Arch Enemy: Angela Gossow entrevistada por site australiano
A vocalista do Arch Enemy, Angela Gossow, concedeu uma entrevista ao site australiano Metal As Fuck. Confira a seguir trechos da conversa:
Em que se diferencia “Khaos Legions” dos anteriores lançamentos da banda:
Gossow: Nós gostamos de anotar as nossas ideias quando estamos na estrada, basicamente as nossas influências são: as situações que enfrentamos diariamente, a turbulência política, a música que ouvimos, a vibe das pessoas e dos outros músicos enquanto estamos de turnê. Por exemplo, nós estávamos muitos melancólicos depois da turnê em Chicago. Estivemos
compondo este álbum por três anos e meio, é a nossa viagem musical e este álbum mostra a nossa versatilidade. É muito complexo.
Sobre a mensagem ateísta em prol da liberdade de pensamento do Arch Enemy:
Gossow: Liberdade é revolução, risco e coragem. Nós fomos fortemente influenciados pela revolução neste álbum: as revoluções na história e todas as situações que acontecem ao nosso redor nos dias de hoje. Os atuais revolucionários em Síria e África arriscam as suas vidas pela liberdade, escapando da perseguição religiosa, e muitos destes são mulheres.
Sobre se ela sempre soube que queria estar envolvida com este gênero musical e o estilo vocal que o define:
Gossow: Eu sempre fui fã de Heavy Metal, e em especial Death Metal. Sou alemã, você sabe. Na Alemanha, assim que você cresce tem um bom trabalho e as bandas são um pequeno hobby que você tem. Eu sempre tive os pés na terra. Então eu fiz o esperado, fui para a universidade, estudei Economia, Marketing, etc., até que em 1991 a cena Underground na Alemanha começou a crescer; no entanto, nunca houve dinheiro no Death Metal – ainda não há dinheiro no Death Metal (risos) – mas, eu já estava crescida, nunca considerei ou mesmo pensei que poderia fazer isso com um trabalho, você sabe. Agora ele é um negócio próspero com dez funcionários e tal, um negócio muito ‘faça você mesmo’.
Sobre assumir funções de gestão para o Arch Enemy em 2008:
Gossow: Eu não podia continuar sendo vitimada pela indústria por mais tempo. Seriedade, liberdade e autogerenciamento eram a única saída para a nossa sobrevivência. As gravadoras queriam nos controlar; os agentes, os tour managers, promotores, os de relações públicas, as distribuidoras – todas elas queriam uma porcentagem. Fiquei cansada e desiludida. Não havia dinheiro, mas devíamos a muitas pessoas. Não podíamos continuar assim por muito mais tempo, certamente morreríamos e não queríamos continuar vivendo
como merda. Então decidimos tomar conta de nós mesmo. Hoje, somos donos das nossas próprias músicas, de todos os nossos lançamentos e praticamos o que pregamos. Sabíamos que se seria destruído, o seria por nossas próprias mãos. No entanto, estamos mais fortes agora por causa disso. Nos sentimos muito fortalecidos por esta decisão e temos muita sorte por ter o amor e o apoio dos nossos fãs durante estes doze anos.
Leia a entrevista (em inglês) na íntegra clicando aqui.
O nono álbum de estúdio do Arch Enemy, “Khaos Legions”, já está disponível no Brasil através da Shinigami Records.