O primeiro é homônimo álbum do Fleshout se trata, na verdade, de um projeto capitaneado por Lívio Silva, que já passou pelos vocais do Flamma e Hellvolution, essa última se transformando no que é o atual Firetomb. Falei em projeto, mas o Fleshout se trata de uma banda mesmo, tendo em vista que Lívio (também responsável pelas guitarras) teve ao seu lado, em estúdio, a companhia de Léo Araújo (baixo) e David Spooner (bateria). A meta de Lívio era criar uma banda que mostrasse uma música com características próprias, mas sem fugir das raízes do Heavy Metal. Analisando bem esse álbum, que conta apenas com sete músicas, espalhadas em pouco mais de trinta minutos, até que ele se saiu bem no que pretendia fazer, afinal é bem difícil rotular a sonoridade feita pelo Fleshout. O início do álbum, com as músicas “From the Darkness” e “No One’s Land”, já deixa isso bem claro, pois ambas as músicas trazem elementos bem distintos, mas sem fugir da pegada “Metal”, com passagens Death e Heavy Metal, além de algumas nuances do Thrash Metal, isso tudo em sincronia com os vocais rasgados de Lívio criaram algo bem peculiar. Além disso, as músicas seguem uma sonoridade densa, por vezes agressivas, por vezes com andamentos mórbidos, nos moldes Doom Metal. Pode até parecer um “balaio de gatos”, mas só ouvindo o álbum para se ter uma ideia do que foi criado por essa banda pernambucana nesse seu primeiro trabalho. A parte sonora veio com uma boa produção, que pode não ter o mesmo nível daqueles feitos em grandes estúdios, mas que deixou todo o instrumental bem audível. Só achei que em algumas passagens o vocal ficou um pouco sumido. A parte gráfica é simples, trazendo diversas informações e letras de algumas músicas, porém faltou ao menos uma foto do ‘line up’ que gravou o álbum. Uma boa estreia desses pernambucanos.