THE METAL INFECTING THE WORLD
“Comp. Col. 01”
Anaites – Nac.
As coletâneas, lançadas de forma independente, ou até mesmo por selos de menor porte, estão cada vez mais ganhando espaço. Esse tipo de material é uma espécie de Demo, só que juntando várias bandas, muitas trazendo estilos bem distintos, e distribuído no formato CD-R. O primeiro volume da coletânea The Metal Infecting the World é o tipo de compilação que reúne bandas dos mais variados estilos, indo do mais extremo ao mais clássico. Ao todo são dezenove bandas, cada uma apresentando uma música. Como era de se esperar existe oscilações entre gravações, ainda mais se tratando que uma boa parte das músicas apresentadas são de bandas que ainda estão em fase das Demos. Não que isso seja algo depreciativo, muito pelo contrário, afinal boa parte dos participantes da coletânea mostra muito potencial para seguir em frente e conseguir uma boa exposição no meio Underground. Uma banda que mostrou um bom nível foi a Licet Ins, com seu Doom Metal bem melancólico e com boas melodias, em “Requiem For a Dream”, com interessantes vocalizações limpas, além de trechos cantados em português. Outra banda que apresenta uma boa proposta é o Sadsy, que em “Rites of War” apresenta um Death Metal de andamento mais cadenciado e tenebroso, com boas linhas de guitarra. Pelos lados do Heavy Metal mais clássico, destaque para a ótima “Domination” do Skull And Bones, um Metalzão bem trabalhado, inclusive as linhas de guitarras, com um vocal bem postado, e que só merecia um pouco mais de ‘punch’, e também para o Fire Angel, que em “From the Sky” apresenta um Heavy Metal mais calcado nas harmonias e melodias, além de vocais que alcançam timbres bem altos. O Black Metal mostrou suas forças com a competente Lycanthropy, que com suas passagens Death Metal em “Run While You Can”, mostrou uma sonoridade bem compacta e fugindo dos clichês comuns ao estilo. Outra que merece menção é a Silver Cry, que em “Games of Doubts” aposta num Heavy Metal mais cadenciado, mesmo que com os vocais, também, usando uma timbragem que procura alcançar notas bem altas. O Death Metal tem como fortes representantes a excelente Redtie, que em “Divine Punishment” apresenta um som calcado mais na melodia, porém sem fazer uso de teclados, mas usando e abusando das linhas de guitarra numa veia mais Heavy Metal tradicional. Já o Felis Possesso, em “Torturar e Matar”, apresenta uma sonoridade mais primitiva, porém sem deixar de ser atrativa. Os lados mais violentos têm como destaque o Grindcore esporrento do Disrïtmiaä, em “Motim Massacre” e o Goregrind, com vocais ininteligíveis do Mortuory, em “Goresex”, que traz uma sonoridade levado ao extremo. Claro, os destaques são vários, até porque são diversas bandas, abrangendo diversos estilos, e cabe a cada ouvinte relatar seus destaques, afinal o gosto de cada um é bem diferenciado. Mas a coletânea é bem homogênea, e cada banda representou muito bem o estilo que se propôs a fazer. O encarte é apresentado no formato envelope, porém, dessa vez, não trouxe um encarte sobressalente, onde poderia colocar mais algumas informações sobre as bandas participantes, bem como seus respectivos endereços de contatos.