TUATHA DE DANANN
“The Tribes of Witching Souls”
Heavy Metal Rock - Nac.
O Tuatha de Danann teve um início arrebatador, tanto no crescimento do seu nome, em razão de sua música peculiar, como pelos seus lançamentos, no início de suas atividades. Foram vários álbuns lançados nos primeiros anos da década de 2000. Mas aí a banda deu uma pausa nos lançamentos, só retornando a lançar novos álbuns mais de uma década depois de “Trova di Danú” (2004). Esse “The Tribes of Witching Souls”, lançado como EP em 2019, sucede o álbum “da volta”, que foi “Dawn of a New Sun” (2015). Apesar de ser inicialmente lançado como EP, hoje a banda considera “The Tribes of Witching Souls” um full lenght, tanto pelo número de músicas nele contido (são nove, contando com as faixas bônus), tanto pelo tempo de duração, que ultrapassa os 30 minutos. A verdade é que o álbum (ou EP, como queiram chamar), que também volta com a parceria entre a banda e o selo Heavy Metal Rock, traz todos os elementos que sempre fez a alegria de todos os seus fãs. A capa, apesar de não trazer aquela coisa mais festiva ou mais colorida, nos remete à temática lírica da banda, mas basta abrir o digipack, retirar o encarte, que logo vemos um duende, fadas, em meio a uma floresta, ao anoitecer. O encarte traz letras, fotos dos integrantes - Bruno Maia (vocal, guitarra, viola, banjo, bouzouki, flautas), Giovani Gomes (baixo e vozes) e Edgard Brito (teclados) -, uma imagem, em forma de crítica, trazendo o “Tio Sam”, um míssel e a deusa Gaia, além dos demais informes e, claro, toda a ficha técnica, afinal, o disco conta com muitas participações na parte instrumental (e também vocal). São precisamente 12 participações, entre vozes, bateria, gaita, violino, guitarra... Ou seja, é um álbum que traz a marca registrada da banda, que é de muita musicalidade, uso de muitos instrumentos e vocalizações, fazendo com que tenhamos muita música boa, que transitam, claro, entre o Heavy Metal, música Celta e Folk Metal. Sobre as letras, a faixa-título já manda o recado. Mas nem só de gnomos, duendes, fadas, vive a temática lírica desse disco. Mesmo sendo a marca registrada do Tuatha de Danann, as letras não se prendem tão somente a isso. Com relação às músicas, elas mantêm uma constância, no que concerne à qualidade. O peso das guitarras estão lá, mas o uso dos demais instrumentos, não contumazes no Heavy Metal, dão uma “aura” mais festiva. Não tanto como foi no início da banda, mas tais partes ainda se fazem presentes. Falando em início, tem uma nova versão para “Tan Pinga Ra Tan”, trazendo Fernanda Lyra (ex-Nervosa, atual Crypta) e Nita Rodrigues fazendo vocais junto com Bruno. E Fernanda mostra sua versatilidade vocal, pois, nessa música, usa de vocais mais melódicos e limpos. E se você quer uma música que represente bem o Tuatha de Danann nesse disco, pode ir na bela “Warrior Queen”, que conta com Daísa Munhoz dividindo os vocais com Bruno. Se bem que “Your Wall Shall Fall” também pode servir como essa música. É mais acelerada e pesada e com uma boa participação de Martin Walkyier nos vocais. Enfim, escute todo o álbum e deixe a (boa) música do Tuatha de Danann fluir.
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