Ruins of Elysium: abordando o misticismo e o auto-descobrimento na música “Serpentarius”
Toda grande banda trabalha para ser reconhecida com sua musicalidade e originalidade em suas composições e arranjos harmônicos. E é justamente o que fez com que os músicos e a banda Ruins of Elysium conquistassem uma forte gama de novos fãs ao redor do mundo com o lançamento da música “Serpentarius”.
Um verdadeiro divisor de águas na carreira homogênea do grupo, que tem em sua formação músicos brasileiros e um italiano, a música “Serpentarius” foi o primeiro single oficial de “Seeds and Chaos of Serenity”. Quando liberada a música causou um grande fervor no público e imprensa, sendo considerada uma verdadeira obra épica e única na história do Metal nacional, devido aos seus arranjos belíssimos e suas vocalizações inigualáveis de Drake Chrisdensen.
Todas as inspirações líricas da Ruins of Elysium envolvem ideias criadas pelo tenor e vocalista do grupo, Drake. O músico defende, em suas letras, seus ideais e inspirações, muitas abordam a discriminação homoafetiva da sociedade, assim como games de RPG, desejos e sexualidade e também misticismo.
E “Serpentarius” é sobre essa última ressalva: o misticismo. Considerado o décimo terceiro signo, reconhecido como signo solar pelos astrônomos, a música traz consigo o mistério do número 13, que é considerado por muitos como místico. Alguns exemplos são mais evidenciados nas crendices populares como a sexta-feira 13, o décimo terceiro apóstolo, despertando anseios e curiosidades em todo uma parcela da população. Confira aqui.
Utilizando do imaginário popular, a Ruins of Elysium traduz em “Serpentarius” todo esse auto de proibição e desejo que temos em querer o que não podemos. Utilizando de metáforas, o grupo desafia o ouvinte em se auto-descobrir, independente de qual seja seus segredos e medos, incluindo desejos sexuais. Tudo que é proibido, esquecido e misterioso desperta curiosidade e é sistematicamente transformado em tabu pela sociedade. Do ponto de vista poético, a banda leva aos fãs em “Serpentarius”, sua fuga das regras e imposições para a própria auto-permissão.
Um dos adendos importantes da música é que ela foi escolhida pela Roadie Metal como faixa de abertura da nona edição da renomada coletânea produzida pelo programa.