Depois de um single, lançado em 2018 de forma digital, esse é o segundo registro da banda baiana Aztlán. Inclusive, o single, intitulado “Blood Offering”, se faz presente nesse EP. Além da faixa bônus, “Entrance to Mictlán” conta com mais duas músicas: “Mictlán” e “Amongst the Walls of Tenochtitlán”, e uma faixa de introdução, “Niquitoa”. Como deu para perceber, tanto pelo nome da banda, assim como pelos títulos das músicas, a temática lírica abordada nesse EP fala de antigas civilizações, mais precisamente da civilização mesoamericana. E essa é uma tendência de algumas bandas sul-americanas: abordar temas referente às nossas ancestrais civilizações. Com relação à parte sonora, o Aztlán é adepto do Death Metal, porém, até mesmo em razão da parte lírica, não soa apenas bruto ou agressivo o tempo todo. Há momentos que os vocais de Marcello Antunes (responsável também pelo baixo e guitarras) soam mais limpos, e daí se percebe que o vocalista interpreta mesmo as letras. A transição entre vocais agressivos, guturais e limpos é bem natural. As melodias apresentadas em todas as músicas são cativantes e de uma característica bem própria. Ao menos eu não consigo, até agora, fazer uma ligação entre o Aztlán e alguma outra banda, em termos musicais. As músicas, com exceção da “intro”, são longas, mas, devido a já mencionada linhas instrumentais e vocalizações, jamais se tornando cansativas. A parte gráfica é apresentada numa espécie de pergaminho, ao se desdobrar. Bem cuidada, inclusive trazendo foto da atual formação da banda (no EP, além de Marcello, Louis gravou a bateria, e os convidados Mateus Alves, Gabriel Matos e Fábio Maka gravaram as guitarras solos). Achei a produção sonora um pouco baixa, mas existe o botão de volume para fazer essa correção. Aztlán é Death Metal que foge dos padrões, mas que continua soando Death Metal.