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Reviews Shows

ALTERA O
TAMANHO DA LETRA
 

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Max & Iggor Cavalera - “89/91 Era Special Set List”

Evento: Max & Iggor Cavalera - “89/91 Era Special Set List”
Data: 28/10/2018
Local: Clube Internacional do Recife. Recife/PE
Banda de abertura:
- Exorcismo (Thrash Metal - PE)

Resenha: Valterlir Mendes
Fotos: Valterlir Mendes (Exorcismo) & Rosberg Rodrigues (Max e Iggor Cavalera)


Inicialmente esse show não estava nos planos da turnê “Max & Iggor Cavalera 89/91 Era Special Set List”, mas Levi Byrne (Visions of Rock), na correria, conseguiu essa data extra para a capital pernambucana.

Apesar dos riscos, afinal, era um domingo, de eleição - e muitas dúvidas -, a produção se manteve firme e confirmou o evento, que ocorreu no Clube Internacional do Recife, local que já abrigou muitos eventos de médio porte. Mesmo com toda a dúvida que rodeava o dia e muitos dos Headbangers, se esperava um público, ao menos, mediano. E sabemos que em shows desse tipo vem muita gente de outros estados, mais um dos contras dessa data, já que, em decorrência da já citada eleição, algumas pessoas não poderiam viajar tão cedo.

Devido a alguns atrasos, e contratempos de última hora, consegui chegar ao local do evento faltando apenas três minutos para o horário marcado para ter início o show da banda de abertura. O movimento de Headbangers era muito tímido. Uma fila, mas sem correrias.

Como sempre a produção cumpriu com o informado e antes mesmo das 20h00 a banda pernambucana, responsável pela abertura do show principal, Exorcismo já havia dado início ao seu show. A banda já tem muitos anos de estrada, mas vem com uma formação recente - algo bem corriqueiro na carreira do grupo -, trazendo Denis Violence (bateria e vocal), Risaldo Silva (baixo), Anderson Razor e Carlos Ragner (guitarras). Vi um show da banda no ano passado, já com essa nova formação, e a escolha foi bem acertada para ser a banda de abertura. Razão? A banda faz um som bem na linha do que o Sepultura fazia na época do “Arise” e do “Beneath the Remains”, principalmente lembrando bastante as músicas velozes desses discos. E falando em velocidade, isso não faltou no show do Exorcismo. Denis tem uma excelente coordenação, não perdendo a “passada” em nenhum momento, já que, além das baquetas, ele é o responsável pelos vocais. O uso dos backing vocals, a cargo dos dois guitarristas, deixam as músicas ainda mais com aquele espírito ‘old school’. Só achei o som muito alto e não tão bem equalizado, algo essencial para o som que os caras fazem. Não pôs tudo a perder, pois a banda se mostra bem ensaiada e muito segura em palco, inserindo, além de velocidade, algumas partes marcadas, com as linhas de baixo dando ênfase, e solos ferozes e desconcertantes. O ‘set list’ teve músicas como “Dump of Death”, “Surrounded by Fakes (Kill the Falses)”, “God is Dead” e “Epidemic Lobotomy”, todas extraídas do seu recém-lançado álbum de estreia, “Exorcise and Steal”. Na verdade, o ‘set’ foi composto totalmente por músicas desse disco. O final veio com “Disgrace and Terror”, que não seria tocada, mas como a produção deu um pouco mais de tempo, o Exorcismo a tocou. O público, que ainda adentrava, estava espalhado e não agitou muito, mas foi um bom show de abertura.

Pelo andar da carruagem, o público não seria tão grande. O show principal estava marcado para ter início às 21h00, e como o show de abertura durou cerca de 30 minutos, havia tempo para comer algo, tomar uma cerveja, conferir o merchandising ou simplesmente trocar uma ideia com os presentes, apesar do clima estranho na noite. Por falar em merchandising, houve reclamação, pois alguns gostariam de ter uma camiseta da turnê (com um preço bem “salgado”), mas estavam aceitando apenas dinheiro, nada de cartão de crédito.

Depois dos ajustes necessários, inclusive com a retirada da bateria disponibilizada para a banda de abertura, era chegada a hora de ver os irmãos Max e Iggor Cavalera interpretando os clássicos imortais contidos nos discos “Beneath the Remains” (1989) e “Arise” (1991). Vale lembrar que os irmãos já haviam passado juntos por Recife em 2014, com o Cavalera Conspiracy, isso sem falar nos primórdios do Sepultura. Enfim... O primeiro a entrar no palco foi Iggor Cavalera e aos poucos os demais músicos, para só assim entrar Max Cavalera. Sem muita conversa soltam a clássica introdução de “Beneath the Remains” e, nesse momento, eu (e sei que muitos ali) fiz uma viagem no tempo. Esses dois discos do Sepultura foram os meus primeiros dentro do Heavy Metal. Emocionante ver os irmãos mandando bronca em músicas essenciais para o meu crescimento como Headbanger. Preciso dizer que foi clássico atrás de clássico? Claro que não, né? Afinal, se a tour recebia o título de “89/91 Era Special Set List”, o que mais se poderia se esperar a não ser clássicos? E lá estavam “Inner Self”, “Stronger Than Hate” (conferir essa música ao vivo era algo bem improvável para mim, um dia), “Mass Hypnosis”, “Slaves of Pain” e “Primitive Future”, essa, após Max perguntar quem esteve presente no show, oferecida a galera que esteve em Caruaru. Engraçado foram alguns levantando o braço dizendo que lá esteve e Max retrucando: “você não estava”. Falando em Max, é óbvio que ele não é mais aquele garoto franzino, até mesmo não canta com o mesmo ‘punch’ de outrora, parece ser bem mais velho do que é, mas compensa em carisma. Talvez um dos maiores ‘frontman’ da história do Heavy Metal. Ele comanda o público como ninguém. Instigava o tempo todo; queria ouvir os gritos a todo instante; pedia para o público ir pro mosh pit... Iggor ainda toca muito. É monstruoso em seu kit de bateria; veloz, preciso, sem fazer peripécias na bateria, mas de uma eficácia espantosa. Os dois coadjuvantes: Marc Rizzo (guitarra) e Mike Leon (baixo) seguraram a onda, não fugindo daquilo que é contido nas músicas originais. Apesar de uma oscilação ou outra em alguns momentos, a sonorização estava num bom patamar, assim como a iluminação de palco, tudo muito bem cuidado. Se a primeira parte do show foi dedicada ao “Beneath the Remains”, então era chegada a hora de contemplarmos o “Arise” sendo executado por dois de seus criadores. Após a típica “Intro” vem a faixa-título, logo seguida de “Dead Embryonic Cells”. O público não era tão grande, mas ficou bem próximo do palco, em grande parte, agitando bastante, mas com alguns intervalos de calmaria para poder ver a banda em palco. Vem “Desperate Cry” e “Alterated State” na sequência, e o velho Max, agitando ao seu modo, por vezes chegando a lembrar Ozzy Osbourne, com suas batidas de palma e até mesmo alguns rodopios no palco, algo que fez lembrar o candomblé. É o velho Max agitando ao seu modo e não querendo ver ninguém parado. E lá veio “Infected Voice”, seguida de “Orgasmatron”, cover do Motörhead, mas que ficou imortalizado no “Arise”, na interpretação de Max e do velho Sepultura. Seria esse o fim? O tempo estava passando muito rápido, mas o público ainda queria mais. Max, Iggor e banda queriam apresentar mais. Max perguntou se queriam mais Motörhead e mandaram, após Max dizer que o nome do Sepultura havia sido retirado de tal música, “Ace of Spades”. E tome mosh pit! Mais algumas surpresas: primeiro veio “Troops of Doom”, seguida de uma música que representava bem essa noite, “Refuse/Resist”. Antes de ir para mais algumas surpresas, Max mencionou e agradeceu a banda de abertura, dizendo “que são bandas como o Exorcismo que mantêm o Metal vivo”. A esse momento as músicas já fugiam dos discos clássicos, aí mandaram “Roots Bloody Roots”, um trecho de “Polícia” (do Titãs) e finalizaram com uma versão bem veloz de “Beneath the Remains”.

Durou cerca de uma hora e meia esse histórico show, mas parece ter durado apenas poucos minutos e foi incrível ver os irmãos detonando em músicas dos emblemáticos discos da carreira do Sepultura. A todo o momento eu ficava imaginando como deveria ser o show daquele quarteto em 1991/1992. Tive uma amostra de como foram aqueles anos. Aquela garotada com sangue nos olhos, conquistando o mundo. Não são mais garotos, mas vi, ao menos em Max, aquele velho espírito do Heavy Metal. Não que Iggor não tenha feito um show com garra, mas Max transborda, mesmo com os anos nas costas, aquele espírito Headbanger.

O ponto fraco foi apenas o pequeno público (pequeno em número, não em energia). Acho que em torno de apenas 400/500 pessoas. Uma pena, uma vez que a produção caprichou bastante, fez sua parte, porém por mais que se faça, o público vem cada vez mais diminuindo nos shows. Mas o público que se fez presente, principalmente aqueles Headbangers mais velhos, carregará por um bom tempo esse show em sua mente. Mais um para a história do Heavy Metal em Pernambuco.
 
 
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