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Reviews Shows

ALTERA O
TAMANHO DA LETRA
 

Recife Metal Law - O seu portal de informação!

 

Caruhell Rock Fest

Evento: Caruhell Rock Fest
Data: 25/05/2019
Local: Teatro João Lyra Filho. Caruaru/PE
Bandas:
- Storms (Thrash Metal - PE)
- Realidade Encoberta (Crossover - PE)
- Darkside (Thrash/
Heavy Metal - CE)

Resenha:
Valterlir Mendes
Fotos: Valterlir Mendes & Marcos
“Ironmaidenzinho” Antônio

Assim que a primeira edição do “Caruhell Rock Fest” foi anunciada, trazendo como uma das atrações a Darkside, eu sabia que essa era a hora exata de eu poder retornar à Caruaru, depois de alguns anos sem pisar naquelas terras. Outro ponto que eu achei bem interessante no evento foi o número de bandas: apenas três. Isso não é algo corriqueiro em eventos no interior, que sempre põem muitas bandas para encher o ‘cast’. Sim, algumas vezes é até interessante, mas ocorre que muitos desses eventos tendem a atrasar, o que dificulta para o público e para as últimas bandas.

Como Caruaru dista cerca de 140 quilômetros de minha cidade, Macaparana, e um trecho de rodovia é extremamente sinuoso, mal sinalizado e, ainda por cima, conta com o descaso do governo, com muitos buracos no asfalto, saímos cedo daqui, por volta das 16h30, e chegamos no local do evento, o lendário Teatro João Lyra Filho, às 19h00. Esse era o horário que estava marcado para ter início os shows, mas, como era de se esperar, a movimentação ainda era bem pequena, então aproveitamos para tomar umas cervejas enquanto se aguardava o início.

Na frente do Teatro um grande banner, que nada mais era que o cartaz do evento. Era interessante para quem passava e não tinha conhecimento do que ali ocorreria. Caruaru, apesar de ser uma cidade do interior, é bastante movimentada, razão pela qual até pensei que o público seria bem maior do que o que compareceu nessa noite.

Eu ainda estava terminando uma cerveja, quando ouvi os primeiros acordes de “Devastation”, música que abriu o show do Storms, banda local e que tem a sua frente o baterista Alexandre Morais, também responsável pela produção do “Caruhell Rock Fest”. Corri para pegar o meu ingresso e ver, pela primeira vez, ao vivo, o Thrash Metal dessa banda, que apesar de ter sido fundada há muitos anos (nota: a banda surgiu em 1988, findou suas atividades em 1991, e retornou em 2011), não tem muito material lançado. Uma pena, pois o que se viu em “palco”, foi uma excelente banda, que destila o que há de melhor do Thrash Metal ‘old school’, e por mais que eu sempre ache estranho um baterista como vocalista, Alexandre mostrou desenvoltura, feeling e bastante fôlego durante toda a apresentação. As linhas vocais seguem um caminho mais agressivo, porém sem ser gutural, tipicamente Thrash Metal, mais precisamente aquele que era feito no Brasil na década de 80. Em porradas musicais como “Chemical Death” e “Dangerous Mind”, vi uma banda segura, que entende do traçado e faz um som que agrada 100% os amantes do Thrash Metal. Além disso, a sonorização estava ótima e um belo jogo de luz deixava o palco com uma iluminação legal. Ao fundo, um backdrop da banda, nada mais. Devo salientar que o guitarrista Júnior Sá mandou muito bem, seja nos riffs, bases ou solos. O cara simplesmente não deixou lacunas no som e ninguém sentiu falta de uma segunda guitarra. No baixo, Kassius Leandro, com seu baixo de seis cordas, garantiu que qualquer lacuna não existisse. Além de seus instrumentos de origem, os dois músicos eram responsáveis pelos backing vocals, algo que não pode faltar numa boa banda de Thrash Metal. Além das músicas próprias, algumas inéditas como “Empires of Brutality” e “Apocalyptic Desaster”, ainda deu tempo para um cover - “Voivod” do próprio Voivod - e para a participação de Carlão (Realidade Encoberta) e Tales Groo (Darkside) participarem de “The Beginning of the End”, música que encerrou o show do Storms.

Como já mencionado, o local do evento foi um Teatro. O “palco” ficava em baixo, uma escadaria nos levava até ele. Na frente uma grade separava o público da banda. Para cima, cadeiras, onde boa parte do público sentou e assistia aos shows. Eu, sinceramente, sempre achei estranho isso, afinal em show de Heavy Metal sempre se espera agitação e o público se apertando na frente do palco. Mas, para quem quer apenas ver as bandas em ação, é uma boa pedida, ainda mais que a climatização do local era excelente.

Depois de um intervalo, uma cerveja e o pessoal ter dado uma volta para conferir o merchandising, que ficava na parte de cima e fora do espaço para os shows, era hora de retornar para conferir a segunda atração da
noite.

Já fazia um tempo que eu não via um show do Realidade Encoberta, banda que sempre faz shows enérgicos, o que não foi diferente nessa noite. Às 22h20 e com uma sonorização de alto nível, a banda começou sua apresentação arregaçando tudo com “Idade das Trevas”. Tudo estava muito nítido, inclusive os vocais de Carlos Underground, o “Carlão”. O Crossover da banda não é nada indicado para que se fique sentado em cadeiras e é sempre um convite ao mosh. A energia emanada pela banda não deixa ninguém imóvel, pena que nessa noite, devido ao espaço e as cadeiras, muitos ficaram “assistindo” ao show. Mas nem por isso faltou energia no palco e alguns mais afoitos junto à grade de proteção. A banda, mesmo com álbum novo na praça, “Não Vivamos Mais Como Escravos”, passeou por toda a sua pequena discografia, que é feita por uma Demo, um EP e dois álbuns. Então pancadas como “TV Alienação”, “Lobos da Tirania” e “Postura Falsa” foram destiladas com bastante fúria. Carlão tem vocais fortes, porém de fácil entendimento, inclusive ao vivo. A dupla de guitarrista, formada por Túlio Falcão e Daniel Farias, se reveza nas bases e riffs e, claro, encontram espaço para alguns solos insanos; Eduardo Torment (bateria) e Rodrigo Cirilo (baixo) completam o ‘line up’ e mostram como deve soar uma ‘cozinha’ no Crossover: pesada, rápida, bruta. A banda fez um show forte, do início ao fim, sem muitos intervalos para falas. Claro, houve espaço para agradecimentos, essa ou aquela comunicação com o público, mas o principal foi o foco no show e numa apresentação marcante, algo corriqueiro nos shows do Realidade Encoberta. E nem mesmo o problema com o pedal do baixo, na música “Matando a Humanidade”, que chegou a ser molhado, foi suficiente para parar a apresentação furiosa da banda.

O último intervalo da noite foi o mais demorado. Última atração se preparando para entrar no palco, ajustes na sonorização e, então, espaço de tempo para que o público novamente fosse molhar a garganta, comprar
algum material, comer algo ou simplesmente tirar algumas fotos e trocar ideias com os presentes. Era notório que boa parte do público era velho conhecido; muitos ali se conheciam, o que tornou a noite um encontro de amigos, regado a boa música. No “palco” a produção agradecia aos patrocinadores e ao público que se fez presente. Além disso, um velho Headbanger da cidade se fazia presente e era o homenageado. Das mãos de Alexandre, organizador, Moisés Nascimento (nota: o da esquerda, na foto ao lado) recebeu uma bela homenagem, com direito a estatueta e diversos agradecimentos. Que belíssima atitude! Esse reconhecimento a um cara que há anos está na cena Underground e que procura sempre estar nos shows, comprar material, é algo indescritível. Novamente digo: belíssima homenagem! Ah, além disso, houve tempo para sorteio de brindes para o público. Assim, quem ganhou tais brindes, além de ter visto bons shows, ainda foi agraciado com camisetas e CDs.

A única vez que vi a Darkside se deu há alguns anos, na bela cidade de Campina Grande/PB, porém numa situação não muito agradável, haja vista ter sido a última banda do ‘fest’, começar sua apresentação com o sol quase raiando e com uma aparelhagem sonora que já não era tão boa na hora do seu show. Essa seria a oportunidade de ver a banda numa situação melhor. O início se deu com “The Apocalypse Bell Part II”/”Legacy of Shadows”, porém foi perceptível que o som estava muito alto, só não sei o motivo, já que nos shows anteriores a altura estava num bom nível e deixando tudo bem nítido. Assim, os vocais de Thyago Cruz, que seguem uma linha mais agressiva, ficou encoberto por toda a massa sonora. Claro, eu, como grande admirador da Darkside, conheço todos os sons da banda, e poder novamente ver o show dos caras foi simplesmente foda! Ótima movimentação em palco, com os guitarristas se revezando nos solos e com Tales Groo “possuído”. O cara não parava um só segundo; ia de um lado a outro do “palco”. Mas, claro, os demais músicos (completam a banda: o baixista Kaio Castelo, o guitarrista Vinicius Dorneles, e o baterista Bosco Lacerda) também. A banda se mostrou bastante entrosada, pesada, furiosa. As músicas, com essa nova formação, ficou com uma pegada mais ríspida ao vivo. Mesmo assim, as partes Heavy Metal não foram deixadas de lado, além dos ótimos refrãos de temas como “Human Pest Control”, “Gates to Madness” e “Sacrificed Parasites”. Vale lembrar que a banda vem divulgando o álbum “Fragments of Madness... At The Gates of Time”, mas o ‘set list’ trouxe bastante coisa dos discos anteriores. Excelente, afinal são álbuns de alto nível, no que se diz respeito ao Thrash/Heavy Metal. O show também reservou espaço para que a banda executasse um som novo, “Shitbag”, que é uma ‘singela’ homenagem ao atual presidente. Tales até chegou a pedir desculpas a quem é favorável ao governo, mas que a banda não poderia deixar de externar o seu repúdio ao que acontece. Novamente digo, a sonorização ficou muito alta, encobrindo os vocais, mas o show foi ótimo, ainda mais para quem curte a banda há anos, igual a minha pessoa. A última música, “Fragments of Time”, teve a participação de Alexandre do Storms dividindo os vocais com Thyago. Mas, a pedidos, a banda executou “Bubonic”, porém antes abriu um espaço nas grades e chamou a galera para o palco. Um show que não poderia ter terminado de melhor forma!

A primeira edição do “Caruhell” foi bem organizada, com uma boa estrutura de “palco” (vejam que quando me referi ao palco, sempre o coloquei entre aspas. Isso se deu porque não havia um palco propriamente dito), tais como iluminação e sonorização. O público foi pequeno, não sei calcular ao certo, até mesmo porque havia o ambiente para os shows e o ambiente para o merchandising, além das já mencionadas cadeiras onde o público se acomodava para ver os shows. Houve intervalo entre as bandas, para ajustes, mas como o ‘cast’ contava com apenas três bandas, o evento não se arrastou até altas horas.

Após algumas fotos e umas cervejas, era hora de pegar a estrada de volta para a minha cidade. Mas antes, demos boas voltas até encontrar a saída de Caruaru. Os dados móveis, justamente nesse dia, não estava ajudando, então não deu para encontrar logo a saída. Ah, as dores no pescoço apareceram. Isso indica que foi um belo evento, com ótimos shows. Aguardemos o próximo “Caruhell”.
 
 
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