O Predatory já conta com mais de uma década de formação, tendo passado por algumas mudanças em seu ‘line up’, algo inerente a quase todas as bandas. Mesmo com o entra e sai de integrantes, a banda vem sempre lançando materiais no meio Underground, mais recentemente a Demo “Contesting the Truth of Death” (2009), que antecede o lançamento do novo álbum do Predatory, previsto para ser posto no mercado no próximo ano. Saibamos mais a respeito da banda e de seus lançamentos nas palavras do guitarrista Thiago Pacheco.
Recife Metal Law – O Predatory surgiu em 1999, e parece que o início não foi tão fácil, já que para se consolidar uma formação demorou um pouco. Esses problemas com a formação da banda ainda continuam?
Thiago Pacheco – Em geral acho que a maioria das bandas da cena Underground tem esses problemas, principalmente aqui no Brasil, onde temos certa escassez de músicos, mas hoje temos melhores músicos, mais profissionais do que em outras formações. Acho que esse não será mais um problema para a banda.
Recife Metal Law – A banda já lançou três Demos. Noto que existe um hiato de quatro a cinco anos entre cada lançamento. A razão da demora se dá exclusivamente em razão das mudanças no ‘line up’?
Thiago – Sim, as mudanças de formação, sem dúvida, foram à maior razão para tanto tempo entre as gravações, já que a banda tem material composto e que ainda não foi gravado. Esse fator é devido ao período de adaptação entre a banda e o novo membro, que nem sempre é breve.
Recife Metal Law – O Predatory chegou a ganhar um prêmio depois de ter participado do Lokolive Festival (na cidade de Praia Grande/SP), que consistiu em algumas horas de gravação. Conte-nos como foi à participação nesse festival e como foi recebida a notícia de terem ganhado a premiação...
Thiago – Esse festival reuniu diversas bandas da cena Underground local da época e foi importante para o Predatory vencer, justamente pelas horas de estúdio que ganhamos, que proporcionou a gravação de material inédito, acrescentado a primeira Demo como bônus. Foi uma grande surpresa para a banda e comemoramos bem ao estilo Predatory. Com muita cerveja! (risos)
Recife Metal Law – Com esse prêmio a banda foi para o estúdio Orion, onde gravou duas músicas, que foram inseridas na primeira Demo “Walking to the Trap”, como mencionado, e uma delas fez parte da coletânea Rock Soldiers # 9 (lançada pela UGK Disccos, selo de Pelotas/RS). Essas músicas farão parte do ‘debut’ álbum da banda, que está sendo gravado? E o material da segunda Demo, “Visions World Apart”, vocês usarão no primeiro full lenght?
Thiago – Usaremos, sem dúvida, músicas de gravações anteriores, porque acho que a galera que escuta a banda desde o início gostaria de ouvir essas músicas no álbum. O material faz parte da história da banda. Da “Visions World Apart” usaremos a música titulo, “Art for Madness”, “Engrave” e “Hated”.
Recife Metal Law – Como falamos sobre as Demos, como foi todo o processo de divulgação delas? Limitou-se apenas ao território brasileiro?
Thiago – O processo de divulgação é o mais abrangente possível. Não nos limitamos apenas ao território nacional, pois queremos dar o máximo de divulgação quando lançamos um trabalho. Em geral temos alguns contatos na Europa (algumas revistas e zines) e também América do Norte. Mas não há limites para divulgação; onde houver abertura para o som, estaremos divulgando.
Recife Metal Law – Ano passado vocês lançaram a Promo “Contesting the Truth of Death”, a qual ainda contava com o vocalista Marcos Politi. Esse material apresenta um poderoso Thrash Metal, mas que não se atém à veia ‘old school’ do estilo. Como foi todo o processo criativo para esse material?
Thiago – O processo criativo é sempre igual em todas as gravações. Geralmente as músicas são criadas em casa, pelos guitarristas, mas não é uma regra, já que todos os membros da banda tem liberdade para compor. Em geral chegamos com a música pronta no ensaio e então ‘lapidamos’ até tomar a cara que tem na gravação. Procuramos não nos prender a nenhuma tendência; buscamos um som que tenha característica própria, pra mostrar a cara da banda mesmo.
Recife Metal Law – Esse lançamento também vem com uma faixa multimídia (tal qual a segunda Demo), onde traz a história da banda e biografia de seus integrantes, bem como um vídeo para “Dirty Scum Arise”. Qual a razão para que essa música fosse a escolhida para ser um vídeo clipe? O vídeo chegou a ser divulgado em algum programa televisivo? Thiago – “Dirty Scum Arise” foi o som que achamos que mostrava melhor a cara da banda na atualidade, porque é uma música mais rápida e com riffs fortes; foi o som que toda a banda escolheu como sendo a que melhor representaria essa nova fase! Hoje, com a facilidade do Youtube, a divulgação é mais pela internet mesmo. Não pintou ainda um programa de televisão, mas como essa música também fará parte do álbum, essa possibilidade não está descartada.
Recife Metal Law – Essa Promo conta com três músicas próprias e mais um cover para “Mandatory Suicide” do Slayer (como ‘hidden track’, após a última faixa). Qual foi a razão para se colocar um cover na Promo e não outra música de autoria própria?
Thiago – A banda inteira é fanática por Slayer, e “Mandatory Suicide” é um cover que a gente já tem tocado em shows com certa frequência, sempre com boa aceitação por parte do público, que curte muito quando a gente toca. Então veio a ideia de colocar esse som na Demo como uma faixa surpresa mesmo, como um presente para o ouvinte. Assim preferimos deixar as músicas da banda para o nosso primeiro CD.
Recife Metal Law – Um dos integrantes da banda, o baterista Luiz Carlos, pode ser considerado um homem multibandas, já que toca em outras cinco bandas. Isso não chega a atrapalhar o bom andamento das coisas no Predatory?
Thiago – Não me pergunte como ele faz isso! (risos) Mas ele consegue, sim, conciliar as coisas. Na verdade o Luiz raramente falta em algum compromisso da banda; é mais fácil outro do grupo faltar, sem contar que ele é um tipo de manager da banda também; ele que faz a maioria dos contatos de shows e também outros assuntos gerais. Confesso que eu mesmo não conseguiria, por isso todos da banda tiram o chapéu pra ele.
Recife Metal Law – O primeiro álbum da banda será lançado em 2011, e já se vão nove anos desde a primeira Demo. Por que essa demora para lançar o ‘debut’?
Thiago – Acho que as mudanças de formação foram o fator principal; tiveram outros motivos como falta de tempo para a banda por parte de antigos membros, que também atrasaram as coisas, mas sinto que hoje as coisas mudaram e com a nova formação tudo está finalmente indo bem. Todos estão ansiosos para o lançamento do CD e para a divulgação em shows. Posso dizer que o futuro promete! (risos)
Recife Metal Law – Quais os planos para esse final de 2010?
Thiago – Temos alguns shows agendados, que pretendemos fazer pra finalizar a divulgação da “Contesting the Truth of Death”. Vamos finalizar os últimos detalhes na gravação do primeiro CD e ver outras etapas, como capa e demais detalhes pra finalização do CD. Estamos, também, trabalhando em novas composições que farão parte de futuros lançamentos e reformularemos também algumas músicas antigas que pretendemos usar e dar uma cara mais atual. Estamos sempre ensaiando! Pretendemos também dar uma cara nova na nossa divulgação de internet (principalmente no nosso Myspace)... Enfim, trabalho em cima de trabalho! Obrigado pela oportunidade de divulgação no Recife Metal Law e aos interessados em ouvir nosso material, basta acessar nosso profile do Myspace.
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profissionais do que em outras formações. Acho que esse não será mais um problema para a banda.
desde o início gostaria de ouvir essas músicas no álbum. O material faz parte da história da banda. Da “Visions World Apart” usaremos a música titulo, “Art for Madness”, “Engrave” e “Hated”.
Thiago – “Dirty Scum Arise” foi o som que achamos que mostrava melhor a cara da banda na atualidade, porque é uma música mais rápida e com riffs fortes; foi o som que toda a banda escolheu como sendo a que melhor representaria essa nova fase! Hoje, com a facilidade do Youtube, a divulgação é mais pela internet mesmo. Não pintou ainda um programa de televisão, mas como essa música também fará parte do álbum, essa possibilidade não está descartada.
Confesso que eu mesmo não conseguiria, por isso todos da banda tiram o chapéu pra ele.
