Como um grande admirador do Bywar, desde a época de sua Demo “The Evil’s Attack”, a qual tenho em K-7 até hoje, sempre espero com ansiedade um novo lançamento da banda. Foram quatro anos de espera desde o lançamento do terceiro álbum, “Twelve Devil’s Graveyards”, e devo dizer que a espera valeu (e muito) à pena. “Abduction” pode ser definido apenas com uma palavra: viciante! É um típico álbum de Thrash Metal, mas com o “selo de qualidade Bywar”. O quarteto, formado por Adriano Perfetto (vocal/guitarra), Renan Roveran (guitarra), Hélio Patrizzi (baixo) e Enrico Ozio (bateria), mostra maturidade nesse seu novo trabalho, e mesmo fazendo um estilo que para muitos soa datado, a banda novamente se superou, aliando técnica, punch, feeling e bom gosto musical. A velha influência germânica, mais precisamente do Destruction, ainda faz parte da musicalidade do Bywar, principalmente em algumas vocalizações de Adriano, mas se nota que é algo bem natural e nada de soar como uma mera cópia. Sinceramente, a empolgação toma conta de mim a cada audição que faço desse álbum e, devo confessar, desde que recebi esse belo exemplar de como se deve fazer Thrash Metal, não paro de ouvir. Como já mencionei, é um disco viciante, daqueles que você põe no som, aumenta o volume e fica batendo cabeça sem parar! Mostrando toda a sua maturidade musical, a banda apostou em músicas longas (algo que vinha fazendo gradativamente em seus trabalhos anteriores) e mesmo assim cativantes, sem soar chatas ou maçantes, afinal o quarteto se mostra mais afiado do que nunca, principalmente a dupla de guitarristas, que criaram riffs poderosos e solos demolidores, algo que a dupla vem fazendo desde que está junta. O álbum contém dez músicas (a primeira, “...The Fourth Kind”, é uma Intro), cada uma melhor que a outra e todas tornando-se o Thrash Metal feito pelo Bywar. Os destaques? São diversos. Entre as músicas eu apontaria “Abduction” e as maravilhosas “Handful of Evil” e “Ragnarök (The Final War)”, mas sei que estou sendo injusto, já que o álbum, como um todo, é excelente. A produção sonora ficou com um nível avassalador, tendo a sua frente à própria banda, Brendan Duffey e Adriano Daga. A temática lírica é bem diversa, e não apenas tratando de vida alienígena, como o título e capa pressupõem. Sem medo de errar: um dos melhores álbuns lançados em 2011, senão o melhor!