Batalha” foi uma fase experimental da banda.

Recife Metal Law - Ainda sobre essa música, por que usar um segundo título (“Visions of Eternity”) se a música é totalmente cantada em português?
Denis -
Na verdade, são duas faixas em uma, porém o fim apocalíptico dela combina bastante com o início da “Visions of Eternity”, que é uma composição do Esdras, antigo guitarrista, que para mim é um dos músicos mais geniais que já vi. Não faria muito sentido fazer uma “faixa 10” para “Visions of Eternity” se ela e a “Apocalipse Nuclear” se completam entre si. O disco tem muito disso. Logo no início fizemos uma “intro” da “intro”, depois a “intro” e depois a “Masters of Reason”. Uma coisa chama outra. É tipo o que a gente gostava de dizer.
Risaldo - Digamos que elas sejam músicas distintas que se uniram em prol de um bem maior.
Carlos - “Visions of Eternity”, na verdade, é uma instrumental à parte que entraria depois de “Apocalipse Nuclear”. Na prática são duas músicas separadas, porém na hora da gravação decidimos juntá-las para ficar como uma faixa só.
Anderson - A “Visions of Eternity” é simplesmente uma música instrumental. A ideia da faixa era passar um uma visão pós-apocalíptica.

Recife Metal Law - O álbum foi lançado, primeiramente, de forma digital, e só depois saindo fisicamente. Inclusive, “Exorcise and Steal” ganhou diversos lançamentos, por selos diferentes e em formatos diferentes. Além de digital, o álbum saiu em CD e em fita K-7. Como vocês avaliam esses diversos formatos do álbum e de que forma eles ajudam na divulgação, tanto do álbum como do nome da banda?
Denis -
Lançamentos sempre são importantes na divulgação. É uma espécie de reciclar e agregar o público ao tipo de mídia que ele curte. Os ‘olds’ piram nos formatos clássicos; a galera mais nova no ‘streaming’, e assim por diante. É legal estar em todas as plataformas e alcançar novos amantes de Thrash, sejam velhos ou jovens.
Risaldo - O formato digital, hoje em dia, é algo bem interessante, no que diz respeito ao alcance, principalmente para bandas independentes. É um formato que joga seu trabalho a locais antes impensáveis. Todos os formatos cumprem um papel importante: o CD serve como um cartão de visita, de certa forma, além de ser a materialização de seu trabalho e que, apesar dos pesares, ainda tem seu público apreciador. O K-7 eu diria que é algo muito legal, é algo que remete à épocas passadas, soa diferente e tem um público que gosta muito dessas viagens no tempo. Ter todos esses formatos levam tanto o nome do disco quanto o da banda, por entregar diversos produtos para diversos tipos de pessoas com seus gostos particulares.
Carlos - Ficamos muito contentes com isso. Esse interesse de vários selos querendo lançar nosso trabalho é um reconhecimento do nosso esforço. Quanto à divulgação, ela potencializa muito mais o alcance do disco. No caso do “Exorcise and Steal”, teve gente escutando esses álbuns em vários cantos do mundo. Isso para um primeiro álbum de uma banda Underground é uma grande conquista.
Anderson - Lançamentos são de suma importância, tanto digital como físico. Fiquei feliz pelo o que conseguimos com muito esforço, e é gratificante ver que agregamos muito com isso.

Recife Metal Law - Falei que o álbum foi lançado em diversos formatos, mas faltou o velho e bom Long Play (LP). Houve a cogitação de o álbum ser lançado nesse formato?
Denis -
Houveram propostas, sim, mas não chegamos a um acordo para fechar um lançamento nesse formato. Faz parte.
Risaldo - O bom e velho LP sempre será assunto de pauta, mas certos tipos de lançamento para bandas totalmente independentes infelizmente não são tão fáceis.
Carlos - Tínhamos esse desejo, porém como vocês sabem o preço para se bancar uma prensagem de LP ainda é muito caro. Estava muito longe da nossa realidade na época.
Anderson - Com certeza, mas infelizmente não foi viável para nós, mas ainda iremos realizar esse sonho (risos).

Recife Metal Law - Sonoramente, o disco parece ter vindo diretamente da década de 1980, onde o Thrash Metal tinha uma força avassaladora. O integrante mais velho do Exorcismo é o baixista Risaldo Silva, mesmo assim tinha pouca idade no ‘boom’ do estilo. Como surgiu essa influência na música e até mesmo nos músicos da banda?
Denis -
Eu sou bastante eclético e escuto bastante coisa, inclusive, fora do Metal. Mas o Thrash, de certa forma, desde moleque, sempre foi minha força motriz. Aquele estilo onde me identifiquei de cara. Eu me interessei muito por materiais desse estilo no fim dos anos 90 e começo dos 2000 e, daí em diante, foi um caminho sem volta.
Risaldo - Creio que a questão de influência sonora vem justamente dos membros; se todos curtem algo em comum, é natural que a banda soe um pouco daquela forma
Carlos - Apesar de não termos vivido a época boa, tivemos acesso a muito material. Eu posso dizer que o primeiro grande álbum de Thrash Metal que eu ouvi e que fez eu me apaixonar pelo estilo foi o “...And Justice For All” (do Metallica). Daí então foi ladeira abaixo. (risos) Não dá para descrever, só quem ouve sabe como a gente se sente.
Anderson - Na minha adolescência descobrir o Metal foi muito importante com toda certeza, mas o Thrash Metal foi, sem sombra de dúvidas, devastador! Eu pirei na sonoridade, na estética, em tudo. Confesso que sou muito eclético e sempre fui, mas o Thrash Metal corre e sempre vai correr nas minhas veias.

Recife Metal Law - O disco traz 10 músicas, sendo nove composições próprias e um cover. Sobre as músicas próprias, o que ouvimos do álbum é Thrash Metal no seu estado puro. Veloz, com uso incessante de backing vocals, muitos solos e andamentos que são pura velocidade. Inserir velocidade era o fator mais importante para se ter um álbum genuinamente Thrash?
Denis -
A velocidade, sem dúvida, é uma das marcas registradas da banda. Mas prezo bastante também pela sensação que isso causa em quem está ouvindo o álbum. Não adianta ser ultra rápido e não soar empolgante. Preocupo-me muito em não “forçar a barra demais” e ser natural. Preocupo-me bastante em manter a identidade da banda e não descaracterizar demais a sonoridade.
Risaldo - A velocidade surgiu não totalmente como uma necessidade sonora e, sim, como uma necessidade pessoal; gostamos de tocar rápido. Felizmente no nosso estilo isso é bastante interessante, então temos a cerveja junto com a vontade de beber
Carlos - A questão da velocidade foi natural, mesmo devido a nossa empolgação. Apesar de que somente a velocidade não é o bastante. Esses outros elementos citados em conjunto, para mim, são mais importantes do que a velocidade em si.
Anderson - Velocidade sem sombra de dúvidas é primordial, mas o Thrash Metal, no meu ponto de vista, não funciona bem só com velocidade... Há várias outras nuances que devem ser preenchidas. Nem só de velocidade vive o Thrash Metal. (risos)

Recife Metal Law - Devo comentar que “Exorcise and Steal” é um disco que se mantém em alta, desde a primeira até a última música. É praticamente impossível apontar uma música como sendo a melhor, pois todas mantêm a linearidade, no que tange à velocidade, peso e riffs que convidam o headbanger para o bate cabeça e até mesmo para o mosh. Porém, na opinião da banda, qual música do álbum mais bem define o que é a sonoridade do Exorcismo, hoje?
Denis -
Há um tempo atrás eu diria a faixa-título do álbum, porque foi minha primeira letra, mas hoje em dia não consigo ter uma favorita. Enxergo um álbum que possui uma faixa que completa a outra e retirando qualquer uma não teria o mesmo impacto. Acho esse disco especial por isso: pelo conjunto da obra e hoje não sei dar predileção a uma única faixa.
Risaldo - Hoje em dia a música que mais bem define a banda é, na verdade, “Cesium 137”, nosso último single. Mas levando no contexto do “Exorcise and Steal”, eu citaria “Surrounded by Fakes”.
Carlos - Hoje eu diria que é “Surrounded by Fakes”, porque é uma musica muito rápida e agressiva, mas tem algumas passagens de variação de ritmo, também, que a gente acha muito foda!
Anderson - Ótima pergunta! Gosto de comparar isso com gatos, porque adoro gatos. Eu e minha namorada temos cinco gatos e eu amo todos, mas tem um em questão que é meu preferido e se esse gato fosse uma música do “Exorcise and Steal”, seria “Surrounded by Fakes”.

Recife Metal Law - Um fator interessante é que os vocais foram assumidos pelo baterista Denis Andrade já faz bastante tempo. Inclusive, vi alguns shows da banda, antes do lançamento do disco, onde Denis já estava cuidando dos vocais. Tocar bateria, numa banda de Thrash Metal exige bastante. Numa banda de Thrash Metal como o Exorcismo, onde a velocidade se faz presente o tempo todo, exige ainda mais. De onde surgiu a necessidade de Denis também ser responsável pelos vocais?
Risaldo -
Só digo uma coisa: Denis é um miserável dos infernos para tocar e cantar essas “desgraceiras” todas. (risos)
Carlos - Na época de reformulação da banda, chegamos a sondar alguns vocalistas, porém não atingimos os resultados esperados. Sendo assim, Denis tomou a iniciativa de assumir os vocais. Daí ele foi melhorando muito com o passar do tempo e hoje em dia seu vocal é uma das características mais marcantes do nosso som.
Anderson - inicialmente foi por necessidade mesmo. Na época estávamos encontrando dificuldade com vocalistas, aí para não ficarmos parados ele acabou segurando o vocal. De começo ficamos pensando: “como ele vai fazer isso?”, mas é impressionante a destreza do maluco! (risos) Virou o nosso Phil Collins.

Recife Metal Law - A parte lírica aborda diversos assuntos, todos eles bem sérios. Algo comum em bandas de Thrash Metal é abordar em uma ou outra letra assuntos mais leves, mais voltados à vida Headbanger, bebedeira e a música em si. Vocês chegaram a cogitar em colocar alguma letra nesse sentido?
Denis -
Geralmente eu exponho em letras que escrevo a realidade do mundo. É apenas um direcionamento que julgo ser mais condizente e satisfatório. Nada imposto, apenas opinativo. Eu curto de fato a ‘vibe’ mais séria da coisa da conscientização e nada muito fictício ou fora da realidade. O Anderson e o Carlos também escrevem e podem responder sobre suas óticas, mas eu gosto mais da seriedade e do impacto da realidade, e noto que as letras deles batem muito com as minhas ideias. A gente dificilmente diverge sobre opiniões, porque temos muita afinidade, porém até hoje nunca surgiu ideias para letras assim. Não sei se combina com a gente e é algo nunca debatido antes.
Risaldo - Nada impede uma futura abordagem mais leve no futuro, mas, particularmente, eu prefiro abordar a bebedeira em minha própria vida. Se temos algo mais relevante a dizer em nossa música e podemos fazer, e deixar o álcool para o meu fígado, prefiro deixar assim.
Carlos - Ainda não, mas particularmente não vejo problema em inserir uma letra com uma temática mais leve como você citou. Só precisa ser bem escrita e que não fuja da essência da banda.
Anderson - Eu prezo muito por assuntos sérios, nada muito fictício. Algo que faça o ouvinte conhecer e ir atrás procurar saber mais.

Recife Metal Law - Sobre a arte gráfica tenho uma reclamação a fazer: não sei o tipo de material usado, mas devido as cores utilizadas ou o tipo de papel, meu encarte não ficou legal, com o passar do tempo, e dificilmente consigo ver as letras e outras informações contidas no encarte. Isso foi um problema só com o meu CD (na versão lançada pela Narcoleptica Productions) ou alguém mais comentou sobre isso?
Denis -
Na verdade, houveram algumas ocorrências em relação a prensagem e que a banda deu o seu melhor para presentear todos que adquiriram alguma versão que não satisfez a quem adquiriu. Creio que o problema relacionado a prensagem europeia tenha sido contornado da melhor forma possível.

Recife Metal Law - A gravação do disco, mesmo que o álbum soe bem anos 80, é muito bem feita, com toda a parte instrumental bem definida. O resultado final, em termos de gravação e como o álbum soa, agradou a todos da banda?
Denis -
Creio que sim. Em matéria de produção, para ser sincero, eu curti mais o do single “Cesium 137”, porque ali a banda se envolveu mais com a produção e cada um evoluiu como músico e pessoa. Foram dois anos de uma gravação para a outra e eu acho que houve uma evolução considerável nesse período.
Risaldo - Acho que todos evoluímos a cada segundo. Não somos a mesma pessoa que éramos ontem. O álbum como foi lançado agradou na época, mas óbvio que sempre queremos melhorar, aprendemos e já dá para notar grandes diferenças de sonoridade em “Cesium 137” (single 2020). Essa é a ideia.
Carlos - Agradou, sim. A experiência foi muito positiva. Mesmo estando bem satisfeitos com o resultado, vimos detalhes que poderíamos melhorar e na gravação seguinte, que fizemos também no estúdio de Joel Lima, que foi o single “Cesium 137”, conseguimos melhorar ainda mais a qualidade da gravação e o resultado final foi muito além do que a gente esperava
Anderson - Sim, foi o melhor que a gente pode fazer e eu me orgulho muito de tudo que fiz. Mas estamos evoluindo a cada segundo e o single “Cesium 137” é uma prova disso.

Recife Metal Law - Depois do disco lançado, o Exorcismo fez diversos shows, porém todos mais centrados em Pernambuco. Antes da pandemia, a banda chegou a ser contactada para tocar em outros Estados do Brasil ou até mesmo fora do país?
Risaldo -
Infelizmente a pandemia atrapalhou muitos planos.
Carlos - Fomos sim, porém como aconteceu com diversas outras bandas, a pandemia atrasou ou inviabilizou vários planos.
Anderson - A pandemia foi um “tapão” na nossa cara. Infelizmente muita coisa seria diferente se ela não tivesse acontecido.

Recife Metal Law - Ah, não poderia deixar de comentar acerca do cover que o Exorcismo escolheu para fechar esse álbum de estreia. E a música/banda escolhida, em seus primeiros discos, parece exercer boa influência sobre vocês. A escolha de “Deathraiser” do Attomica se deu por razões óbvias?
Denis -
Gravar esse cover foi, de certa forma, um momento “relax” nas gravações, além de toda a influência que essa banda exerce em nosso som. O disco ficou bem mais completo e legal com a inclusão do cover no fechamento. Attomica é foda pra caralho e não podíamos ter escolhido homenagem melhor para esses monstros “brazucas”.
Risaldo - Sem dúvidas o Attomica é uma grande influência para nós. Poder prestar tal homenagem foi sem dúvida alguma uma grande honra.
Carlos - Sim! (risos) “Deathraiser” é uma grande influência e na voz de Denis ela encaixou muito bem. Ela não fica desconexa com o resto das outras faixas.
Anderson - O Attomica é uma escola para nós e nada mais justo que gravar uma música deles. Foi uma honra!

Recife Metal Law - A banda, ano passado (2020), lançou o single “Cesium 137” de forma digital. O Exorcismo já vem trabalhando num novo disco de estúdio? Como andam os trabalhos da banda em meio à pandemia?
Risaldo -
O novo disco já vinha sendo trabalhado antes mesmo da pandemia, mas vimos que lançar um álbum em plena pandemia, sem poder tocar ao vivo, seria um tiro no pé. Então demos uma pausa e fomos nos cuidar para não morrer de covid. Sempre conversamos e colocamos as ideias em dia. No momento que acharmos correto, retomaremos o trabalho do novo disco.
Carlos - Temos algumas faixas prontas, porém conforme a pandemia foi piorando decidimos ficar em isolamento e só voltar a terminar as faixas restantes quando a situação da pandemia fosse controlada. Espero que com a vacinação avançando nós possamos voltar aos trabalhos assim que possível. Eu estou muito empolgado para ver o resultado final desse próximo álbum.
Anderson - Estamos trabalhando no próximo disco que, confesso, estou muito ansioso para gravar e as ideias estão fluindo muito bem. Estamos criando um monstro! (risos) Mas, por conta da pandemia, ele está crescendo aos poucos. (risos)

Site: www.facebook.com/Exorcismothrashband

Entrevista por Valterlir Mendes
Fotos: Divulgação, Max Müller