Superar um bom trabalho, no meio musical, não é nada fácil, ainda mais quando esse trabalho é uma estreia em grande estilo, como foi o caso da banda pernambucana Still Living com o seu “From Now On”, lançado em 2012. “Humanity” foi lançado em 2015, com a banda fazendo parceria com o selo Imperative Music. O novo álbum traz 12 músicas, sendo que duas delas vem como bônus (“Hollow Man” e “Surrender”), já que foram lançadas como singles digitais, antes do lançamento do disco. Não tem como falar sobre esse disco e não falar sobre a incrível produção sonora, realizada no Alpha Studio. Se o disco anterior já tinha tido uma produção de alto nível, esse não ficou devendo em nada. E isso fez com que a sonoridade da banda viesse ainda mais apurada. É aquele Hard Rock mais sério, mais AOR, que aprendi a gostar por causa do Still Living. Não há demagogia aqui, até porque ao ouvir a faixa de abertura, “Flying High”, a atenção fica presa ao disco. A técnica dos músicos continua apurada, mas o feeling está mais presente do que nunca nesse disco, e isso já se nota pelas viradas de bateria de Cleber Melo, que não se limitou ao básico. As linhas de guitarras de Eduardo Holanda estão mais inspiradas do que nunca. A inserção de teclados de Thiago Nascimento só acrescentam maior musicalidade aos temas apresentados, trazendo aquela aura da década de 80. O baixo de Leandro Almeida está ali, bem presente, bem pesado, dando maior ‘liga’ as músicas. E os vocais de Renato Costa? O que falar da interpretação do vocalista durante todo o disco? Simplesmente demais! O cara tem uma impostação vocal límpida, melódica, mas, mesmo assim, muito forte, muito presente e que só acrescenta maior vigor ao que é apresentado nesse disco. “Signs”, “You Remain Alive” (uma balada bem construída), “Stolen Prayer” (música de forte melodia, pesada e com andamentos marcados, cavalgados, próximos ao Heavy Metal) e o ‘Hardão’ “Rock and Roll Thunder”, com início e alguns andamentos influenciados pelos velhos e bons tempos do Bon Jovi, são bons exemplos de toda essa energia apresentada, não somente pelo vocalista, mas por toda a banda. A parte gráfica vem bem informativa, com um encarte simples, mas desdobrável e eficiente. A capa é bem sombria, e se adequa bem ao título do álbum. Hard Rock de alto nível e indicado não só aos amantes do estilo, mas a todos aqueles que gostam de boa música.
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