DARK SYDE - The Apocalypse Bell Part II – Legacy of Shadows
DARK SYDE
“The Apocalypse Bell Part II – Legacy of Shadows”
Rising – Nac.
O bom trabalho já começa pela bela capa, que na minha interpretação detalha bem a atual situação política de nosso país. A tonalidade usada ficou excelente! Belo cartão de boas vindas. Já a música... A música continua ótima, só que agora mais agressiva, bem numa linha Thrash Metal, com as visíveis influências do Thrash Metal germânico, principalmente do advindo do Destruction. Claro, algumas passagens influenciadas pelo velho Heavy Metal tradicional ainda são encontradas, não tão latentes como outrora, mas ainda estão presentes, principalmente nos riffs, refrãos e solos de guitarras. Acredito que o forte vocal de Marcelo Falcão tenha sido um dos fatores para deixar o som do Dark Syde mais violento nesse disco, mas Thrash Metal, já que sua impostação é bem agressiva, mas, claro, algumas linhas mais melódicas podem ser ouvidas durante o decorrer dos cerca de 35 minutos de música de “The Apocalypse Bell Part II – Legacy of Shadows”. O trabalho de guitarra feito pelo fundador Tales Groo e por Anderson Menezes não deixa pedra sobre pedra. É pancada certeira, com riffs destruidores, deveras apropriados para uma banda de Thrash Metal que se preze. Mas, além dos três músicos citados, não se pode cometer a injustiça de não citar a ‘cozinha’ fulminante, pesada e densa formada por Bosco Lacerda (bateria) e Tales Groo (baixo. Sim, Tales foi responsável pelas linhas de baixo do álbum, mas o encarte traz Kaio Castelo na formação). O álbum também conta com algumas participações especiais, tais como os baixistas Renato Alves (em “Megashits on Microminds”) e Ricardo Brito (em “Domination Underground”). Citar essa ou aquela música, num álbum que contém oito faixas de puro teor explosivo é uma tarefa árdua, mas para quem gosta de algo mais agressivo, aponto “Human Pest Control” e “Final State of Violence”. Já para o lado mais pesado e trabalhado, com fortes interpretações vocais, melodias interessantes de guitarras e até mesmo pelas linhas de baixo encontradas, aponto “Dust Devil”, além de “Escape From the Doom Desert”, que mescla agressividade e momentos cadenciados de forma sensacional. Mas o ápice vem com “Domination Underground”, que conta com diversas participações nos backing vocals, uma letra bem sacada (algo que já foi feito, mas quando se faz novamente e bem feito, é de se celebrar), e uma parte instrumental que é de deslocar qualquer pescoço mais frágil. A produção sonora é de uma qualidade soberba e serve para deixar o som do Dark Syde, nesse álbum, ainda mais encorpado. Adquira esse álbum ou se arrependa!