Contando com músicos que já passaram por bandas como Postwar, Andralls e Woslom, o Blackning não perdeu tempo, após formado (em 2013), e lançou logo um full lenght. “Order of Chaos” conta com 10 músicas e tem cerca de 35 minutos de duração. Tempo suficiente para mostrar o poderio da banda, que destila um forte e agressivo Thrash Metal. Mas não espere aquele Thrash Metal na veia ‘old school’, pois a banda faz um som mais contemporâneo (seja lá o que isso signifique, quando o assunto é Thrash Metal), por vezes trazendo algumas passagens que chegam a lembrar o Death Metal em meio a bases ríspidas e velozes. Notei, assim que ouvi esse disco pela primeira vez, que as bandas anteriores dos músicos influenciaram em algumas músicas, seja na impostação vocal ou na parte instrumental mesmo. Ainda mais levando em conta que Cleber Orsioli (vocal/guitarra) passou um bom tempo tocando ao lado do Andralls. Fica meio difícil não lembrar do Andralls em algumas passagens mais velozes e pelo vocal de Cleber. Sobre os vocais, eles são usados de forma agressiva, mas não soa gutural, o que deixa a sonoridade da banda mais Thrash Metal. Os riffs de guitarras, além dos solos, vêm numa veia bem violenta, extremamente pesados e velozes. O baixo (por conta de Francisco Stanich) e a bateria (por conta de Elvis Santos) se encarregam de complementar a massa sonora que é a música do Blackning. ‘Cozinha’ forte, densa, coesa e que não deixa lacuna. O disco ainda conta com a participação de Fabiano Penna (que produziu o álbum) em alguns solos de guitarras, além de ter sido o responsável pela criação de algumas ‘intros’. Apesar de a agressividade ser a tônica durante a execução do álbum, a banda não deixou de lado os andamentos mais pesados e marcados, como pode ser ouvido em “Unleash Your Hell” e “Against All”. Um dos destaques, para mim, é a violenta “Terrorzone”, uma música arrasa-quarteirão e altamente indicada para o mosh. A gravação está muito bem feita, mas nada de soar límpida em demasia, afinal estamos falando de um estilo agressivo e o deixar limpo tornaria a música plástica. A produção acertou em cheio. A capa é bem interessante, numa tonalidade azul e com uma figura bem sinistra, decrépita. É um disco correto, que agradará bastante quem já conhecia os músicos de suas bandas anteriores, como é o meu caso. Só para não passar sem comentários, entre as dez músicas, uma é um cover do Overdose, “Children of War”, e o disco ainda traz uma faixa multimídia, no caso o clipe para a música “Thy Will Be Done”.