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Reviews Shows

ALTERA O
TAMANHO DA LETRA
 

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Violator Destroying Hellcife

Evento: Violator Destroying Hellcife
Data: 26/10/2019 (sábado)
Local: Estelita Bar. Recife/PE
Bandas:
- Corroídos pelo Ódio (Thrash Metal/Crossover - PE)
- Echoes of Death (Death Metal - CE)
- Damn Youth (Thrash Metal/Crossover - CE)
- Violator (Thrash Metal - DF)

Resenha: Valterlir Mendes
Fotos: Valterlir Mendes & Fagner Figueiredo


Quando do anúncio da “Disobey the False Messiah Tour” do Violator, corri de imediato para obter mais informações à respeito das cidades por onde tal turnê passaria. Seriam apenas quatro datas, aproveitando as férias do guitarrista Pedro “Capaça”, que está no Brasil. Logo o baixista/vocalista Pedro “Poney” me informou que a capital pernambucana seria uma das cidades que receberia o Violator. A banda tem laços estreitos com o Nordeste e um show dos Candangos é sempre algo a se comemorar quando anunciado. Quem conhece a banda sabe muito bem o motivo.

Pegamos a estrada - eu e mais dois amigos - e rumamos do interior pernambucano para a capital. O início do evento estava marcado para às 20h00, com um DJ mandando, no som mecânico, clássicos do Heavy Metal. Nesse horário chegamos no Estelita Bar - dessa vez chegamos sem maiores problemas e não conseguimos nos perder. A movimentação já dava mostras de que o evento teria um público muito bom. Do lado de fora deu para ouvir que uma das bandas ainda passava o som e as portas demoraram alguns minutos, além do horário previsto, para que fossem abertas.

Adentro ao local e já havia um bom número de pessoas. Além das bandas, stands de merchandising, além de o pessoal da banda principal da noite já estar por lá, sempre mostrando imensa simpatia, conversando e tirando fotos.

Demorou um pouco para o início do primeiro show, que só começou às 22h10. Apesar de ser uma banda pernambucana, eu nunca a havia visto ao vivo e não conhecia bem a sua sonoridade. Começando o seu show com uma instrumental, o Corroídos Pelo Ódio deu início a uma noite que seria marcada por moshes, stage divings, circle pits... Não que o show dos caras tenha começado dessa forma. O público, apesar do horário, ainda era tímido. Ainda estava espalhado pelas dependências do Estelita, mas aos poucos foi chegando para a frente do palco... Então, a banda mostrando um forte Crossover, com linhas mais voltadas ao Hardcore e, de início, com os vocais de Alcides se mostrando mais guturais, trazendo algo do Death Metal. Mas, a partir da terceira música, “Uma Nova História”, o Corroídos Pelo Ódio mostrou uma faceta mais Crossover/Thrash Metal, com vocais mais claros. Sendo esse ou não o fator, foi notório que o público correu para o mosh! A sonorização estava muito boa, deixando toda a parte instrumental bem audível. E, enquanto isso, o baterista Júnior espancava o kit sem qualquer dó. Uma apresentação irrepreensível, veloz, pesada e que ainda nos apresentou dois covers, sendo um para “Amazônia Nunca Mais” do Ratos de Porão, e o outro para “Corroídos Pelo Ódio”, do DFC.

A apresentação da primeira banda não foi tão longa. Acho que durou cerca de 35 minutos. Mas há sempre a demora para que a banda posterior faça alguns ajustes em palco para poder dar início ao seu show. Era o tempo de se pegar uma cerveja, comer algo ou ir procurar merchandising.

Já passava das 23h00 quando a segunda banda subiu ao palco. Eu já havia ouvido algo do Echoes of Death via YouTube. Achei o som bem interessante, mas, sinceramente, o que vi na apresentação desses cearenses me deixou atônito! Deram início ao seu show com “Hanged on the Cross”, com uma excelente base instrumental, de início, mas que logo descambou para a velocidade. E, meus amigos, o caos tomou conta do lugar. Músicas altamente explosivas, trazendo peso e velocidade de forma descomunal e com o público não parando um só minuto. No palco, uma banda forte, entrosada, passando ainda mais energia. É Death Metal até o talo, bebendo na fonte primitiva do estilo, vide temas como “Night of the Beast” e “Altar of Blood”. Fãs de Asphyx, Dismember, Possessed e asseclas podem correr atrás da banda sem qualquer temor. Praticamente não havia intervalo entre uma música e outra, apenas tempo para que a banda agradecesse ao público. Mas, na verdade, o público quem agradeceu por presenciar apresentação tão devastadora. E olha, isso era apenas o segundo show da noite. Sinceramente, Jardel Stick (guitarra/vocal), Fernando JFL (baixo), Ítalo Rodrigo (bateria) e Camilo Neto (guitarra), não deixaram pedra sobre pedra. Pena que quando se foi à procura de material em CD da banda, eles não tinham. Essa foi a única falha da banda.

E mais demora para o show seguinte. Dessa vez eu até entendi. Necessitaria tempo para fazer ajustes depois de um show tão forte e contagiante. De qualquer forma, muitos não curtem esses longos intervalos, afinal com tais intervalos vem a bebedeira e bate o cansaço.

Por falar em cansaço, eu, sinceramente, pensei que o show do Damn Youth seria marcado por um público mais contido, se segurando para a banda principal da noite. Até cheguei a comentar isso com uns amigos. Mas me enganei redondamente. A demora foi recompensada com um show beirando a perfeição. Os cearenses não pouparam no seu Crossover e a noite mais uma vez foi tomada pelo caos! Por vezes eu não acreditava no que estava vendo. Eram rodas enormes no local. Praticamente todo o público foi para o mosh. E temas como “Revenge”, “We Slaves”, “Progress!?” e “No Mercy to Nazy Symphaty”, mantinham a energia em alta. No palco uma banda de movimentação intensa, lembrando bastante a banda principal da noite. Os músicos não paravam um só segundo e não se importavam com o tamanho do palco. Parte do público invadia o palco durante toda a apresentação. Outra parte se esbaldava no ‘surfing crowd’... Enfim, era agitação dos mais variados modos; era energia em alta. Uma banda direta, sem muitas firulas, mandando o melhor do Crossover, bastante influenciado por D.R.I. e S.O.D. No palco, simples, duas bandeiras antifascista, e uma banda que empolgou do primeiro ao último minuto. Detalhe: a formação do Damn Youth é praticamente a mesma do Echoes of Death, com exceção do vocalista, que no Damn Youth é Elton Luiz.

E se aproximava o fim da noite, com um show bastante aguardado. E, diferentemente de outros eventos, ninguém arredava pé. E só o Violator consegue fazer isso. Não tem essa de cansaço com os caras, não. Não tem essa de o público estar “morto” depois de ótimos shows. Num show do Violator sempre se arranja forças para continuar de pé e curtindo. Eu ainda tentei ficar na frente do palco para tirar algumas fotos para ilustrar essa resenha. (risos) Mas quem disse que isso foi possível? Os caras sequer tinham começado, de fato, sua apresentação. Estavam só se aquecendo, com uma distorção de guitarra e, pasmem, a frente do palco já era território hostil. Impressionante! E então vem “Ordered to Thrash” para que novamente a frente do palco do Estelita fosse tomada por “moshes violentos”. E essa foi a tônica: moshes, mais moshes, circle pits, surfing crowds, invasão de palco e muita agitação. No palco, como é de praxe, uma banda que não para um só segundo a cada música executada. Bem, houve algumas paradas, mas isso entre as músicas. Seja para que a banda tomasse um pouco de fôlego, seja para os já conhecidos pequenos discursos de Pedro “Poney”, cada vez mais politizados. Então não faltou escárnio ao atual governo, lamentos pelo óleo derramado em nosso litoral, agradecimento ao público, demonstração de grande afeto pelo Nordeste... E tome “Atomic Nightmare” e “Respect Existence or Expect Resistance. E pau comendo no mosh! Antes de anunciar a música seguinte, Poney foi enfático e mandou, seguidamente, um “Foda-se Jair Messias Bolsonaro”, para, assim, mandar “False Messiah”. O fato negativo foi a oscilação do som numa das caixas que servia o público. Desde que eu vou ao Estelita, essa caixa, do lado esquerdo superior do público, sempre oscila. Porém nada que baixasse a energia do público e da banda. Mais músicas para deixar o público “calmo”: “Futurephobia” (música que pode ser um hino para os dias atuais), “Infernal Rise” (com seu início a lá Slayer), “Death Descends (Upon This World)”, responsável por quebrar uma das cordas da guitarra de Capaça. Momento para intervalo e para novamente Poney conversar com o público. Falei sobre os dois “Pedro”, mas não se pode deixar de mencionar Márcio “Cambito” (guitarra) e David “Batera” (bateria), peças essenciais para que o Violator soe como o Violator deve soar. O final chegava e Poney mandou o recado: “conosco não tem essa de bis, não. De sair do palco e voltar, não. Quando essa porra termina, termina!”. E mandaram “Endless Tiranies”, a violenta “Destined to Die” (nunca deve faltar no ‘set’), finalizando com “UxFxTx (United For Thrash)”, com invasão de palco pelo público. Talvez eu seja o cara mais suspeito para falar de um show do Violator. Mas, sinceramente, que show foda!

Uma noite memorável. Quatro bandas que arregaçaram tudo! No público, um largo sorriso e todos (eu disse TODOS) rasgando elogios e impressionados com o que foi esse evento. Muitos diziam (eu estou incluso) que há muito não se via um evento com shows tão insanos; que há muito não se via um público agitando tanto, do início ao fim. Uma noite para lavar a alma de todos. Uma noite para mostrar que o Underground ainda respira.

Então era hora de pegar meu merchandising com Rolldão, me despedir e pegar a estrada para Macaparana (valeu Poney, pela preocupação com a estrada), para chegar com o sol raiando, mas com um largo sorriso em mais uma vez (perdi a conta de quantos shows já vi do Violator desde aquele longínquo 2004 lá no Dokas) ter visto um show do Violator.
 
 
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