A banda pernambucana Pandemmy chega ao seu segundo trabalho, o aqui comentado EP “Idiocracy”. A meta de uma banda nova é sempre lançar materiais que tragam certo atrativo, e isso o Pandemmy já conseguiu logo com sua primeira Demo, “Self-Destruction”, então era de se esperar que o novo material viesse com o mesmo nível de qualidade. Mas isso não aconteceu, já que esse EP conseguiu superar, com sobras, o que pude ouvir na Demo. A banda conseguiu deixar sua sonoridade Thrash/Death Metal ainda mais consistente e madura. E isso já pode ser ouvido logo na primeira música do EP, a violenta “Involution of a Lost Society”, um verdadeiro petardo, onde a musicalidade Thrash/Death Metal da banda está bem definida, com riffs e solos devastadores, baixo com linhas contundentes e bateria alternando momentos de maior técnica com partes de pura pancadaria, além de vocais que variam entre algo mais grave/gutural, com passagens mais agressivas/gritadas. Já na faixa-título a banda, mesmo mantendo a ‘pegada’ forte, com passagens pesadas e alguns andamentos agressivos, optou por, também, mostrar seu lado mais técnico, com passagens bem intricadas, mostrando que o grupo, apesar de jovem, tem personalidade. E essa gama de andamentos é encontrada durante as seis músicas presentes no EP (pode dar uma ouvida em “The Price of Dignity” para se ter uma ideia do que estou falando, em seus riffs que fogem do habitual para uma banda do estilo), fazendo com que cada música tem sua peculiaridade e ‘cara própria’. Os músicos mostram técnica, bom gosto e ‘feeling’, o que, em minha opinião, é o mais importante. Esse EP, mesmo lançado de forma independente, veio cercado de muito cuidado, apresentado de forma bastante profissional, num encarte que traz capa, contracapa, letras, fotos e tudo o mais que seja informações para quem tem o material em mãos, além de uma gravação muito boa. Não à toa a banda foi a vencedora do W:O:A Metal Battle, Etapa Pernambuco, de 2011. A formação que gravou esse EP foi Rafael Gorga (vocal), Pedro Valença e Diego Lacerda (guitarras), Augusto Ferrer (baixo) e Fausto Prieto (bateria). O Pandemmy está mais que credenciado para lançar um full lenght.