Ao longo dos anos, a cada edição lançada, essa coletânea faz jus ao seu nome: é um “Massacre Sem Fim” da primeira a última banda apresentada; da primeira a última faixa executada. Não há concessão, apenas brutalidade ao decorrer dos quase 80 minutos que encontramos na coletânea. Como já é comum na “Endless Massacre”, as bandas que se fazem presentes vão do Thrash ao Black Metal, passando pelo Death e Grindcore, e nesse número nenhuma das bandas presentes fogem dessa linha. O ‘cast’ presente, como sempre, foi muito bem selecionado. Quem é afeito ao Underground conhece praticamente todas as bandas, mas aquele que está começando agora a sua saga no submundo da música irá encontrar, na coletânea, excelentes nomes. Cada banda apresenta sua música a sua maneira, como é de se esperar em uma banda que quer trilhar um caminho duradouro na árdua estrada do Underground. Ao todos são 19 bandas, cada uma apresentando uma música (com exceção do Crunch Delights, que apresenta três músicas). O início vem com a brutal Imperious Malevolence, nome bem conhecido no cenário, e que brutaliza tudo com “Doomwitness”, um Death Metal na melhor linha do que essa banda sempre fez. Outras bandas do estilo que merecem destaque nessa coletânea são Chemical Disaster, com a desconcertante “Lying Lord”, e o Antrofetido, que traz em “Necrophagist” um Death Metal que oscila entre o Brutal e partes densas, pesadas, com convites ao bagin’. Mas apenas citei alguns nomes, em meio a diversos, já que os nomes aqui presentes representam o estilo com maestria e brutalidade. O Thrash Metal tem fortes representantes, como o em ascensão JackDevil, que já está divulgando seu ‘debut’, mas que nessa coletânea apresenta “Under the Metal Command”, música presente em uma de suas Demos. É para bater cabeça sem parar! Além dessa jovem promessa, temos a veterana Attomica, com a poderosa “Yakuza”, mostrando que a banda continua tão demolidora como no seu início, lá nos idos de 1980. E não poderia deixar de citar a fudida Supersonic Brewer, que em “Dead Men Make no Shadow” apresenta uma música forte, violenta e trazendo logo no início um solo demolidor! O Black Metal tem poucos representantes nessa edição da coletânea, mas é aquela coisa: pouca quantidade, mas grande qualidade. Ocultan apresenta “King of the Night Tribes”, tema cadenciado e tenebroso, de início, mas que ao seu decorrer apresenta as típicas passagens ríspidas do estilo; Imperador Belial vem com “Black Alcoholic Vomit”, uma mescla entre o Black e o velho Speed/Thrash Metal; Blasphemical Procreation vem com a atormentadora “Satan With Me”; e o baluarte do estilo: Vulcano, que nos apresenta “Devil’s Force”, carregada daquela típica sonoridade da banda, que ainda conta com algumas passagens Thrash Metal. O Grind tem como representantes o Forbidden Ideas..., que em “Conqueror” insere pesadas passagens do Death Metal, e o Crunch Delights, que apresenta três músicas do mais voraz Gore/Grind: “Prazeres da Trituração”, “Harrison Faustin” e “Excisão Feminina”. Notei que o ‘track list’ da coletânea não permitiu que bandas do mesmo estilo se seguissem. Sacada bem inteligente. O encarte é bem cuidado, como sempre, trazendo fotos das bandas participantes, sua formação, de onde foi tirada cada música e endereço para contato. A parte de gravação está boa, já que não há uma grande oscilação entre as músicas, ficando todas num mesmo patamar. Quer conhecer boas bandas do cenário extremo nacional? “Endless Massacre” é uma ótima pedida.