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Entrevistas

ALTERA O
TAMANHO DA LETRA
 

Recife Metal Law - O seu portal de informação!

 

HATE EMBRACE



A banda pernambucana Hate Embrace já tinha mostrado a que veio com o seu álbum de estreia, “Domination.Occult.Art” (2012), mas mostrando evolução e sem deixar de lado suas raízes, a banda lançou no ano passado o aclamado “Sertão Saga”, trazendo, nele, letras em português, e que tratam, como o próprio título ‘denuncia’, da história do cangaço, mais precisamente sobre os feitos de Virgulino Ferreira da Silva, o famoso “Lampião”. Mas a entrevista a seguir não se prendeu apenas ao novo álbum, já que cita algo do álbum anterior, musicalidade da banda, alteração na formação – que hoje é composta por Ricardo Necrogod (bateria, vocal), Alexandre Cunha (baixo, vocal), João Paulo Araújo (guitarra), Tamyris Daksha (teclados) e George Queiroz (vocal) – entre outros tópicos.

Recife Metal Law – O primeiro álbum do Hate Embrace, “Domination.Occult.Art”, teve um bom respaldo no meio Underground, apesar de ter sido lançado de forma independente. Como foi todo o trabalho de divulgação do ‘debut’? Vocês chegaram onde queriam com esse álbum?
George Queiroz –
A forma de divulgação foi bem simples; trabalhar com 20 selos (suporte) diferentes que nos ajudaram  a espalhar nosso trabalho por todo brasil e acreditamos que conseguimos chegar no ponto certo que foi  ter o nome da banda divulgado em todo território nacional e fora do país.

Recife Metal Law – A banda, mesmo sendo praticante do Death Metal, consegue encaixar boas melodias em sua musicalidade e foge do lugar comum do estilo. Sendo assim, a banda consegue tocar com qualquer outra banda, seja do estilo que for?
George –
Sim, apesar de o nosso som ser mais extremo, dá para encaixar com bandas de outros gêneros do Metal. Ultimamente tem acontecido shows com ‘cast’ bastante variado, e o som do Hate Embrace se encaixa bem nisso, já que nossas influências são também bem variadas.

Recife Metal Law – Muitos não vêm com bons olhos o uso dos teclados no Death Metal, porém as músicas do Hate Embrace, principalmente no primeiro álbum, precisam de tal instrumento para criar todo o clima que tais músicas pedem. Existe algum tipo de preconceito ao Hate Embrace por causa dos teclados?
George –
Nós respeitamos as opiniões dos puristas em relação aos teclados, mas não achamos que o instrumento descaracteriza de alguma forma o Metal extremo. Deve haver um ou outro exemplo de que o teclado em uma banda tirou a agressividade das músicas em prol da melodia, mas isso não é o que acontece no Hate Embrace. No nosso caso, por exemplo, o teclado preenche a atmosfera da música e cria um clima mais denso, como você citou. Ele é parte integrante do nosso som, não um acessório. Assim, como o teclado se encaixa bem em nosso trabalho, não percebemos nenhum preconceito até hoje em relação a ele, se há, ainda não chegou até nós. O que acreditamos é que pode haver alguma estranheza de quem ainda não conhece o som da banda, mas que logo é quebrada assim que o som começa.

Recife Metal Law – Após o lançamento do ‘debut’ e alguns shows, a banda, que era um sexteto, foi reduzida a quinteto, com a saída do vocalista Freddy, que, ao lado do baterista Ricardo, era o único que estava na banda desde o início. O que de fato houve para que ocorresse a saída de Freddy do Hate Embrace?
George –
Neste novo álbum, como queríamos algo mais pesado, sem solos, acabamos decidindo por não trazer um segundo guitarrista, reduzindo a banda a um quinteto. Sobre Freddy, tivemos algumas divergências musicais e ele e a banda acharam por bem cada um seguir seu caminho na música separadamente.

Recife Metal Law – O novo álbum da banda, “Sertão Saga”, deu uma guinada, tanto na parte lírica, como na parte sonora do Hate Embrace. Vamos começar pela parte sonora... As melodias ainda estão presentes, os teclados, criando um clima taciturno também, mas notei que esse álbum veio mais Death Metal, mais agressivo. Seria a temática lírica a responsável por isso?
George –
Sim, sem dúvidas a temática ajudou bastante a definir a agressividade no final. Ao se falar de um período histórico tão violento, nada casaria melhor que um Death Metal mais pesado e agressivo, sem abrir mão dos elementos que caracterizam o som da banda. Entretanto, a própria evolução sonora da banda tem demonstrado uma crescente agressividade final nos trabalhos, desde o lançamento da Demo “The Dawn of a New Age”.

Recife Metal Law – E de quem foi à ideia de retratar nas letras do novo álbum a saga do cangaço? A banda conterrânea Cangaço chegou a influenciar, de alguma forma, nesse aspecto?
George –
Na verdade, o “Sertão Saga” é um projeto nosso desde 2008, antes do surgimento da banda Cangaço. Boa parte das bases criadas e estudos artísticos que fizemos para o encarte já datavam dessa época. O “Sertão Saga” seria o nosso ‘debut’, dentro da proposta da banda, que é falar de fatos históricos e lendas do folclore mundial. Entretanto, havia músicas já prontas que não haviam entrado para a Demo, que versavam sobre o mesmo tema, que era mitologia egípcia, e que víamos bastante potencial nelas. Em conversa com a banda, decidimos na época trabalhar essas músicas prontas para um full lenght com o mesmo tema da Demo, e adiar o projeto do “Sertão Saga”. Assim, a gente poderia sedimentar o nome da banda na cena, antes de tentar algo mais ousado. Os ‘brothers’ do Cangaço fizeram uma participação no “Sertão Saga”, e se não podemos lhes creditar alguma influência no trabalho, é fato que boa parte da excelente recepção que nosso disco está tendo é devido às trincheiras que eles abriram na cena, ao levar o tema e a música nordestina em seu Metal.

Recife Metal Law – O título do álbum é “Sertão Saga”, porém as letras são mais focadas em Lampião (Virgulino Ferreira da Silva) e o Cangaço. Tendo Wanessa Campos (pesquisadora do Cangaço em Pernambuco) fazendo participação no álbum, vocês não pensaram em abranger mais o conteúdo lírico, falando mais de todo o cangaço, seus integrantes e sua saga pelo sertão?
George –
Bom, o Virgulino é o personagem central do trabalho, pois de fato é o cangaceiro mais representativo da história, mas as abordagens sobre ele são mais abrangentes no disco. Foi decidido dar voz aos diferentes grupos que viveram o cangaço, além de Virgulino, tanto a população em geral (em “Vidas Passadas”), como a dos cangaceiros (em “Lampião-Rei”) e até à volante (em “No Rastro” e “O Começo do Fim”). Assim, a obra, centrada no personagem principal, pôde abranger outros pontos de vista. Apesar da grande pesquisa histórica que fizemos, não podíamos abrir mão também do aspecto mítico que envolve Lampião e o cangaço, e assim decidimos focar em Virgulino.

Recife Metal Law – O álbum contém diversas participações especiais, mas muitas delas ficaram em segundo plano, como uma espécie de backing vocals nas músicas. Apenas Silvério Pessoa, em “Utopia”, teve mais ênfase, já que fez uso de vocalizações limpas, assim como “Imponência”, que ganhou belos backing vocals de Magno Barbosa, Rafael Cadena e Adriano Forte. Por qual razão algumas participações não se sobressaem, mais especificamente na parte vocal?
George –
Na verdade, a intenção foi deixar o trabalho constante, sem mudanças abruptas, para que ao vivo pudéssemos soar fiéis ao disco. Mais do que suas vozes, os guerreiros que nos honraram com suas participações nos emprestaram suas experiências de décadas de batalha dentro do Underground.

Recife Metal Law – Uma de minhas músicas preferidas é “Imponência”, que tem versos fortes. “Utopia” é bem diferente, até mesmo em razão dos vocais de Silvério Pessoa. Enfim, eu gostei da musicalidade do álbum, que tinha que ser forte, como as letras pedem. Como vem sendo a aceitação do álbum e essa guinada que o Hate Embrace deu em sua música?
George –
Felizmente o álbum tem sido muito bem aceito, tanto pela crítica especializada quanto pelos bangers, que tem curtido bastante o som. A aceitação das letras em português nos tem agradado bastante também. É muito gratificante chegar num show e sentir a galera cantando com a gente a música toda. “Imponência” é uma das músicas mais fortes do disco, e das que o pessoal mais participa nos shows.

Recife Metal Law – A banda tem forte participação, não só na música, mas em tudo que envolve “Sertão Saga”. A parte gráfica, que ficou ótima, foi feita pelo baterista Ricardo Necrogod e pela tecladista Tamyris Daksha; a gravação, feita novamente no J.A Studio, foi feita em parceria entre a banda e Joel Lima. Tudo que envolve o Hate Embrace tem que ter o seu aval para satisfazer totalmente a banda?
George –
A banda tem, felizmente, uma sintonia muito boa para trabalhar. Todo o trabalho veio da mente criativa do Ricardo Necrogod, mas sempre aberto a sugestões e colocando em debate tudo, com a intenção de fazer o trabalho ficar cada vez melhor. O Joel Lima também teve uma participação importantíssima no trabalho. Boa parte do sucesso do “Sertão Saga” devemos à qualidade de seu trabalho na gravação e mixagem. A banda toda participa das decisões finais, e isso tem se mostrado muito produtivo.

Recife Metal Law – No início da entrevista comentei acerca do primeiro álbum ter sido lançado de forma independente. Agora a coisa mudou, já que esse novo álbum foi lançado pela Insane Records e conta com o suporte da Black Legion Prod. na distribuição. Como vem sendo essa parceria? A distribuição tem alcançado bons números?
George –
A Insane Records e a Black Legion têm sido ótimos parceiros neste trabalho, abrindo muitos caminhos para que nosso som chegue a cada vez mais pessoas. A distribuição tem sido muito boa, superando as nossas expectativas iniciais rapidamente, nos surpreendendo logo nas primeiras semanas do lançamento.

Recife Metal Law – Tendo o apoio de dois selos de fora de Pernambuco, já existe a possibilidade de o Hate Embrace fazer uma turnê por outros lugares do Brasil?
George –
Existe sim, estamos providenciando isso. É muito importante para nós mostrarmos nosso som nas diferentes regiões do país. Temos tocado aqui no Nordeste por enquanto, mas logo estaremos em direção a outras regiões.

Recife Metal Law – A banda se mostra bem ativa, principalmente em suas composições. Além da divulgação do novo álbum, quais os outros planos da banda a curto prazo?
George –
A curto prazo nós estamos focados nos shows que podemos fazer. Entretanto, já estamos iniciando a fase de pré-produção do nosso álbum seguinte, como já foi divulgado na Fan Page da banda no Facebook. Temos ainda o projeto de um videoclipe para o “Sertão Saga”, assim como fizemos com o “Domination.Occult.Art”. Então, podem aguardar que logo estaremos com novidades. Nós do Hate Embrace gostaríamos de agradecer ao Recife Metal Law pelo espaço concedido, e pelo apoio que sempre ofereceu à cena Underground. Vamos em frente, sempre em frente!

Site: www.facebook.com/hateembrace.br

Entrevista por Valterlir Mendes
Fotos: Divulgação

 
 
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