Alkanza: “músico é quem faz a música, não quem reproduz algo já feito”
Prestes a entrar em estúdio os catarinenses do Alkanza estão compondo as músicas para seu primeiro álbum, mas nesse meio tempo o vocalista/baixista Thiago Bonazza arrumou um tempinho e nos respondeu algumas perguntas sobre a banda e nossa cena. Confira abaixo.
Como surgiu a ideia para a capa do EP “Destroyed of the System”?
Thiago: Surgiu a partir do tema abordado pelas músicas e pensando que acima de tudo os hospitais e sistema de saúde são uma vergonha em nosso país. E saúde é o mínimo que temos que ter para exercer qualquer atividade em nossas vidas, afinal de contas depois de morrer em macas em forma de chão você não precisa de educação, alimentação, transporte, etc.
E o tema lírico, qual foi à inspiração?
Thiago: A partir do cotidiano do nosso povo, da realidade imunda do nosso país, porque se o inferno existe, cara, pode ter certeza que para a classe baixa e quem precisa de um serviço público e não tem influência é um curso intensivo.
Se tratando de nossa cena, o que hoje mais implica no crescimento profissional das bandas?
Thiago: Cara, sobre a cena acho que o público é o principal. Não adianta culpar as bandas (que muitas vezes se boicotam através de influências), nem os promotores que, na maioria, só visam lucros. Veja bem, a cena ‘tá tomada de bandas covers que são mais valorizadas. Monte uma banda cover de Iron, Metallica... E você terá shows o ano inteiro, porque o público lota esses eventos; se eles lotassem os eventos de bandas autorais os promotores também as valorizariam. Só acho que se você quer ver o Iron, porra vá a um show do Iron, os valorizem, eles fizeram as músicas. Nada contra bandas covers, mas é fácil pegar um trabalho pronto e tocá-lo. Para mim músico é quem faz música, o resto é reprodutor de áudio ao vivo.
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