Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.

Get Adobe Flash player

Publicidade RML

Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.

Get Adobe Flash player

 
   
Capa
Entrevistas
Equipe
Mural
News
Contato
Reviews
CD's
DVD's
Demos
Magazines
Shows
Multimídia
Fotos
Links
Bandas
Zines
Gravadoras
Rádios
Diversos

Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.

Get Adobe Flash player

 
Untitled Document
 
 

Versão para impressão .

Enviar por e-mail .

Receber newsletter .

Versão PDF  .

Relatar Erro [erro]

 

Reviews Shows

ALTERA O
TAMANHO DA LETRA
 

Recife Metal Law - O seu portal de informação!

 

Belphegor e Ragnarok em Recife

Evento: Belphegor e Ragnarok em Recife
Data: 04/09/2011
Local: Burburinho Bar – Recife Antigo. Recife/Pe
Bandas:
- Pandemmy (Death/Thrash Metal – PE)
- Ragnarok (Black Metal – Noruega)
- Belphegor (Death/Black Metal – Áustria)

Resenha e fotos por Valterlir Mendes

As bandas Belphegor e Ragnarok, que estavam em turnê pelo Brasil, não estavam cogitadas a passar pela cidade de Recife, considerada por muitos a capital do Metal no Nordeste, mas após o cancelamento do show em Salvador, a Hate Music, Alive Studio e The Burn Productions chamaram a responsabilidade para si, e anunciaram o show na capital pernambucana.

Como o tempo era pouco para divulgação e demais coisas que permeiam a realização de um evento desse porte, as produtoras trataram logo de fazer a sua parte, mesmo com alguns duvidando da capacidade e até mesmo da realização do show. Mas o trio envolvido, Alcides Burn, Marco Antonio e Léo Frias, mostrou, mais uma vez, que o que fazem é com seriedade e zelo. E tudo estava preparado para a “chegada do apocalipse” em Recife, inclusive com uma boa procura pelos ingressos antecipados.

Dia do evento, e quando chego às imediações do Burburinho Bar, um pouco além do horário previsto para início dos shows, me deparo com uma boa quantidade de bangers já esperando pelo início dos shows. Houve tempo, então, para comer algo e depois subir as escadas do local, o qual ainda não conhecia.

O Burburinho me fez lembrar o velho Dokas, que abrigava shows de tal natureza, porém com menos espaço, mas ventilado, o que era necessário, afinal o público só aumentava com o passar do tempo. Só achei que o palco ficou um pouco baixo, o que dificultava, um pouco, para quem estava vendo o show lá atrás.

A banda responsável por dar início, por volta das 18h50, foi a pernambucana Pandemmy, que vem ganhando certo respaldo no meio Underground local, chegando até a representar o Estado na final do W:O:A: Metal Battle Brasil, em Varginha, no Roça ‘n’ Roll. E essa estrada vem surtindo efeito, pois a banda se mostra cada vez mais entrosada, alinhando técnica, agressividade e feeling, como se pôde ver e ouvir nesse show de abertura. A essa hora o público já estava em bom número e a banda cumpriu muito bem seu papel de aquecer tal público para as bandas principais. Em músicas próprias, tais como “Self-Destruction” (música de abertura, após uma “Intro”), “Involution of a Lost Society” e “Idiocracy”, a banda mostrou uma alternância entre passagens Death e Thrash Metal, com destaque para a sempre violenta “Involution of a Lost Society”. Apesar de o som não está jogando a favor, com as guitarras de Diego Lacerda e Pedro Galvão ficando um pouco emboladas, o Pandemmy mostrou profissionalismo e ‘sangue nos olhos’, sendo uma boa escolha para a abertura. Além das músicas próprias, ainda executaram um cover para “Troops of Doom” do velho Sepultura, que deixou o público em polvorosa, abrindo uma boa roda de mosh e, depois de informados pela produção que ainda tinham tempo para tocar mais uma, mandaram “The Price of Dignity", encerrando, assim, o bom show de abertura.

O ‘set’ da banda de abertura não foi tão longo, mas houve um grande espaço de tempo para que o palco ficasse pronto para a próxima banda. Além da passagem de som, que teve a frente os próprios músicos da banda vindoura, também era de se esperar que os integrantes do Ragnarok, após a passagem de som, voltassem para o camarim, a fim de trabalhar no seu visual, que como manda o figurino, veio carregado, com corpse paint e tudo o mais. Quando a banda sobe o palco, durante a execução de uma “Intro”, já dava para notar toda a frieza e malevolência do quarteto formado por Jontho (bateria), DezeptiCunt (baixo) e os pequeninos (apenas na estatura) HansFyrste (vocal) e Bolverk (guitarra). E o show dos noruegueses teve início com a sugestiva “It’s War”, do álbum “Diabolical Age” (2000), música “crua” e infame, trazendo à tona todo o ódio do “Norwegian Black Metal” feito pela banda, estilo que a banda se orgulha em afirmar ser um dos poucos a manter com suas raízes. Achei que os vocais ficaram um pouco baixo no início do show, além do som da guitarra, algo que foi sendo consertado durante o show. Agora devo mencionar que o público reagiu com extrema violência, inclusive abrindo rodas durante o show do Ragnarok, algo até estranho para um show de uma banda de Black Metal. Era notório que o quarteto estava impressionado com tanta receptividade, o que fez com que o mesmo não “amansasse” durante a execução de blasfêmias como “Stabbed by the Worns” (presente no novo álbum, “Collectors of the King”) e “Pagan Land” (advinda do primeiro álbum da banda, “Nattferd”, mas também presente na Demo homônima, lançada em 1995). A cada riff, base ou andamento instrumental, era de se impressionar a carga de ódio emanada. E mesmo com o calor, principalmente para uma banda advinda da Noruega, o Ragnarok parecia não se importar, transformando aquilo tudo num verdadeiro inferno. E o público não se poupava a cada música tocada, com o pessoal que estava na frente se enfrentando ferozmente. Mesmo vindo de uma região gélida, a banda, na pessoa do vocalista HansFyrste, fez questão de se comunicar com o público, inclusive agradecendo pela receptividade. Quando da execução de “Collectors of the King”, música que dá título ao novo álbum, o som já estava mais bem equalizado, e quem estava no final, mesmo não vendo o palco direito, conseguia ouvir com clareza as músicas tocadas. O fim veio com as violentas “In Nomine Satanas”, “In Honour of Satan” e “Blackdoor Miracle”, que me chamaram a atenção por lembrar muito o início do Black Metal nos países nórdicos. Um show de Black Metal que impressionou até mesmo aqueles que são afeitos a ver shows do estilo. Impressionante!

Mais um intervalo após o show do Ragnarok, o que serviu pro público se refrescar um pouco, afinal o calor era intenso, mesmo com alguns ventiladores ligados. Como o Burburinho é um local pequeno, que deva comportar no máximo 500/600 pessoas, e com sua lotação quase que no limite, o calor era ainda maior, o que serviu para que o consumo de bebidas fosse bem elevado.

Alguns minutos antes de o Belphegor subir ao palco, uma “Intro” começou a ser executada, deixando o público eufórico. Mas, creio que devido a alguns ajustes no camarim, já que a banda veio com o visual bem carregado, os músicos demoraram a entrar em cena, o que fez com que a citada “Intro” fosse repetida. Alguns minutos de apreensão e então começa o show dos austríacos, que abriram com “Feast Upon the Dead”, um verdadeiro tormento Death/Black Metal! Novamente a frente do palco vira um campo de guerra, com rodas insanas sendo abertas até quase metade do local. Ali na frente ninguém estava seguro! Mesmo assim, com toda a voracidade do público, que acompanhava a pancadaria emanada pelo Belphegor, nem um tumulto surgiu, e isso prova que a violência ficou apenas para as músicas tocadas e para as rodas abertas. Do novo álbum, “Blood Magick Necromance”, mandaram “In Blood – Devour This Sanctity”, que manteve a pancadaria intensa. Voltando a falar sobre o visual da banda, o Belphegor, apesar de não ser uma banda totalmente (na parte instrumental) Black Metal, não deixou de lado as pinturas características do estilo, incluindo muito sangue sobre os corpos dos integrantes (e não era sangue artificial!). Em cada lado do palco, cabeças de animais mortos e empalados, o que criava ainda mais uma atmosfera aterradora, tão aterradora como “Hell’s Abassador” e “Angeli Mortis de Profundis”, que deram continuidade ao show. Helmuth, que nesse show estava tocando uma das guitarras (além de ser responsável pelos vocais), procurou sempre entrar em contato com o público, mesmo que sendo com alguns ‘fuck you’ ou ‘motherfuckers’, mas em seu semblante deu para notar a satisfação em estar tocando para uma plateia tão insana. A sonoridade estava muito boa, deixando o som do Belphegor bem denso e pesado, além de se ouvir com precisão as passagens mais ríspidas e os blast beats do baterista convidado Tiger, um verdadeiro panzer desgovernado. Entre algumas músicas existiam algumas “Intro” ou “Intermezzo”, como queiram, deixando tudo mais maléfico. As músicas, em suas passagens mais cadenciadas, apresentam uma sonoridade mais Black Metal, enquanto que nos momentos mais velozes, o Death Metal é quem comanda, chegando até a lembrar os nossos conterrâneos do Krisiun. Por falar nisso, era notório que músicas como “Impaled Upon the Tongue of Sathan” e “Blood Magick Necromance”, ou seja, as músicas do novo álbum tinham uma maior carga Black Metal. Porém foi chegando ao final que veio o melhor momento, ao menos para mim, com “Rise to Fall and Fall to Rise”, também do novo álbum, música de instrumental cadenciado, e de uma melancolia intensa. Uma viagem Black/Death Metal, com um andamento denso e fúnebre. Só essa música já valeria o preço do ingresso! Mas o show, em sua totalidade, foi de uma qualidade tremenda, sendo fechado com “Bondage Goat Zombie”, música que dá título ao álbum de 2008. Um show simplesmente intenso!

Com um público bem acima da média, o que fez com que a produção parasse de vender os ingressos para que não ocorresse nenhum tipo de inconveniente ou acidente com o número elevado de pessoas (decisão sábia), esse evento já pode entrar para a galeria de lendários em Recife. Quem foi não se arrependeu, e ao final eu ouvia apenas elogios dos que lá estavam. Quem não foi, tenho certeza que está profundamente arrependido.

Vale destacar toda a atenção e trabalho da produção, que deixou tudo quase que perfeito, do camarim a estrutura de palco, que só não foi excelente em razão de o som não está totalmente 100% no início. E o maior destaque vai para o público, que compareceu em grande número e proporcionou uma noite intensa, sem brigas, e mostrando que um bom evento tem necessidade de um bom e grande público, o que foi visto no dia 04 de setembro de 2011!
 
 
Busca no site
 
Veja tamb�m