Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.

Get Adobe Flash player

Publicidade RML

Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.

Get Adobe Flash player

 
   
Capa
Entrevistas
Equipe
Mural
News
Contato
Reviews
CD's
DVD's
Demos
Magazines
Shows
Multimídia
Fotos
Links
Bandas
Zines
Gravadoras
Rádios
Diversos

Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.

Get Adobe Flash player

 
Untitled Document
 
 

Versão para impressão .

Enviar por e-mail .

Receber newsletter .

Versão PDF  .

Relatar Erro [erro]

 

Reviews Shows

ALTERA O
TAMANHO DA LETRA
 

Recife Metal Law - O seu portal de informação!

 

Violator em Recife

Evento: Violator em Recife
Data: 14/04/2023
Horário: 22h00
Local: Estelita Bar. Recife/PE
Bandas:
- HellRastrU (Metal - PE)
- Rabujos (Grindcore - PE)
- Violator (Thrash Metal - DF)

Resenha e fotos por Valterlir Mendes

Este ano foi anunciada a “Sudamerica Siempre!”, uma turnê que tirou o Violator de seu estado de hibernação (não que a banda tenha parado, de vez, já que, inclusive, fez diversos shows pela Europa e até China, antes da pandemia), e a colocou novamente na estrada. Como o título diz: a turnê abrange o nosso continente. Os primeiros shows foram em São Paulo e Belo Horizonte, em março.

Como é de praxe, ao ser anunciado esse novo giro de shows da banda, fui logo perguntar a Pedro “Poney” sobre a possibilidade de Pernambuco ser visitado, o que prontamente ele respondeu que a meta seria essa. Alguns dias depois algumas cidades do Nordeste foram anunciadas, entre elas, a capital pernambucana. Isso é um fator gratificante, pois a banda, desde o seu primeiro show, por esses lados, lá no jurássico ano de 2004, sempre toca em Pernambuco e outras cidades do Nordeste. Todas as turnês do Violator abrangem Pernambuco, desde aquele ano, quando os integrantes da banda eram apenas moleques, saindo da adolescência, e tinham na bagagem apenas uma Demo e o lendário EP “Violent Mosh”.

O show na capital pernambucana ocorreu numa sexta-feira. Quer dizer, começou na sexta-feira, mas terminou no sábado, como é normal. Saliento que muitos preferem os shows no sábado, haja vista que muitos ainda trabalham aos fins de semana. Como, geralmente, os shows adentram a madrugada, isso acaba afastando alguns, principalmente quem mora em outras cidades ou até mesmo Estados. E, falando nisso, ao chegar no local do evento, o Estelita Bar, que sempre vem abrigando o Underground por lá, já percebi que tinha muita gente de cidades vizinhas e até mesmo de Estados vizinhos. Ao menos vi algumas pessoas do vizinho Estado da Paraíba.

Depois de uma viagem tranquila e, felizmente, não pegando o trânsito caótico de Recife. Eu e o amigo Rosberg Rodrigues chegamos na capital por volta das 21h40, ou seja, um pouco antes do horário definido para ter início os shows. Ao menos foi isso que imaginei: que os shows começariam às 22h00, mas esse era o horário definido para a abertura dos portões. Como o céu estava carregado de nuvens escuras, decidi logo por entrar, já que uma chuva estava querendo cair. Mas, antes disso, o pessoal do Violator chegou no local. Quase todos, já que David não estava. Pedro “Poney” e Cambito já foram cumprimentar uma galera, bem conhecida deles, que sempre estão presentes no shows da banda. Entre estes, minha pessoa também. Felipe Nizuma estava presente, porém mais contido.

Uma vez no local, fui conferir o palco, que ainda não estava definitivamente montado. Ainda faltavam algumas peças na bateria e nenhum pano de fundo indicava qual seria a primeira banda. Como entrei logo, achando que os shows não iriam demorar a ter início, aproveitei para ver o pessoal, trocar umas ideias... Mas senti falta de mais merchandising. O pessoal das mesas, entre eles o meu amigo Alcides Burn, estava com receio de armar, pois a chuva vinha e voltava, mesmo que de forma tímida. De forma tímida, mas que molharia os itens expostos. E as coisas parecem que foram meio que na correria até mesmo para o pessoal do Violator, que expuseram alguns itens, mas de forma breve. Quando fui lá olhar, já haviam guardado. Mas vamos para o primeiro show...

O Hellrastru foi a banda responsável por dar início aos shows. Adentrou ao palco por volta das 23h10. O trio deu início ao show e eu pensei que a primeira música, “Godless”, seria para passar o som. Mas que nada! A banda já foi direto ao show e foi corrigindo algo durante a sua apresentação. Se bem que até que estava tudo soando bem. A guitarra de Tiago Xaves (também vocal) um pouco escondida, mas audível; o baixo de Luiz Eduardo bem “na cara”, com uma distorção brutal; e a bateria... Bem, Davis Peste é monstruoso no seu kit. Altamente técnico, seja na condução mais elaborada, ou bem brutal, em andamentos mais velozes. Agora a parte difícil é tentar definir o som do Hellrastru. Eu ouvi atentamente. Prestei atenção aos andamentos, levadas, construção instrumental e, ao fim, foi igual ao começo: fiquei sem poder definir a sonoridade da banda. Como mencionei, a construção instrumental das músicas vem de algo mais cadenciado e elaborado, para andamentos mais ríspidos e velozes, algumas vezes com paradas abruptas. Ouvi algo de Stoner Metal, Rock de garagem, passagens com mais grooves, vocais numa linha gritada... Mesmo assim, o público acompanhou com atenção a apresentação da banda. De forma contida, só acompanhando a banda mesmo, mas de forma atenciosa. O ‘set list’ contou, além da já mencionada “Godless”, com “Mass Illusion”, “Fed by Blindness”, “My Assassins Fury”, “Greed” e “Bird Eyes”, sendo que esta última foi tocada duas vezes, em razão de problemas técnicos. Um show de cerca de meia hora, de uma banda que faz um som que, ao menos para mim, é novo, e, sendo redundante, difícil de rotular.

Após findado o primeiro show, um breve intervalo para ajustes no palco. E, felizmente, o intervalo foi realmente breve. Cerca de 20 minutos depois a atração seguinte já estava pronta para se apresentar.

O Rabujos já é uma instituição do Grindcore local. Já vi alguns shows da banda e sempre sei que os caras vêm com sangue nos olhos. Não há alívio durante a execução das músicas. E nesta noite não foi diferente. E se a banda anterior tinha um som difícil de rotular, Rabujos vai direito ao ponto. É agressão sonora do primeiro ao último acorde. Deram início ao seu show com “Horrores”, e até este momento eu ainda esperava a presença de mais um integrante, já que no palco estavam Rodrigo B. Nery (guitarra), Jackes “Jaka” Barcia (vocal) e Renan Holanda (bateria). E esperei em vão, já que a banda se apresentou em trio mesmo, sem a presença de um baixista. Sinceramente, acho que a presença das cordas graves daria mais densidade à sonoridade da banda. Tudo bem, não faltou peso e agressividade, mas, mesmo assim, senti falta das notas graves. Em temas como “Opala”, “Meio Homem”, “Faca a Faca” e “Castre-me”, não houve espaço para firulas. Eram sons direto ao ponto. Curtos, violentos, apresentados de forma apocalíptica, urgente. E, dessa forma, o público, mesmo de forma tímida, começou a abrir as primeiras rodas de mosh. No show, claro, teve espaço para Jaka lançar sua nota de repúdio aos fascistas, bolsominions e asseclas. E quero mencionar que Jaka tem forte presença de palco, além de um vocal sempre violento, raivoso, que deixa os sons ainda mais ásperos. Foi um show também curto, com cerca de 30 minutos, que seria encerrado com “Gangrena”, mas com a banda tendo tempo para executar mais uma: “Foice”. Rabujos é sempre sinônimo de caos sonoro. E mesmo sem baixista, a banda não perdeu sua essência.

E mais um intervalo para novos ajustes, troca de peças de bateria, backdrop da banda principal do evento... Esse demorou um pouco mais. Acho que cerca de 30 minutos, mas há de se salientar que a própria banda informou que foi meio corrido, e não tiveram tempo de passar o som, fazendo isso antes de dar início ao seu show...

Já era 01h15 e a banda principal da noite ainda passava o som, mas já tinha muita gente ansiosa para ir para o mosh. Os caras passando o som e o pessoal já querendo agitar. Eu, mesmo sabendo que não daria certo, fiquei bem em frente ao palco, para tentar fazer algumas fotos. E, nos primeiros acordes de “Ordered to Thrash” eu tentei fazer isso. Juro que tentei. Segurei-me no retorno, me segurei de um lado, me apoiei em alguém, mas, sinceramente, todo o esforço foi em vão. Em “Atomic Nightmare” eu já havia sido jogado para o meio do circle pit, com câmera na mão, celular no bolso... Caos total! Isso é um show do Violator! Ficar na frente do palco, para assistir o show, de forma tranquila, nunca! Ainda mais quando Poney disse que o palco estava liberado para os stages divings. E olha que há sempre pausas entre quase todas as músicas, para Poney se comunicar com o público ou até mesmo fazer uma espécie de introdução para a música que vai ser apresentada. E tome “Respect Existence or Expect Resistance”, acompanhada, claro, de mais circle pits, moshes, surfing crowd, bangin’. São quase 20 anos vendo o Violator ao vivo, seja nos shows em Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, e até mesmo em Brasília. Mas, cada show desse, é uma experiência diferente. É uma energia incrível, do primeiro ao último riff. Continuamos com o show e mandam “False Messiah”, mas antes, claro, mandando um foda-se ao “Sr. Jair Messias Bolsonoro”. Em “Toxic Death” Poney pedindo um grande circle pit e eu até ri. Ele estava achando pouco os circle pits que estavam rolando? Antes de “Futurephobia”, Poney relembrou do primeiro show da banda, ocorrido no Dokas, lá em 2004, e das peculiaridades do Recife Antigo. Bons tempos... E antes de executar a próxima, ele disse que iria parar de falar e deixar os riffs conduzir a música, então mandam a instrumental “Death Descends (Upon This World)”, logo seguida de “After Nuclear Devastation”. E nem precisou de algo nuclear para termos a devastação, ali, nesta noite. “Infernal Rise”, mais um som mais recente, foi executado. Música de início cadenciado, com a galera batendo cabeça, com uma levada totalmente Slayer, mas que depois descamba para a velocidade. No palco ainda vejo toda a banda se movimentando bastante, com destaque para Poney e Cambito. Mas Poney disse que não eram mais adolescentes, estavam ficando velhos... E isso, se juntando a alta temperatura no local, faz com que os caras cansem. Até mesmo, em algumas oportunidades, o público deu uma recuada, para tomar fôlego. Coisa rápida. Nizuma, que está acompanhando a banda nessa tour, mesmo não correndo de um lado para o outro, tem seus momentos de bastante agitação. Além disso, sua ‘pegada’ na guitarra é diferente da de Capaça. Com isso, pudemos ouvir alguns solos que não ficam apenas na cópia do que Capaça já fez. Gostei dessa forma diferente dele construir os solos e até mesmo alguns riffs e bases. E David “Batera” Araya, como sempre, cirúrgico no seu kit. Não tem firulas ou reinvenção da roda. O cara vai direto ao ponto. Baterista de Thrash Metal, como deve ser um baterista do estilo. Insano em suas levadas velozes! Em “Endless Tyrannies” percebi as guitarras mais altas. Em “Destined to Die” - eu acho - mais uma vez o microfone foi derrubado. Era tudo muito caótico ali na frente do palco. E antes da última música do ‘set list’, Poney convidou todos a subirem no palco. E lá estava, boa parte do público, em cima do palco, e a banda executando “UxFxTx (United For Thrash)”. E às 02h25 terminava mais um show avassalador do Violator em Pernambuco. Eu posso até ser suspeito para falar o quanto um show do Violator é repleto de energia. Mas, ao fim, com todos fazendo esse comentário, não há suspeição de minha parte. Um show do Violator é simplesmente incrível!

Ao fim, Poney pulou no meio dos Headbangers, foi carregado, se pendurou em uma das barras de ferro do local. A festa foi completa. Banda agradeceu aos presentes, foi para o meio, tirou fotos... Mesmo com todo o cansaço, calor, mas os caras estavam lá, com a atenção de sempre.

Não há muito o que dizer. Tudo já foi praticamente dito acima. Uma noite magnífica! Cansativa, como não pode deixar de ser num evento que conta com o Violator, mas gratificante demais. Um bom público compareceu, apesar de eu sempre esperar mais gente. Mas o Violator é uma banda que se posicionou politicamente. Na verdade, sempre foi assim, só não entendeu quem nunca leu suas letras. E esse posicionamento pode ter afastado alguns “isentões”. Bem, esses não fazem falta.

Sonorização estava boa. Algumas interferências aqui, outras microfonias ali, mas nada que chegasse a realmente atrapalhar. A parte ruim, só aquelas luzes vermelhas no palco. Fica horrível para pegar alguma foto. Ainda mais para quem não tem uma câmera profissional, como no meu caso. E, ainda mais, para quem tenta tirar uma foto do Violator. O palco, baixo, também não ajuda nessa parte. Mas, de resto, uma noite, novamente, memorável!

Obrigado Estelita, não só pelo credenciamento, mas por proporcionar aos presentes uma noite fantástica!

 
 
Busca no site
 
Veja tambm