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ALTERA O
TAMANHO DA LETRA
 

Recife Metal Law - O seu portal de informação!

 

Destruction e Suffocation em Recife

Evento: Destruction e Suffocation em Recife
Data: 13/12/2014
Local: Baile Perfumado. Recife/PE
Bandas:
- Inner Demons Rise (Death Metal – PE)
- Suffocation (Death Metal – EUA)
- Destruction (Thrash Metal – Alemanha)

Resenha e fotos: Valterlir Mendes

Com um pouco de pressa pegamos a estrada rumo à Recife, para vermos o último show de médio porte de Metal em terras pernambucanas de 2014. A pressa se deu em razão da informação de que os shows começariam as 20h00. Viagem tranquila e pouco trânsito na capital pernambucana. E, apesar de o Baile Perfumado ser de fácil acesso, ainda tivemos alguns problemas para encontrar o local. Mas chegamos no horário.

No local a movimentação já era boa, mas não tão grande. Então desconfiei que o evento não começaria no horário e após irmos para a bilheteria, constatei que a mesma ainda se encontrava fechada. Então era esperar um pouco.

De cara, gostei bastante do local, com área externa bem ampla e com bons espaços para estacionamento. O lado negativo é sempre algumas pessoas querendo se dar bem, como um “flanelinha” querendo cobrar R$. 20,00 para estacionarmos o carro num local livre. Obviamente que não pagamos esse valor, mesmo assim o cara ainda levou R$. 5,00, o que ainda foi muito, afinal não havia estacionamento particular ali e o cara apenas queria se dar bem.

Esperei por algum tempo a abertura dos portões e estava atento para ouvir algum som rolando no local. Quando percebi a movimentação, corri para a entrada, que estava tranquila. Nome na lista e adentrei no amplo Baile Perfumado, que tem várias áreas e é bem aconchegante. O público pode assistir os shows de vários locais, onde achar melhor.

O Inner Demons Rise deu início ao seu show por volta das 21h30. A banda chegou a dar uma parada, mas voltou com força total, com nova formação, trazendo veteranos da cena pernambucana. Inicialmente notei que o som da banda estava absurdamente nítido, bem timbrado e com a acústica do local ajudando bastante. Isso é algo raro para uma banda de abertura. Posteriormente o vocalista Alcides Burn me informou que o mesário do Suffocation foi o responsável por equalizar o som para o Inner Demons Rise, se mostrando bem solícito e camarada. Isso ajudou a banda e, obviamente, o público, que pode conferir um som de alta qualidade e a banda mostrando uma sonoridade ainda mais Death Metal, mas sem deixar de lado as boas melodias que sempre apresentou em sua musicalidade, com destaque para as guitarras de Miguel Dantione e Alejandro Flores, com ótimos riffs e solos inspirados. Outro destaque foi o jovem baterista Davi Souza, com levadas insanas, ataques certeiros e blast beats avassaladores. Já os vocais de Alcides estão mais seguros, apesar da pouca variação nos guturais. O quinteto é complementado pelo técnico baixista Jairo Neto (Cruor), que apresentou linhas bem audíveis de seu instrumento e agitou o tempo todo. O ‘set list’ foi feito em cima de músicas novas, como “Beneath the Suffering”, “In the Name of the Father, Son and Violence” (música que dará título ao primeiro full lenght) e “I See Evil”, além da boa instrumental “Humanimal”, mostrando que podemos esperar um belo álbum de estreia. Um ótimo show de abertura e que serviu para aquecer o público, apesar de alguns acharem que aquecimento se faz com brigas. Felizmente foi algo que se resolveu rapidamente e que não manchou a apresentação dos pernambucanos.

A sequência deveria ser com a entrada do Sanctifier, mas fiquei sabendo, pouco tempo depois do fim do show do Inner Demons Rise, que a banda não iria se apresentar, devido a problemas de saúde com um dos familiares de um dos integrantes da banda. Uma pena, pois gostaria muito de rever a banda ao vivo. Como o show não ocorreu, a produção já correu para desmontar a bateria da banda de abertura e arrumar o palco para a atração seguinte.

Meia hora depois, era chegado o momento de, pela primeira vez, o Suffocation tocar em palcos pernambucanos. A banda apresentou dois desfalques, o que não agradou alguns fãs mais antigos da banda. O vocalista original, Frank Mullen, não pode viajar com a banda nessa turnê, devido ao seu trabalho. O guitarrista Guy Marchais também não veio. Então a banda foi reduzida a quarteto, com Ricky Myers (baterista do Disgorge) assumindo os vocais e Terrance Hobbs ficando responsável por todas as partes de guitarras. Complementaram o ‘line up’ o novo baterista Kevin Talley e o insano baixista Derek Boyer. Mesmo com esses desfalques e a insatisfação de alguns, o Metal não para de impressionar. Eu poderia classificar a apresentação do Suffocation simplesmente como perfeita. O som estava cristalino, deixando tudo bem definido, das linhas vocais – com variação entre guturais, primitivas e gritadas – as linhas de baixo. Tudo estava “ok”. A acústica do local é muito boa, o que facilita muito na hora de equalizar o som das bandas. Ricky tem uma boa postura em palco, agitou bastante, encarou o público e mesmo não sendo o vocalista original da banda, desempenhou seu papel com maestria. Mas para tanto, a banda cumpriu bem o seu papel, com Kevin destruindo seu kit de bateria – não na acepção literal de destruir -, Terrance destilando riffs e solos sem piedade e com Derek fazendo um show à parte, chamando bastante a atenção de todos com sua performance. O cara é um excelente baixista e sua forma de tocar o instrumento é bem peculiar. A banda mostrou precisão cirúrgica em temas como “Pierced From Within”, “Entrails of You” e “Infecting the Crypts” (essa foi a última do show), que iam de uma brutalidade insana, com partes velozes, para depois ter paradas bruscas e altamente técnicas, com andamentos arrastados e densos.  Mesmo com apenas uma guitarra, o som da banda estava compacto, com as bases e riffs sendo um verdadeiro muro de concreto, intransponível, mas é de salientar que o baixo, bem equalizado, foi de total importância para que não houvesse lacunas na sono
ridade do Suffocation. O público fez a sua parte, agitando bastante, inclusive com intermináveis mosh pits. Alguns problemas isolados, mas que logo foram solucionados pela segurança do local. Infelizmente não tive acesso ao ‘set list’ executado pela banda e também não sou um profundo conhecedor da discografia da banda, mas a real mesmo é que o show foi insano, perfeito, de arrancar lágrimas. Uma verdadeira aula de Death Metal e com uma sonorização que só fez engradecer a apresentação dos americanos. Apesar das mudanças de última hora, o Suffocation fez um show preciso e que agradou grande parte do público presente. Repetindo: uma verdadeira aula de Death Metal!

Mais um intervalo para novos ajustes no palco e eu pensei que a bateria continuaria sendo a mesma, mesmo depois de todo o ataque de Kevin Talley, mas houve uma nova troca. Isso mesmo, cada banda teve uma bateria à disposição. Tempo para uma cerveja e para dar uma olhada no local. Apesar da sempre alta temperatura da capital pernambucana, até que o clima no local estava bom. Os grandes ventiladores ajudaram a amenizar o calor.

Pela quinta vez a banda alemã Destruction estava se apresentando em Pernambuco. Tive o privilégio de ver todas essas cinco vezes, mas digo que cada show dos alemães tem uma história diferente. Mesmo com o currículo de shows em Recife, os alemães tocaram como se fosse à primeira vez, e com a sua postura de palco intacta, forte, de uma verdadeira banda de Thrash Metal. Após uma “Intro”, retirada de algum filme (eu acho que era a de O Planeta dos Macacos – 1968), a banda solta a mais que clássica “Total Desaster”. Delírio total e mosh insano. O público, devidamente aquecido pelos shows anteriores, não se poupou e permaneceu praticamente durante todo o show nas rodas de moshes, porém, mais uma vez, com alguns mais exaltados, prontamente sendo acalmados pela segurança do local. Apesar da ótima acústica, notei que no show do Destruction o som estava mais alto e isso fez com que o som ficasse mais, digamos, “embolado”. Acho que foi um erro do mesário ou da própria banda querer que o som ficasse mais alto em seu show, já que isso surtiu um efeito contrário. Tudo bem, não foi o caso de “destruir” (desculpem o trocadilho) a apresentação do Destruction, mas o som mais baixo teria deixado tudo mais nítido. Mas quem disse que grande parte do público estava se importando com isso? Como se importar com tal detalhe podendo prestigiar sons como “Thrash Till Death”, “Nailed to the Cross” e “Mad Butcher”? Foi um início de show arrebatador, com a banda destilando grandes clássicos. Em palco, um Schmier elétrico, indo de um canto a outro do grande palco do Baile Perfumado, apresentando contundentes linhas de baixo e desferindo seu vocal tipicamente Thrash Metal. Nas seis cordas, o mestre dos riffs e solos Mike, também agitando sem parar, indo de um lado a outro do palco. Vale salientar que o baixinho guitarrista sempre impressiona nas suas apresentações ao vivo. Já a bateria, capitaneada desde 2010 por Vaaver, está em boas mãos. O cara é um monstro! O ‘set’, apesar de bem variado, teve ênfase nos velhos clássicos da banda. A iluminação de palco ganhou um tom mais escuro, e isso criou uma imagem bem sombria da banda. Schmier procurou se comunicar com o público, inclusive soltando algumas palavras em português, como “peitos grandes”, “cachaça”... Bem, perto do ‘set list’ tinha uma lista com algumas palavras em português. De qualquer forma, ele procurou saber alguma coisa para dizer e agradar ao público. Falando em agradar ao público, após a execução de “Tormentor”, o baixista/vocalista reclamou (com razão) da cerveja sul-americana, mais precisamente brasileira; deu um gole numa Heineken e a jogou para o público. Garrafa caiu no chão e quebrou. O roadie traz mais uma, mas só na terceira é que alguém do público conseguiu segurar. É, ficou meio perigoso para o mosh... Continuando o ‘set’ de clássicos, “Release From Agony”, “The Antichrist”, “Bestial Invasion”, essa com direito a coreografia típica do baixista e do guitarrista imitando metralhadoras. Mas ainda faltava o maior clássico: “Cursed the Gods”, tocada e cantada a plenos pulmões pelos presentes. Após esta, Schmier voltou para a “saideira”, como ele mesmo disse, “The Butcher Strikes Back”. Mais um grande show do Destruction que pude conferir, apesar de a sonorização ter ficado muito alta.

Gostei bastante do local do evento, que tem uma boa estrutura (e deve ser bem caro), além de uma acústica excelente. O público compareceu em bom número (mas sempre é esperado um número maior) e teve um bom comportamento, apesar de alguns casos isolados de brigas, algo incomum para shows de Heavy Metal. 2014 foi um ano cheio de ótimos eventos e para 2015 já é aguardado mais outra grande leva de shows, seja ao nível de pequeno ou grande porte. E, certamente, a Blackout Discos será responsável por mais alguns grandes shows.

 
 
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