Após uma Demo, dois EPs, diversos shows, inclusive na final do W:O:A Metal Battle, a banda pernambucana Pandemmy lançou em 2013 seu primeiro full lenght. Em todos os seus trabalhos a banda mostrou grande potencial, com sua musicalidade transitando entre o Death e o Thrash Metal, mas sem deixar de lado as boas melodias, além de arranjos muito bem elaborados. Esse álbum foi gravado pela formação antiga do Pandemmy, que contava com Rafael Gorga (vocal), Augusto Ferrer (baixo), Ricardo Lira (bateria) e Diego Lacerda e Pedro Valença (guitarras). O ‘line up’ da época mostrou forte entrosamento, com boa alternância entre partes mais trabalhadas e algo mais ríspido e veloz, com alguns andamentos beirando o Hardcore, como no caso de “Self Destruction” e “Involution of a Lost Society”. Já em temas como “Mind Effigies” e “Common is Different Than Normal”, o Pandemmy mostra uma faceta, diria, mais melódica e trabalhada, com boas vocalizações de Rafael, que não fica apenas impostando vocais agressivos. Sua desenvoltura vocal enriqueceu bastante esse full lenght. Na verdade, os músicos mostram total competência, vide os ótimos riffs e solos de guitarra, além da ‘cozinha’, que impõe densidade e peso em todos os temas, mesmo naqueles mais agressivos. A cada ouvida nesse álbum é possível ouvir detalhes que uma audição despojada não permite. Não, não é um álbum intensamente intricado ou que penda para o lado Progressivo, mas que traz elementos que engradecem a música do Pandemmy e foge do lugar comum do Death/Thrash Metal, sem perder suas características principais. O que dizer da densa “Without Opinion”, de bases muito bem construídas e andamento pesado, arrastado, mas sem soar Doom Metal? Sim, “Reflections & Rebellions” é um álbum cheio de alternativas e, sendo assim, não se torna maçante. É um álbum para se ouvir sempre, pois possivelmente se descobrirá algo novo no mesmo. As participações especiais ficaram por conta de Antonio Araújo (Korzus), Alcides Burn e Alejandro Flores (Inner Demons Rise), Raíssa Leal e Fabiano Penna, este último sendo o produtor do álbum. Eu apenas achei que a produção sonora ficou um tanto suja, até mesmo em razão do estilo praticado pela banda. Mas isso é um mero detalhe.
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