GESTOS GROSSEIROS
“Satanchandising”
Rapture/Tornhate/Fly Kintal/Underground Distro Brasil – Nac.
Após quatro anos e algumas mudanças em sua formação, a banda Gestos Grosseiros finalmente chega ao seu segundo full lenght, intitulado “Satanchandising”. A banda foi reduzida a trio, tendo atualmente em sua formação Andy Souza (bateria e vocal), Kleber “Binho” (guitarra) e Danilo Dill (baixo). Mesmo com essa mudança e com Andy tendo assumido os vocais, a forma de se fazer Death Metal permaneceu intacta, apenas mostrando maior maturidade em suas composições, algo que era de se esperar, afinal a banda já conta com treze anos de existência no meio Underground. E para provar essa evolução musical, o álbum começa com a pesada e brutal “Humanity Victory (Kill by Power)”, um verdadeiro soco na testa, com sua pegada fulminante, e que aposta numa maior velocidade. Os vocais, apesar da mudança, não mudaram tanto, e seguem uma linha bem brutal, grave, beirando o gutural. Kleber novamente acertou nos riffs, totalmente influenciados pela ‘velha escola’ do Death Metal. E não é porque essa banda apresenta certa velocidade e brutalidade que a banda segue apenas essa tendência, uma vez que nessa mesma música existem boas alternâncias, com algo até acústico! Além de uma paradinha daquelas para testar o pescoço! E olha que isso é só o começo de um álbum que tem quase cinquenta minutos de execução. Na sequência a banda já manda “Slaves of Imagination”, mais um petardo Death Metal para deixar qualquer um mais desavisado atônito. A música é brutal, mas sem deixar de ser pesada e apresentar passagens tecnicamente bem trabalhadas, com alguns andamentos compassados e destruidores! Andy está mandando muito bem nas linhas de bateria, mostrando técnica, brutalidade e precisão, sendo acompanhado de perto pelas densas linhas de baixo de Danilo, grande responsável pelo peso emanado pelo Gestos Grosseiros nesse novo CD. Contando com uma boa gravação, a qual não deixou o som muito polido, e assim não maculando a principal característica da sonoridade bruta da banda, o álbum pode ser considerado um dos melhores lançamentos do estilo em 2011. Só achei que a capa poderia ter sido mais bem cuidada, já que os efeitos ficaram, de certa forma, primários.