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ALTERA O
TAMANHO DA LETRA
 

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Hellcifest II

Evento: Hellcifest II
Data: 04/06/2017
Local: Clube Português. Recife/PE
Bandas:
- Pandemmy (Thrash/Death Metal – PE)
- Warcursed (Death/Thrash Metal – PB)
- Abbath (Black Metal – Noruega)
- Amon Amarth (Viking/Death Metal – Suécia)

Resenha: Valterlir Mendes
Fotos: Rosberg Rodrigues


O Hellcifest passou mais de um ano sem uma nova edição, talvez por falta de grandes nomes passando pelo país para ser anunciado para o ‘cast’ do evento. Mas com a passagem do Amon Amarth pelo Brasil, a produtora Astronave tratou de anunciar a segunda edição desse evento, que já vem ganhando espaço e sendo esperado pelos admiradores da música pesada em Pernambuco e região. Para completar o ‘cast’, com duas bandas de renome internacional, o Abbath, que foi a banda de suporte do Amon Amarth nos shows no Brasil e América Latina. O anúncio de ambas as bandas agradou bastante a muitos, desagradou a poucos (público Headbanger gosta de reclamar) e deixou tantos outros curiosos para conferir o evento, mesmo não conhecendo uma ou outra banda. Fechando o ‘cast’, as bandas nordestinas Pandemmy (aqui de Pernambuco) e Warcursed (do vizinho estado da Paraíba).

Pude ir para a capital pernambucana na véspera do evento, que ocorreria num domingo, e as informações eram de que os ingressos físicos estavam sendo bastante procurados; assim esperava-se um bom público. Ainda pude ir ao Clube Português e ver o início da arrumação de palco. Era algo que movimentava bastante pessoal e tudo cercado de muitos cuidados (o que pude comprovar no dia do evento, pela manhã, com grande movimentação para deixar tudo bem organizado para a hora dos shows).

Época de chuvas na região, isso preocupou um pouco, tendo em vista que parte das pessoas preferem ficar em casa a se molhar e conferir algo de seu agrado (ou não). Mas as chuvas que caíram no sábado, desapareceram no domingo (um típico domingo de sol, que daria até para pegar uma praia e até mesmo enfrentar alguns tubarões em Boa Viagem. Deve ter sido daí a ideia do cartaz para o evento, com um grande tubarão-martelo viking).

Por volta das 17h00 cheguei ao Clube Português. No local tudo já bem organizado e a produção acertando os últimos detalhes, tanto de iluminação como de sonorização. Alguns stands para vendas de souvenirs, diversos, outros das bandas e do festival. Ao redor a movimentação não era tão grande, mas que foi aumentando aos poucos. No horário marcado para abertura dos portões nenhum alvoroço e entrada tranquila para todos. Alguns preferiram ficar um pouco mais do lado de fora, tomar umas cervejas, conversar e rever os amigos. Sempre digo que esse é um dos fatores mais interessantes em shows de Heavy Metal: tomar algumas cervejas, rever os amigos, além, claro, de poder ver as bandas ao vivo.

Estreando nova formação (mais uma ao longo dos anos), o Pandemmy subiu ao palco as 19h35. Peguei show da banda ano passado, antes mesmo do lançamento (apenas digital) do seu mais recente álbum, “Rise of a New Strike”, que traz uma banda mais técnica, mas sem deixar de lado a ferocidade típica de seu som, que transita entre o Thrash e o Death Metal. Depois de uma “Intro” veio “Circus Of Tyrannies”, e problemas apareceram. Os vocais da estreante Rayanna Torres estavam inaudíveis, o que foi melhorando um pouco durante a execução da música. A parte instrumental estava muito indefinida e o público reclamou bastante por não conseguir ouvir direito o que se tocava. As partes mais brutas eram as que mais sofriam, já que em bases mais trabalhadas e nos solos ficava tudo mais bem definido. O público ainda adentrava, e mesmo com os problemas de som, acompanhou a banda e deu apoio. Apesar de ter apenas 30 minutos de apresentação, ainda houve tempo para que o vocalista do Will2Kill, Wilfred Gadêlha subisse ao palco para cantar “Common Is Different Than Normal”, mas, como mencionado antes, quase não se ouvia os vocais. O final veio com um cover do lendário Death, para “Crystal Mountain”. Uma pena que a sonorização não tenha sido das melhores, afinal o Pandemmy está com um novo disco excelente.

Um pequeno intervalo para pequenos ajustes no palco e após o fim do primeiro show o público já estava bem maior, mas já estava dando para perceber que não chegaria ao número de pessoas presentes na primeira edição.

O Warcursed é outro exemplo de banda que peguei alguns shows no ano passado, além de também ter mudado a sua formação recentemente, com a adição do baixista Isaac Dinoá, que está dando apoio à banda ao vivo. Atualmente a banda vem divulgando seu novo álbum, “Stages of Death”, e que infelizmente não estava sendo vendido no local, apenas camisetas novas do Warcursed. Sobre o show, a sonorização melhorou assombrosamente. Podia não está num nível excelente, mas deixou tudo muito bem definido, algo que é essencial, tendo em vista a sonoridade Death/Thrash Metal do Warcursed. Os vocais de Richard Senko (também guitarra) estavam bem definidos, audíveis. Baseando seu ‘set’ no novo álbum, executaram músicas como “Pallor Mortis”, “Rigor Mortis” e “Decomposition”. Tais músicas trazem um Warcursed mais Death Metal, com músicas em meio tempo, pesadas, mas sem deixar de lado os riffs e bases mais velozes. O palco apresentou ao público um visual interessante, com um belo backdrop e bandeiras sobre as caixas. O ‘set’ foi curto, durando menos que meia hora e contando com apenas cinco músicas (as demais foram “K.I.Y.” e “Spectral Whisper”), mas bem eficiente e para um público que era praticamente o que estaria até o fim do evento.

Os ajustes em palco, após o fim do segundo show, demorou um pouco mais, afinal tiveram que mudar a bateria, trocar backdrop, entre outros pequenos detalhes. Tempo para o pessoal conferir o merchandising à disposição no local ou até mesmo tomar uma cerveja (ponto negativo, pois de início havia duas marcas e uma delas acabou rapidamente, enquanto que a outra já era vendida praticamente quente).

O público já se amontoava junto às grades que protegiam o palco e sons de uma “Intro” anunciavam a entrada do lendário Abbath, hoje em carreira-solo. Com “To War!” veio uma poderosa sonorização, com tudo bem definido e deixando a música (não só da carreira-solo de Abbath) totalmente audível e até mesmo mais atrativa que em estúdio. A iluminação de palco ajudou bastante para deixar toda a parte visual bem atrativa, além, claro, da musicalidade apresentada. Abbath é um músico que dispensa apresentação; criou todo um conceito no Black Metal, até mesmo fugindo dos estereótipos do estilo, mesmo que lance mão da maquiagem carregada e de figurino idem. O ‘set list’, como já mencionado, além de trazer músicas da carreira-solo, também trouxe músicas do Immortal (“Nebular Ravens Winter”, “Tyrants”, “One by One” e “All Shall Fall”), que serviram apenas para mostrar que a mente criativa daquela banda era Abbath, responsável por criar sua musicalidade, seu estilo. Do projeto I teve apenas “Warriors”. Da atual carreira-solo ainda vieram “Ashes of the Damned”, “Fenrir Hunts” [um verdadeiro holocausto sonoro], “Count the Dead” e “Winterbane”. Nesse show a banda era composta, além de Abbath (vocal/guitarra), pelo baixista King Ov Hell e pelos ‘live musicians’ Emil “Creature” Wiksten (bateria), Ole Andre Farstad (guitarra), que mostraram boa movimentação em palco, exceto Ole, muito parado. Abbath é uma figura, tem muito carisma e mostrou estar se divertindo em palco, com caras e bocas, língua de fora no melhor estilo Gene Simmons, além de ter feito uma dancinha pra lá de engraçada e comandar, como poucos, o público. Enfim, um belíssimo show de Black Metal com um Abbath mostrando bom humor e fugindo dos padrões do estilo.

Último intervalo da noite e uma “limpeza” no palco, já que todos os retornos foram retirados. Mudança de backdrop; mudança de bateria; mais alguns testes de som e tudo estava pronto para a atração principal da noite. Se Abbath já havia feito um show impressionante, cheio de carisma e com uma musicalidade que agradou até quem não é fã de Black Metal, o que esperar de uma banda que mais ganha projeção no atual cenário Heavy Metal mundial?

Não é necessário dizer que o público se apertava ainda mais próximo ao palco e antes mesmo de Ted Lundström (baixo), Olavi Mikkonen e Johan Söderberg (guitarras), Jocke Wallgren (bateria) e o grandalhão Johan Hegg (vocal), adentrar ao palco o Amon Amarth já era ovacionado. Dos PA’s emanava uma “Intro” que antecedeu a entrada dos músicos, de cara mandando a arrebatadora “The Pursuit of Vikings”, acompanhada em uníssono, com muitos coros e, claro, as típicas rodas de moshes tão comuns em shows por esses lados. Com uma boa movimentação em palco, segurança e um profissionalismo de cair o queixo, os suecos mantiveram o público ‘pilhado’ durante toda a sua apresentação. Não era para menos, já que a sua musicalidade bem própria, trazendo uma mescla perfeita entre o Death e o Heavy Metal, agrada em cheio fãs de uma música com mais melodias, assim como aqueles que curtem algo mais ríspido. Então mandam “As Loke Falls” e antes de uma música do novo álbum fazem uma breve pausa para que Johan Hegg faça uma breve interação com o público, com algumas palavras em português. Sem demoras mandam “First Kill” e era de impressionar a energia do público. Tal energia deixou o grandalhão vocalista bem feliz, isso era notório em seu semblante. Devo dizer que para se ter um grande show de Heavy Metal o público deve interagir com a banda, emanar energia e isso não faltou nessa noite. Seja agitando nas rodas, batendo cabeça, cantando ou fazendo coros, o público foi peça fundamental para que o show do Amon Amarth tivesse ares de épico. O palco, “limpo” (sem as caixas de retorno), o belo backdrop com o desenho da capa do novo álbum (“Jomsviking”) e a iluminação, criavam um belo efeito visual. E o que se falar da sonorização? Num nível poucas vezes visto por esses lados. Tudo soando maravilhosamente audível e digo mais: o sentimento de ver a banda ao vivo é indescritível. Simplesmente mágico aquilo. Há quem não goste, há quem reclame, mas a verdade é que o Amon Amarth está no nível que está por fazer uma música agradável e com caraterísticas bem próprias, seja nas melodias, seja nas letras e na sua forma de as interpretar. O ‘set list’ trouxe muitas músicas, dezesseis ao total, mas que parece ter passado de forma muito rápida. E entre essas músicas “At Dawn’s First Light”, “Deceiver of the Gods”, “Tattered Banners and Bloody Flags” e “Death in Fire”. Uma pequena saída do palco anunciava que o show estava perto de acabar, mas não antes sem o tradicional bis, que veio com toda a banda portando seus ‘drinking
horns’ (proibido pela produção para o público) e mandando a excelente “Raise Your Horns”, seguida de “Guardians of Asgaard”, que colocou todos para pular, e finalizando com “Twilight of the Thunder God”. Resumindo: um show que deixou praticamente todos com um sorriso de orelha a orelha e impressionados com tamanha energia, profissionalismo e musicalidade. Sem dúvidas vai figurar entre um dos melhores do ano em Pernambuco, senão o melhor.

Mais um Hellcifest que agradou em cheio, com ótimos shows – mesmo que o primeiro tenha sofrido com a sonorização -, e um público razoável (acredito que em torno de mil pessoas, talvez um pouco menos). Eu acredito que se o evento tivesse ocorrido num sábado o público teria sido bem maior. Com algumas pessoas que conversei essa era a maior reclamação, afinal tinha muita gente de outras cidades e até Estados, as quais teriam que estar logo cedo no trabalho. Por esses lados ainda não existe o costume de se ver shows em outros dias da semana, até mesmo pela distância que alguns têm que percorrer. Mas, enfim, mesmo com esse empecilho, garanto que todos saíram satisfeitos. Por fim agradeço ao suporte de Renata Farias e do Alcides Burn (o Mestre de Cerimônia da noite). Agora é esperar a terceira edição...
 
 
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