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Entrevistas

ALTERA O
TAMANHO DA LETRA
 

Recife Metal Law - O seu portal de informação!

 

BLACKNING



O baterista Elvis Santos (Postwar), o guitarrista/vocalista Cleber Orsioli (Chaoslace, Postwar, Andralls) e o baixista Francisco Stanich (Woslom), como já mencionado, fizeram parte de bandas com certo respaldo no meio Underground nacional. Após experiências, vivências nas citadas bandas, os músicos se uniram, de início Elvis e Cleber, posteriormente Francisco, e formaram o Blackning, que surgiu oficialmente em 2013. Em parceria com a Vingança Music, selo novo também, a banda lançou seu álbum de estreia no ano seguinte, ainda com resquícios da musicalidade de suas antigas bandas, mas com “Alienation”, lançado agora em 2016, a banda de fato mostrou a que veio. Com um dos melhores discos lançados em 2016, a Blackning vem trabalhando duro para divulgar sua música, tanto dentro como fora do Brasil. E nas palavras do baixista Francisco Stanich saberemos um pouco mais sobre os planos futuros e, claro, sobre o recente passado da banda.


Recife Metal Law – Os músicos do Blackning são provenientes de bandas como Postwar, Andralls, Woslom... Da musicalidade dessas bandas, o que foi levado para o Blackning?
Francisco Stanich –
Acho que a Blackning não adquiriu a musicalidade das nossas antigas bandas, mas, sim, a musicalidade de cada integrante, algo que é pessoal, algo que cada um adquiu ao longo dos anos. Uma coisa que ajudou bastante foi a questão dos três terem vindo de outras vivências e experiências nas antigas bandas, tocando em diversos lugares e gravando álbuns. Isto ajudou a Blackning a amadurecer rápido e chegar com tudo e já com um álbum logo de cara. Mas é claro que a evolução da banda continuará, independentemente de experiências anteriores. Em minha opinião, o principal objetivo para uma banda se manter é não se acomodar e sempre se superar a cada trabalho.

Recife Metal Law – A banda surgiu em 2013 e no ano seguinte já lançou seu primeiro álbum, “Order of Chaos”. Como foi o processo criativo desse disco, tanto lírica como musicalmente?
Francisco –
Para o “Order of Chaos”, o Cleber, logo quando teve a ideia de montar a banda, que na época ainda era algo bem embrionário, já tinha algumas ideias e riffs na cabeça. Ele se juntou com o Elvis entre o final de 2013 e o começo de 2014; se trancaram praticamente no estúdio e foram dando vida a essas ideias e criando coisas novas. O processo fui muito rápido, pois eles já haviam tocado juntos alguns anos atrás e foram criando a cara da Blackning. Liricamente o processo foi praticamente o mesmo: com os dois trabalhando lado a lado e quando eu cheguei na banda, seis meses após seu nascimento, 90% do álbum estava pronto, faltando apenas algumas letras e alguns arranjos e ficando na minha responsabilidade montar as linhas de baixo e gravar.

Recife Metal Law – E como foi a divulgação desse primeiro álbum, ainda mais se levando em conta que a banda era iniciante (mesmo com músicos tarimbados) e que foi o primeiro lançamento do selo Vingança Music?
Francisco –
Por mais que a Blackning e a Vingança Music fossem novos, as pessoas
envolvidas já tinham muita experiência na cena, ajudando muito o processo de divulgação. E uma das decisões fundamentais de divulgação foi lançar logo de cara o “Order of Chaos” e já cair na estrada. Usamos a experiência de cada um para a banda chegar com tudo na cena.

Recife Metal Law – O primeiro álbum trouxe como bônus um cover do Overdose e uma faixa multimídia. Vamos começar pelo cover: por que uma versão para uma música do Overdose, já que é uma banda que tem uma linha sonora bem diferente do Blackning?
Francisco –
Fazer um cover de uma banda da mesma pegada ou do ‘mainstream’ é fácil, qualquer um faz, mas pegar algo diferente e colocar a identidade da banda é o grande desafio e é o que faz valer a pena fazer algo desse tipo. A escolha do Overdose primeiramente é por ser uma banda que nós três adoramos e respeitamos. Sabemos da real importância que ela teve e tem na cena brasileira.  O outro motivo é que o Cleber e o Elvis já tinham trabalhado com o Claúdio como produtor na época do Postwar. Com isto, juntamos todos estes motivos e fizemos nossa homenagem a esta grande banda.

Recife Metal Law – A faixa multimídia se trata de um clipe para a música “Thy Will Be Done”. Além de constar no CD e no Youtube, esse clipe contou, também, com algum outro tipo de divulgação?
Francisco –
Basicamente estes foram os únicos meios de divulgação que tivemos do clipe. Lógico que também contamos com a ajuda de toda galera que ajudou a divulgar, postando ou compartilhando em suas redes sociais. Nos dias de hoje a banda não pode se preocupar apenas com a parte musical, em tempos de internet, a parte visual ou audiovisual é tão importante quanto para se divulgar o trabalho.

Recife Metal Law – Passando para o novo álbum, “Alienation” mostra uma evolução absurda! Como conseguir tal evolução em tão pouco tempo, ainda mais em meio a divulgação do ‘debut’?
Francisco –
Todo o trabalho de composição do “Alienation” foi totalmente diferente do processo do nosso antecessor. Dessa vez o três trabalharam juntos, os três participando ativamente, no processo de composição, criação de riffs, arranjos, letras. Diferente das composições do “Order of Chaos”, que quando entrei na banda ele estava praticamente pronto, dessa vez pude por minhas ideias e trabalhar junto com o Cleber e o Elvis. Outra diferença é que no nosso primeiro álbum a banda era muito nova, era uma banda que tinha acabado de nascer. Já no “Alienation” estávamos com uma experiência de banda; já tínhamos tocado em diversas cidades ao redor do Brasil; já conhecíamos musicalmente um ao outro e sabíamos até onde poderíamos chegar.

Recife Metal Law – No primeiro álbum notei alguns resquícios da sonoridade das bandas anteriores dos integrantes do Blackning. “Alienation” já mostra mais maturidade e uma cara mais própria. Havia uma necessidade inconsciente em seguir tal rumo?
Francisco –
Acho que isso é natural. Por ser uma banda nova gravando seu primeiro álbum e com músicos que vieram de outras bandas onde tocaram durante muitos anos, é normal ter resquícios de antigos trabalhos. O processo de evolução é constante, uma banda nunca pode estar satisfeita e sempre querer se superar a cada trabalho. Acho que a maturadade que a banda adquiriu foi de forma natural, sem pressão, pois a banda foi tendo suas próprias experiênicas, na estrada, gravando, ensaiando e com cada integrante conhecendo melhor a identidade de cada um. Acho que “Alienation” consegue mostrar bem a musicalidade de cada integrante e ao mesmo tempo ter criado a identidade da banda.

Recife Metal Law – Fazer um segundo álbum que supere as expectativas e consiga ser mais impactante que o primeiro é algo complicado. Mas vocês conseguiram isso com o novo disco. Trabalhar com a mesma equipe na produção do novo álbum foi essencial para que isso ocorresse?
Francisco –
São vários fatores que fizeram isso acontecer de forma natural. Lógico que manter a mesma equipe na produção ajudou bastante, pois gostamos muito do resultado adquirido no “Order of Chaos” e sabíamos que poderíamos evoluir mais com o novo trabalho. A Blackning trabalhou neste álbum com os três integrandes juntos, como disse anteriormente, e o Fabiano Penna conseguiu entender a cara que a banda tinha e conseguiu mostrar na parte da produção e consequentemente nas outras áreas que fazem parte da construção de um álbum, como a masterização e toda a parte da arte, seguiram o mesmo caminho.

Recife Metal Law – As letras contidas em “Alienation”, como não poderiam deixar de ser, são bem críticas, agressivas e, de certa forma, diretas. Quais foram as principais influências para a parte lírica do novo álbum?
Francisco –
Dessa vez com um ponto central, um conceito principal do álbum, cada um conseguiu ajudar na parte lírica. Eu fiz três letras, o Elvis duas letras, o Cleber quatro letras e ainda contamos com a ajuda do André Alves (Statues on Fire), que fez a letra da música “Corporation”. E lógico que conforme cada um trazia alguma ideia, os três opinavam e alteravam o que achava necessário para enriquecer o trabalho. E as influências são baseadas no dia a dia, na vivência que cada um de nós temos ou vivemos; experiências da sociedade em geral, alienação, controle do sistema, injustiça, rancor. Coisas que achamos necessárias criticar e expor e que faz parte do ser humano.

Recife Metal Law – A capa do novo álbum, a meu ver, é uma continuidade da capa do ‘debut’, e continua bem mórbida. Trazer as mesmas figuras (ou figuras bem parecidas) na arte da capa tem algo relacionado com uma figura que vocês queiram ligar à banda?
Francisco –
Sim, pode dizer que é uma continuidade. Trazer novamente as mesmas figuras no novo álbum. No primeiro momento foi coincidência, não queríamos forçar, não estávamos obrigados a manter isto, mas conforme fomos trabalhando no conceito do álbum, toda a ideia da capa veio paralelamente. Conseguimos demonstrar na capa todo o conceito por trás do álbum, com o nenê do primeiro álbum, agora como uma criança, onde podemos ter várias interpretações. A criança pode ser o povo que agora está mais maduro, mas ainda assim continua sendo manipulado pelo sistema. Também pode representar a banda que agora possui mais experiência. Mas como disse, não foi nada proposital, as ideias foram aparecendo e chegamos nesse trabalho final, junto com o excelente Marcus Zerma, da Black Blague. E junto com isso a banda fica relacionada com essa imagem. Mas não podemos afirmar que continuaremos seguindo sempre este contexto para os próximos álbuns, terá que vir naturalmente.

Recife Metal Law – “Alienation” também foi lançado pela Vingança Music e, dessa vez, em digipack. Trazer um álbum com uma parte gráfica bem profissional foi um acordo entre selo e banda para que agrade ao público Headbanger e, assim, se tenha uma boa vendagem?
Francisco –
Desde o primeiro álbum queríamos ter lançado no formato digipack, mas infelizmente não aconteceu. Para o “Alienation”, era algo que já estava planejado para fazer e o pessoal da Vingança Music também tinha em mente lançar o álbum em formato digipack. Então foi tranquilo fazermos dessa forma. Em minha opinião o fã de Metal gosta de comprar o CD, ver o encarte, e nada melhor do que ter essa possibilidade de uma forma mais atrativa. Mas claro que esse tipo de formato ajuda a vender mais. Se compararmos um CD no formato digipack e outro no formato normal, eu escolheria o digipack. (risos)

Recife Metal Law – Esse segundo disco é simplesmente insano. Não tem como não se empolgar a cada música. Todas são extremamente atrativas e não deixa com que o ouvinte pule uma faixa sequer. Ao ouvir o trabalho finalizado, qual foi o sentimento dos músicos ao ter uma obra dessas em mãos?
Francisco –
Que bom que curtiu o álbum. Foi realmente um trabalho muito árduo, com alguns obstáculos no caminho, mas nos empenhamos muito nesse projeto e o resultado foi muito satisfatório para nós. Foi um álbum onde os três trabalharam com muita garra e vontade. Os três juntos compondo, trabalhando nas letras, arranjos e afins. O “Alienation” mostra a verdadeira cara da banda. Acho que a melhor descrição do sentimento que nós temos do álbum é o de grande satisfação.

Recife Metal Law – “Street Justice”, “Dark Days”, “Thru the Eyes”... Inspiração pura. Fazia tempo que eu não ouvia um disco inspirado, assim, do início ao fim. As músicas contidas em “Alienation” representam o que vocês sempre quiseram com o Blacking?
Francisco –
Todas as músicas do álbum mostram o que nós quisemos para a banda neste momento. O trabalho de uma banda é sempre tentar se superar, melhorar, evoluir e esse foi o melhor de nós neste momento. É a evolução da banda nestes dois anos de vida.   

Recife Metal Law – A parte interna do encarte traz pequenas imagens e praticamente todas tem ligação com violência. Houve algum motivo específico para isso?
Francisco –
A ideia dessas imagens na verdade são representações de cada letra no encarte. Deixamos que a interpretação da letra fosse feita pelo Marcus Zerma (Black Blague), responsável por toda a parte artística do álbum.

Recife Metal Law – Ainda sobre o encarte cada letra vem com um QR Code, que nos leva as letras, original em inglês e traduzidas para o português, além de vídeos no Youtube com o som de cada música. Sobre a tradução, existe a preocupação de que o público brasileiro entenda a mensagem que o Blackning quer passar?
Francisco –
É bem essa ideia mesmo. Por mais que somos uma banda que ‘canta’ em inglês, nós somos brasileiros e sabemos que no Brasil não são todos que tem o domínio da língua inglesa. E tivemos a preocupação nessa parte, para que todos que escutarem nossas músicas consigam entender sobre o que estamos falando. A ideia no futuro será disponibilizar as letras em outra línguas também.

Recife Metal Law – “Alienation” chegou a proporcionar uma pequena tour pelo Brasil, inclusive passando por algumas cidades do Nordeste. Quais foram os principais percalços nessa tour e o que ela trouxe de positivo para a banda?
Francisco –
Acho que o principal percalço é a questão logística. O Brasil é um país continental e qualquer viagem se torna muito longa. Mas essa questão é algo que faz parte de uma banda da estrada. Não chega a ser realmente um problema. Tocar na região Norte e Nordeste tem sido tão bom para a banda que decidimos iniciar a turnê do “Alienation” por lá. O público e os organizadores foram excepcionais, sempre nos tratando muito bem, com shows muito bons. Não vemos a hora de voltar para essas regiões!

Recife Metal Law – Tendo músicos tarimbados, que já viajaram até para fora do país com suas bandas anteriores, já existem negociações para uma turnê fora do Brasil?
Francisco –
A ideia de tocarmos fora do Brasil sempre existiu e no momento correto acontecerá. Nós já temos a experiência de tocar fora do país, com nossas antigas bandas e sabemos como as coisas são, e iremos quando realmente agregar algo para a banda e não simplesmente ir por um simples impulso ou desejo.

Recife Metal Law – O novo álbum vem recebendo excelentes críticas dos veículos especializados, mas como está sendo o feedback do público, tanto ao ouvir o álbum como nos shows?
Francisco –
A receptividade tem sido fantástica, o pessoal está curtindo bastante, as divulgações e vendas estão excelentes (falando da cena Underground). Não há satisfação melhor para uma banda do que ver seu trabalho ser reconhecido com grande respeito pelo público. Mas sabemos que é apenas o começo, a banda é nova e ainda temos muito no que trabalhar e evoluir, e tudo isto só nos faz termos mais vontade e empenho em continuar tocando o terror.

Recife Metal Law – Mudando um pouco de assunto: o Brasil passa por um momento delicado, tendo a parte política como centro, mas, que na verdade, chega a ‘nublar’ coisas ainda piores. Como vocês analisam a atual situação do nosso país e como isso afeta a música, ainda marginal, como o Heavy Metal?
Francisco –
Sem partidarismo, pois pra mim é tudo a mesma merda. Acho que não só o momento político do país está ruim, temos problemas na maioria das áreas e não adianta apenas culpar os políticos, pois somos nós, o povo, que os colocamos lá. Em minha opinião, o governo é apenas o espelho do seu povo. Se cada cidadão desse o exemplo as coisas poderiam começar a mudar. Lógico que não podemos generalizar. Existem pessoas de bem, mas em um contexto geral é isso. Não adianta cobrarmos algo de um governante ou qualquer outra pessoa, se eu também sou corrupto, de uma forma menor e diferente, mas corrupto, jogando bituca de cigarro na rua, fazendo ‘gato’ de TV a cabo, comprando ingresso com carteirinha de estudante falsificada e por aí vai. Toda educação começa de baixo, nos pais ensinando os seus filhos, mostrando o que é o correto e o errado. E o Heavy Metal está aí pra meter o pau em todo este sistema, governo, povo, sociedade. No final tudo isto é do ser humano e não sei se um dia conseguiremos viver numa sociedade mais justa e sem corrupção, pois faz parte da nossa essência.

Recife Metal Law – Com um ótimo segundo disco em mãos, o que podemos esperar do Blackning de agora em diante?
Francisco –
Muito trabalho! (risos) Terminamos a primeira parte de divulgação do nosso álbum “Alienation”, mas teremos muito mais shows pelo Brasil e, como disse anteriormente, no momento certo a Blackning irá para fora também. O que posso dizer é que temos muitos planos e que aos poucos estarão se concretizando e com isso, sendo divulgados pela galera. O que posso prometer é que 2017 será um ano de muito trabalho para a Blackning. E aproveito para agradecer ao Recife Metal Law pela oportunidade de mostrar um pouco do nosso trabalho e nossa história!

Site: www.blackning.com

Entrevista por Valterlir Mendes
Fotos: Denis Di Lallo, Synara Rocha, Bruna Menditto, Beto Santana, Fernando Pires, França Fotografia, Cabelera Fotografia

 
 
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