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Reviews Shows

ALTERA O
TAMANHO DA LETRA
 

Recife Metal Law - O seu portal de informação!

 

Bywar – lançamento de “Abduction”

Evento: Bywar – lançamento de “Abduction”
Data: 20/05/2012
Local: GRAB. Fortaleza/CE
Bandas:
- Agressive (Thrash Metal – CE)
- Flagelo (Thrash Metal – CE)
- Bywar (Thrash Metal – SP)
- Final Prophecy (Heavy Metal – CE)

Resenha e fotos: Valterlir Mendes

Não poderia deixar de começar resenha do evento sem que falasse da hospitalidade dos bangers cearenses, capitaneada pelo “pai Emydio”, o responsável pela produção do show de lançamento do novo álbum do Bywar, “Abduction”, em Fortaleza. Mesmo com as correrias da produção, o cara se mostrou totalmente atencioso, principalmente com minha pessoa, indo me buscar no aeroporto, no sábado (o evento foi num domingo), juntamente com o David Barroso do Krenak e o Abraão. Repito: todos bem receptivos e atenciosos, algo que sempre podemos ver no meio Heavy Metal e que mais uma vez se confirmou com a galera do Ceará.

Como o evento só seria no domingo, então deu tempo de conhecer alguns lugares de Fortaleza, principalmente a Galeria situada no centro da cidade, e que tem como ótimas lojas a Planet CD’s e a Metal Fatality, de propriedade da bela Alinne Madelon (vocalista da banda The Knickers). São lojas que indico para os Bangers que forem visitar a capital cearense, e onde se pode encontrar materiais exclusivos.

O lado ruim de Fortaleza, como em muitas cidades brasileiras, é o grau de pobreza encontrado, e a desorganização no trânsito, além do calor que estava fazendo. Sempre comento com o pessoal a respeito de como será uma Copa do Mundo em cidades como Recife e Fortaleza. Sinceramente, acredito que vai ser um caos total. Mas aqui não é lugar para comentários acerca de futebol e, sim, de Heavy Metal.

No domingo, logo cedinho, mais precisamente 06h00 já estávamos de pé (eu e o Emydio) e fomos buscar o pessoal do Bywar no aeroporto. Lá chegando já dava para ver nos semblantes do quarteto o desgaste provocado pelas duas datas do fim de semana e a viagem, mas, também, a satisfação e alegria em nos informar que os dois shows haviam sido fantásticos, com grande receptividade do público, que compareceu em bom número. Isso já era uma ótima notícia e era de se esperar o mesmo em Fortaleza. Do aeroporto fomos diretos para o hotel. Banda foi descansar um pouco e pude me encontrar com um pessoal de Pernambuco: Marcella Tiné e Fernando Barbosa, que haviam chegado de madrugada, e ainda aguardávamos o Júnior “Slayer” Coelho. Fomos dar uma volta no centro da cidade, que no domingo é bem calmo e com todas as lojas fechadas. Ficou até difícil para uma cervejinha, o que só achamos perto do Hotel Belém (o qual indico, pela comodidade e preços bem acessíveis). Depois do almoço, um banho e uma pequena espera, trocando ideias e rindo muito com o pessoal do Bywar e então nos dirigimos para o local do evento. Quando lá chegamos, já havia uma boa movimentação de bangers e era de se esperar um bom público para prestigiar o evento e as bandas do ‘cast’.

Como era de se esperar, houve um pequeno atraso, bem tolerável. Pude ver o Bywar passando o som e fazendo ajustes antes do início da apresentação. Felizmente tocaram “Ragnarok” na passagem de som e o som realmente estava muito bom, apesar de modesto.

O GRAB é um local bem grande, com um bom palco, mas perto de residências, o que impossibilita shows no sábado à noite. Mas, como já mencionado, mesmo sendo em um domingo, o local estava bem movimentado, com muitos bangers, a grande maioria sedentos por Thrash Metal, com muitos vestindo tipicamente como thrashers. Mas o que realmente me chamou à atenção, com relação ao público, foi a grande presença de mulheres no local, algo que não é tão comum em shows de Heavy Metal, principalmente, quando se trata de eventos Underground, e de crianças. Muito bom poder ver essa nova geração já comparecendo aos shows, obviamente incentivada por seus pais. Isso é o que vai garantir a perpetuação do nosso amado Heavy Metal. Lindo ver as crianças no local, e ainda mais ver que estavam curtindo, já que agitavam, corriam e se divertiam. Excelente, como diria o Renan Roveran!

A primeira banda a subir ao palco foi a Agressive (isso mesmo, com apenas um “g”), a qual já conhecia em razão de sua Demo “Death and Chaos”. Pela Demo eu já sabia do potencial da banda, mas será que em palco aquela banda formada por Diego “Leite” (vocal), Camilo Neto (guitarra), Léo (baixo) e Mateus “Pão”, literalmente moleques, fazendo um som que surgiu numa época em que eles nem mesmo haviam sido gerados, iriam “segurar a bronca”? Putz! Não só fizeram isso, mas, também, chamaram bastante a atenção por seu potencial e garra. É Thrash Metal ‘old school’ feito por garotos, da mesma forma que o estilo surgiu, afinal os hoje nomes clássicos do estilo eram praticamente garotos quando lançaram suas obras essenciais para o estilo. A banda se mostrou bem segura, destilando pancadas, tais como “Death and Chaos”, “United For Beer” e “Infernal Soldier”, numa rispidez e velocidade impressionante, mas sem deixar de apresentar as ‘paradinhas’ tão típicas do estilo. Em palco, a movimentação era intensa, chegando a lembrar o pessoal do Violator. Essa energia toda contagiou o público, que ainda não era tão grande, mas que chegou a formar algumas rodas de moshes. O final veio com “Dictators Sarcastic” e “Killer Machine”, músicas que só vieram a reforçar a qualidade sonora do Agressive. Espero poder ver mais shows desses garotos.

O público, ao final da apresentação da primeira banda, já se aglomerava em bom número, o que deixou o local do evento bem movimentado. Após esse primeiro show já dava para notar que a qualidade da sonorização estava muito boa, deixando tudo bem audível, e certamente só viria a melhorar com a apresentação das demais bandas.

A segunda banda a subir ao palco foi a Flagelo, a qual eu já tinha ouvido falar muito bem, e estava curioso para conferir o seu som, pela primeira vez, afinal ainda não tinha contato com o mesmo. Logo nas primeiras músicas (“Pesadelo” e “Tortura”), com seus riffs baseados na ‘velha escola’, fui remetido aos velhos discos do Thrash Metal, àqueles feitos há mais de duas décadas, e isso, para mim, é algo bem positivo para uma banda. Obviamente não apresenta nada de novo, mas é justamente isso que uma banda de Thrash Metal ‘old school’ se propõe a fazer. De início achei os vocais de Elineudo mais puxados para o Death Metal, mas depois deu para perceber a real proposta da banda, e as músicas realmente pediam uma vocalização mais bruta, já que algumas passagens/andamentos realmente eram mais puxados para o Death Metal, mesmo que em doses homeopáticas. O quarteto, que era complementado por Tonin (bateria), Léo (baixo) e Fábio (guitarra), mandou bronca em porradas sonoras, todas cantadas em português, e também agitou bastante o público. Depois de conferir mais algumas músicas próprias (“Guerreiros da Morte”, “Aniquilar” e “Velha Maria”), pude realmente saber a razão de todos os elogios acerca da sonoridade do Flagelo. Em seu ‘set list’ foram apresentadas algumas músicas não presentes na Demo, como “O Supremo Poder”, “Necrofilia”, e outras já citadas aqui na resenha, então é de se esperar que em breve a banda solte algum material novo. Ficamos no aguardo...

Mais um tempo para novos ajustes em palco, e foi tempo de poder tomar mais algumas cervejas e conversar com o sempre receptivo povo cearense, principalmente os Bangers que se encontravam presentes nesse domingo de confraternização Metal. E digo que foi uma verdadeira confraternização, pois a presença de seguranças era praticamente nula, e mesmo assim não houve qualquer tipo de atrito. Todos nós, desse meio, sabemos que a grande maioria é de pessoas pacíficas, educadas e respeitosas. Novamente pude conferir isso em mais um evento com bandas de Heavy Metal e seus subestilos.

Tudo pronto no palco e a grande atração da noite já estava pronta para o seu ataque Thrash Metal. Poderia, aqui, falar mil coisas a respeito do Bywar, banda que sempre acompanhei e tenho grande admiração, mas vamos se ater ao show, que é o que está sendo relatado aqui. Acho que uma boa parcela dos Bangers que vão aos shows do Bywar pouco assiste a banda ao vivo, afinal as rodas de moshes começam a se formar desde o primeiro riff de guitarra até a última nota tocada. Sendo o público de Fortaleza um dos mais insanos que existe, então o que era de se esperar para essa nova apresentação de Adriano Perfetto (vocal/guitarra), Renan Roveran (guitarra), Hélio Patrizzi (baixo) e Enrico Ozio (bateria), na capital cearense? Eu sabia o que esperar e aconteceu mais do que o que todos esperavam. As rodas de moshes, o bangin’, os stage divings, começaram a surgir logo após o fim de “...Fourth Kind”, uma espécie de  “Intro” que antecede “Poltergeist Time”, a qual praticamente não foi cantada por Adriano. O público estava insano e, sem segurança, o palco foi, por diversas vezes, invadido, inclusive com o pedal da guitarra do próprio Adriano sendo desligado. Mesmo assim a banda conseguiu finalizar essa primeira música. Mas, se o início foi assim, será que o show iria prosseguir sem ao menos um segurança em cima do palco? Acho pouco provável, foi aí que veio a intervenção de Júnior “Slayer”, que saiu de Pernambuco para pedir calma aos presentes e conscientizar de que se houvesse essa invasão até o fim, o show não poderia prosseguir. Até mesmo o produtor Emydio Filho foi ao microfone pedir um pouco mais de calma. Era apenas o começo! O Bywar destilou seu Thrash Metal, que já tem cara própria, sem piedade, e isso instigava o público, que mesmo subindo ao palco para os stage divings, não atrapalhou tanto, após os pedidos feitos. As rodas de moshes surgiam com facilidade, mas só pudera, afinal não é fácil ficar parado ao som de “Face the Impaler”, “Broken Witchcraft” ou “Stranded in Dark Zone”, apenas para citar três exemplos. O som estava muito bom, com toda a parte instrumental saindo bem definidas, inclusive as contundentes linhas de baixo de Hélio. Como era de se esperar, o ‘set’ do Bywar foi baseado nos seus quatro álbuns e, obviamente, para quem acompanha a carreira da banda, sempre faltará uma ou outra música de sua preferência. Eu pude ouvir músicas que adoro, tais como “Heretic Signs” e “Debt of War”, assim como a nova “Abduction”, mas também queria ver/ouvir “Ragnarok”, sendo executada ao vivo. Pena que a mesma foi ‘limada’ do ‘set’, mas fiquei mais conformado por ter visto a banda passar o som com essa música. Enfim, de tudo aconteceu um pouco no show do Bywar: suor, sangue (isso mesmo, pois um cara, num stage diving quase mortal, passou direto, bateu com a cabeça no chão e foi parar no hospital, mas, felizmente, nada de grave), diversão e caos! E mesmo com todo o cansaço do final de semanas de shows insanos, os integrantes do Bywar mostraram garra e energia o tempo todo, e olha que não são mais os garotinhos que surgiram com a banda em 1996 (risos). E como era de se esperar, finalizaram esse show avassalador com “Thrashers Return”, o que não poderia ser diferente. Simplesmente foda!

Um show ainda estava por vir, e a noite estava apenas começando na capital cearense. Notei que algumas pessoas começaram a deixar o local, mas muitos continuaram para conferir a última atração da noite...

Inicialmente o Final Prophecy não estava escalado para tocar nesse evento, mas com a desistência do Anonymous Hate, a banda entrou de última hora no ‘cast’. Eu também não conhecia essa banda, mas soube, antes do show, que fazia um Heavy Metal, onde mesclavam músicas próprias com alguns covers. Não achei legal o início do show da banda, justamente por começar com um cover, esse para “Carry On” do Angra. Mas confesso que achei a banda bem corajosa em começar seu show com um cover e ainda mais com uma música do Angra. Afinal, no local, o público era tipicamente fã de Thrash Metal. Mas nada de radicalismos e muitos curtiram esse início. Eu curti, mesmo, quando a banda tocou suas músicas próprias, que é uma mescla de Heavy Metal, com nuances melódicas e Power Metal. Fazia tempo que não via uma banda do estilo e suas composições próprias (“Wings of Freedom”, “Lord Have Mercy”, “Ready to Fly” e “Lost in the Wonderland”) são excelentes. A banda deveria se ater mais as suas próprias composições em seus próximos shows, em minha opinião. Um ou outro cover vai soar legal, mas não metade do show com músicas de outras bandas. Mas a banda se garantiu na execução dos covers: “Future World” do Helloween, “Rising Force” do Malmsteen, e “Soul Survivor” do Helloween (com participação de Elias Barbarian do Dose Lethal e Trailblazers), com destaque para o ótimo vocalista João Júnior. A banda é complementada por Mário Limma e Joel Sousa (guitarras), Done Sousa (baixo), Glauco Luís (bateria) e Bruno Colares (teclados). Fechou de forma positiva essa noite recheada de ótimos shows.

No fim, não poderia deixar de falar sobre a organização do evento, que ficou muito bem feita, e isso somente a cargo de uma só pessoa, o grande Emydio Filho, que tratou a todos com bastante respeito e amizade. Fez um evento bem feito, sem deixar faltar nada, respeitando o público e as bandas, e isso só faz com que ele ganhe mais credibilidade no meio Underground, que é um meio injusto, árduo, e só quem faz por amor sobrevive. Emydio demonstrou que é um verdadeiro guerreiro, e que muitos deveriam seguir tal exemplo, só assim a cena Heavy Metal nacional realmente poderia, um dia, ficar grande e respeitada. Que venham mais eventos dessa natureza. O Recife Metal Law fará o possível para ir conferir. Que os bangers façam o mesmo!
 
 
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