LACERATED AND CARBONIZED
“Homicidal Rapture”
Mutilation – Nac.
Lacerated and Carbonized. Rapaziada nervosa do Rio de Janeiro amantes de sons extremamente brutais e influenciados por bandas como Prostitute Desfigurement, Cattle Decaptation, Cannibal Corpse, Aborted, entre outras. Após lançarem sua primeira e devastadora Demo “Chainsaw Deflesher” e, também, o single “Darkened Spite”, eles foram construindo um currículo extenso de shows, inclusive em outros países da América do Sul, por onde excursionaram ano passado. Com isso, foi inevitável o aperfeiçoamento de suas composições, que mesclam velocidade com alguns andamentos cadenciados, somados a muita técnica. Quando peguei “Homicidal Rapture” fiquei muito ansioso para escutar e muito satisfeito com essa vitória do Lacerated and Carbonized, pois, de certa forma, acompanhei a batalha dos caras em gravar e lançar esse álbum, convivendo com vários contratempos, que são bem naturais aqui em nosso país. A arte de capa está excelente em todos os aspectos, tanto o conceito quanto a produção e organização do encarte. Mas vamos ao que interessa... Colocando o ‘play’ para tocar, fiquei imaginando que estaria bom, pois o lance foi gravado e masterizado no Da Tribo, em São Paulo, mesmo estúdio que já gravou bandas como Krisiun, Claustrofobia, entre outras. Mas, sinceramente, confesso a você, leitor do Recife Metal Law, que não imaginei que após uma breve introdução seria abordado por uma avalanche de riffs matadores, somados a solos extremamente bem feitos, vocais guturais no talo, com uma dose extra de insanidade, com baixo e bateria infernais, violentamente pesados e com técnica acima da média. Falar aqui das dez faixas torna-se algo imbecil, pois esse álbum pode (e deve) entrar nas listas de clássicos lançados em território brasileiro. Vou citar apenas aquelas que eu já curtia antes de escutar as versões do full lenght. “Cephalic Crusher” está extremamente pesada, com bumbos crescentes, estilo metralhadora; “Mundane Curse”, que foi um ‘hit’ da primeira Demo, ficou absurdamente perfeita; “Darkened Spite”, que tem uma pagada diferenciada e andamento bem criativo, ficou melhor do que a lançada no EP. E fechando meus comentários, “Abiogenesis”, que é um show à parte, e mostra um Metal extremo, com pegada Rock N’Roll. Ou seria Death N’Roll? Sem maiores comentários... Você aí, fanático por Death Metal e outros sons brutais, deve catar esse álbum imediatamente, pois fará um ótimo negócio. Com certeza 2011 começa com um lançamento que, provavelmente, figurará entre os melhores do ano. Acredito que é questão de tempo para esse grupo formado por Jonathan Cruz (vocais), Caio Mendonça (guitarras), Victor Mendonça (bateria) e Paulo Doc (baixo) se tornar uma das grandes revelações do Metal extremo de nosso país. Definitivamente o Brasil é o país de Metal!
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