SUFFOCATION OF SOUL
“The First Attack”
Independente – Nac.
O título do primeiro full length dessa banda baiana de Thrash Metal define bem o que é esse álbum. Um verdadeiro bombardeiro em forma de música! Trazendo dez músicas em pouco mais de 50 minutos, o que o torna relativamente longo para um disco de Thrash Metal, “The First Attack” prende o ouvinte do início ao fim, tendo em vista a boa alternância de andamentos do disco, com uso de backing vocals na medida certa, além de refrãos grudentos e solos contagiantes, além de uma ‘cozinha’ (baixo e bateria) de respeito, que mantém firme no propósito ‘old school’, mas que não se permite ser uma mera cópia do que já fora feito. Veja bem, o disco traz verdadeiros ataques Thrash Metal, cada um com uma pegada à lá anos 80, mas mostrando uma criatividade que chega a remeter o Suffocation of Soul àquele período, digo, de como se fosse uma banda surgida nos anos 80, criando algo bem pessoal. Posso estar exagerando nos comentários, mas foi isso o que senti na música da banda, ainda mais ao ouvir sons como a insana faixa-título, com andamentos ferozes, mas sem deixar de lado aquelas paradinhas típicas e te convida ao bangin! Os vocais de André (também baixista) são tipicamente Thrash Metal, com boa dose de melodias e sem exagero. As guitarras de Mauricio e Tarcisio despejam riffs e solos sem qualquer pudor, a bateria de Márlon cria uma parede indestrutível, em junção com o baixo do já citado André. Os músicos mostram pisar num terreno que conhecem bem e criaram uma obra Metálica empolgante. Do tipo que deixa o banger com um grande sorriso no rosto e com a cabeça balançando o tempo todo. E as boas surpresas são encontradas durante todo o disco. O que se falar do ótimo cover para “Império Humano” do Taurus e da epopeia instrumental (a poesia não se encontra em letras, mas no belo instrumental) intitulada “Gates of Sodom”, com seus mais de 10 minutos?! E “Heavy Artillery”? Caramba! Essa música arrepia toda vez que a escuto. É uma espécie de Thrash/Heavy Metal, com algumas passagens chegando a lembrar o Viper do “Theatre of Fate”, isso na parte instrumental, mesmo que os vocais venham com boas melodias Heavy. De certo modo, a banda chegou a me lembrar os paraguaios do The Force, mais precisamente quando a banda se utiliza de elementos do velho Heavy Metal tradicional, mas, como dito logo no início, o Suffocation of Soul tem sua própria musicalidade e isso se pode ouvir em cada segundo desse primeiro ataque. Gravação de alto nível, encarte bem cuidado e uma capa totalmente Thrasher! Ah, leia essa resenha ouvindo o disco, e tire suas próprias conclusões.
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Resenha por Valterlir Mendes