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Reviews Shows

ALTERA O
TAMANHO DA LETRA
 

Recife Metal Law - O seu portal de informação!

 

Torture Squad no Estelita

Evento: Torture Squad no Estelita
Data: 25/08/2017
Horário: 22h00
Local: Estelita Bar. Recife/PE
Bandas:
- Matakabra (Metalcore – PE)
- Warcursed (Death Metal – PB)
- Reckoning Hour (Metalcore – RJ)
- Hatefulmurder (Death Metal – RJ)
- Torture Squad (Death Metal – SP)

Resenhas & fotos: Valterlir Mendes

Mais um evento dia de sexta-feira ocorreria na capital pernambucana. Digo mais um evento, já que o público se habituou a ir para shows aos sábados, ainda mais que uma parte do público sai do interior ou até mesmo de estados vizinhos, o que não é muito fácil, devido a trabalho e outros compromissos. Mesmo assim, após um horário reduzido no trabalho, peguei a estrada (120 quilômetros) e rumei para Recife...

O Estelita Bar, com seu espaço até aconchegante e com boas variedades (tanto de bebida como de comida, mesmo que muitos reclamem dos valores), foi palco novamente de um evento Underground. E o Estelita vem se tornando uma opção para eventos dessa natureza, faltando tão somente um palco mais alto para facilitar a visão das pessoas que ficam mais ao fundo.

O evento contou com cinco bandas, um ponto que me deixou preocupado, tendo em vista que cinco já é um numero bem grande de bandas para uma simples noite de shows e que estava programada para ter início às 22h00. Duas das bandas do ‘cast’, há exato um ano, havia tocado nesse mesmo palco.

Como de costume, sempre procuro chegar no horário marcado para ter início os shows, até mesmo um pouco antes, como foi o caso. E por volta das 22h00 a movimentação de público era praticamente nula nas proximidades do Estelita Bar. Parecia até que não ocorreriam shows por ali. Felizmente – e aos poucos – o público foi chegando, de forma tímida, mas foi chegando. As portas foram abertas um pouco depois do horário anunciado, mas como não havia filas, a entrada foi tranquila.

No local os stands de merchandising estavam disponibilizados, tanto das bandas como de Distros locais. Muita coisa para venda e muitas opções para o público: camisetas, CDs, bottons, adesivos, entre outros materiais.

Os shows, de fato, só tiveram início as 22h45, quando a banda local, Matakabra, deu início a sua apresentação. Eu já havia ouvido falar sobre a banda, mas apenas tinha ouvido o som “por alto”, em clipes disponibilizados no YouTube. A banda faz um som influenciado pela nova tendência Metalcore, ou seja, com partes pesadas e violentas, alternando com algo mais marcado e de andamentos mais limpos, tanto na parte instrumental como nos vocais, que se alternavam entre guturais, gritados e limpos. O vocalista Rodrigo Costa tem uma boa postura em palco, condizente com o estilo, e os demais músicos são bem competentes para o estilo que a banda se propõe a fazer. A parte sonora estava muito boa, bem clara, deixando toda a parte instrumental bem definida. O show, que durou cerca de 40 minutos, teve seu ‘set’ composto por músicas próprias, cantadas em português e que ainda contou com a participação do ex-vocalista do Desalma, Erick Dartelly, na música “Pesadelo”.

Terminado o primeiro show, tinha início o maior problema do evento: o grande intervalo entre as bandas. Mesmo com o ‘set’ de bateria devidamente montado, a segunda banda da noite demorou bastante para que iniciasse o seu show, devido à montagem em palco, entre outros ajustes. Foram cerca de 50 minutos para que tudo ficasse pronto.

Já passava da meia-noite quando a banda paraibana Warcursed começou o seu show. A banda foi uma das que tocaram no mesmo local um ano atrás. Os paraibanos estão numa boa leva de shows, inclusive já tendo tocado diversas vezes em Pernambuco. Atualmente vem em plena divulgação de seu novo álbum, “Stages of Death”, e nele foi baseado o ‘set list’. Nota-se que a banda está mais segura com a sua nova formação. Músicas mais densas e com uma ‘pegada’ mais Death Metal, apesar de a influência do Thrash Metal ainda se fazer presente, como ouvido em “Algor Mortis” e em músicas mais antigas, tais como “The Last March” e “Renegades From Hell”, ou até mesmo algo do Hardcore, na passagem violenta e veloz que “Skeletonization” tem. Richard Senko mostrou mais desenvoltura nos vocais e boa segurança no palco, se comunicando bem com o público e sem vícios de linguagem de outrora. O palco, simples, mas com um belo backdrop de fundo, ficou excelente. O show do Warcursed também teve cerca de 45 minutos e é sempre muito bom ver esses caras ao vivo. A banda se mostra cada vez mais madura e técnica, sem deixar o ‘feeling’ de lado.

Mais um tempo para novos ajustes de palco para que a terceira banda pudesse entrar e fazer seu show. Dessa vez foi um tempo até regular, já que foram apenas 25 minutos de ajustes.

O Reckoning Hour era outra banda que eu apenas conhecia de nome. Nunca havia ouvido nada do som dos caras. No cartaz dizia que a sua sonoridade era Death Metal, mas, depois de uma “Intro”, não foi bem isso que o público ouviu. Em “Misguided” já se ouvia boas linhas de guitarras, peso, vocais guturais, mas o seu andamento vinha com andamentos com mais groove e vocais limpos, típicos do Metalcore, estilo onde a banda mais bem se encaixa. Andamentos ‘quebrados’ e com muito peso e uma musicalidade eficiente, para o estilo que a banda pratica. Não agrada muito aos mais ortodoxos (também não é “minha praia”), mas isso não significa que a banda não seja competente. Pelo contrário, fizeram um show energético, inclusive botando o pequeno público para agitar, fazendo uma pequena roda em frente ao palco. Um show de 45 minutos que agradou a alguns, não muito a outros, mas que mostrou uma banda segura e de boa postura em palco, inclusive agitando, mesmo que de forma um tanto tímida, o pequeno público presente.

Como já mencionado, o público não era grande. E eu esperava bem mais gente presente, mesmo sendo uma sexta-feira e mesmo boa parte das bandas tocando em datas próximas em outros estados do nordeste. Pude ver algumas caras mais novas e nesse ponto bandas com uma sonoridade, digamos, mais moderna, ajuda bastante, pois faz com que tal público também possa ver bandas com uma sonoridade mais tradicional. Uma pena é que o público se divida tanto, fazendo com que muitos eventos, bem cuidados, tenham um público reduzido. Mas voltemos aos shows...

De logo digo que o Hatefulmurder me impressionou logo nos instantes iniciais de seu show, com “Riot”. A vocalista Angelica “Burns” Bastos tem uma voz poderosa, agressiva, além de uma presença de palco impactante e segura. A sonoridade da banda transita entre o Death e o Thrash Metal, numa mescla bastante interessante e empolgante, e até mesmo os vocais usados de forma limpa (na verdade os backing vocals) em nada tiram a agressividade gerada pela banda. Devo aqui mencionar, aqui, o baterista Thomás Martinoia, que imprime boa dose de peso, em levadas insanas. Após o fim da primeira música Angelica menciona: “vai começar o baile da Hatefulmurder”. A sonorização, apesar de ainda boa, deixou a sonoridade da banda um tanto “seca”, faltando um pouco de “corpo” em algumas passagens. Nada que interferisse no bom show que a Hatefulmurder apresentou aos que ali, no Estelita, estavam. Novamente menciono: fiquei impressionado com a banda, que mostrou agressividade e melodias em doses certas, sem exageros, nem mesmo nas partes limpas dos backing vocals.

Último intervalo da noite/madrugada, dessa vez cerca de 30 minutos. O cansaço já chegava, não só para esse que faz essa resenha, mas para muitos que ali estavam. Mas ainda faltava a última atração da noite, a mais esperada por praticamente todos os presentes.

As 03h50 (isso mesmo!) o Torture Squad, uma das bandas mais importantes do cenário Underground nacional, voltava a pisar nos palcos do Estelita Bar. Como era de se esperar, a frente do palco ficou tomada e “Unknown Abyss” (última faixa do novo disco da banda, no ‘track list’ como ‘bônus), que serviu como “Intro”, anunciava o início do show. Mayara “Undead” Puertas foi para o palco após os demais integrantes da banda, e já chegou arregaçando com a nova “Don’t Cross my Path”, música que traz os riffs de guitarras inconfundíveis do Torture Squad. O público agitou bastante em frente ao palco e a festa estava bonita. Apesar do resfriado, os vocais de Mayara estavam potentes, como sempre, mesmo que em alguns momentos faltassem àqueles típicos gritos de algumas músicas do passado do Torture Squad. Mas a garota tem uma forte presença de palco, agita muito e contagia o público. Amilcar, como sempre, sendo Amilcar. O cara é monstruoso em seu kit de bateria. As linhas de baixo de Castor são trabalhadas de forma a não deixar lacunas na sonoridade da banda ao vivo, já que conta apenas com a guitarra de Rene Simionato, este mais que adaptado à sonoridade do Torture Squad. As primeiras três músicas vieram do novo álbum, “Far Beyond Existence” (a já mencionada “Don’t Cross my Path”, seguida de “No Fate” e “Blood Sacrifice”), só depois aparecendo músicas mais antigas, como “Area 51” e “Horror and Torture”. E após essa música, Amilcar saiu do seu kit, pegou o microfone e deu um belo de um esporro num cara que estava “saindo da linha”. Ameaçou até chamar os seguranças para o retirar do local. Mas, depois dessa “enquadrada”, tudo caminhou de forma sossegada. Sossegada, na verdade, não é a palavra correta para inserir numa resenha de um show do Torture Squad. Foi insano, do início ao fim, e o público não se importou com o horário já avançado. O fim já estava chegando, quando Mayara anunciou a excelente “Chaos Corporation”, cantada por muitos, e “Return of Evil”, que contou com os vocais de uma garota do público, mostrando a interação de banda e seu público. Aí seria o final, mas a energia estava em alta e quando a banda perguntou se queriam mais, mandaram a clássica “The Unholy Spell” para fechar um show, mais uma vez, de alta qualidade!

O relógio marcava 05h10 quando o show da última banda terminou. O público, mesmo pequeno, ficou no local até o fim. Mas o sol não raiou, pois o céu estava encoberto por nuvens e uma chuva caía na capital pernambucana. Os pontos negativos: o horário avançado e cansativo (não só para o público, mas para as bandas também, pois quatro delas estão em turnê, viajando num ônibus, pelo Brasil), e a maldita luz vermelha no palco, que dificulta a vida para quem vai fazer fotos.

Sobre uma turnê nesses moldes e em dias que não são típicos (além dos horários) para shows no Brasil, o próprio Torture Squad já havia falado numa entrevista (que pode ser conferida aqui). Mas, com tudo isso, a viagem foi válida. E olha que eu tive que voltar para minha cidade assim que terminou o evento.
 
 
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