Apesar do nome, a Sadistic Gore não é nenhuma banda de Splatter, mesmo trazendo em algumas letras temas como violência, gore e sadismo. Estamos diante de uma promissora banda de Death Metal, oriunda da cidade de Juiz de Fora/MG, e que surgiu no ano de 2004. A banda, que recentemente firmou seu ‘line up’ com Bruno R. (vocal), Marreta e Victor "Pinga" (guitarras), Pedro Guimarães (baixo) e Mário Kreppke (bateria), vem divulgando seu mais recente material, o EP “Tools of Monstrosity”, que dá uma pequena mostra do poderia dessa banda. Nas palavras do guitarrista Marreta poderemos saber um pouco mais a respeito do Sadistic Gore...
Recife Metal Law – Antes de conhecer a sonoridade do Sadistic Gore, sempre ligava o seu nome a uma banda de Splatter/Gore, ou seja, algo bem diferente de sua sonoridade Death Metal. Qual foi a razão para a escolha desse nome para a banda?
Danilo “Marreta” Souza – Saudações a todos! O nome Sadistic Gore foi criado pelo nosso primeiro baterista – Da Faca. Este nome está totalmente conectado com a nossa ideologia, que retrata temas gore, sadismo, etc. Porém, como você citou, ele não está muito conectado com a nossa música, que acredito estar longe de ser Splatter ou Gore.
Recife Metal Law – Em 2005 vocês lançaram a Demo “Buried Alive”. Como esse material foi aceito no meio Underground?
Marreta – Apesar de simples, esta Demo foi bem aceita no Underground. Ela recebeu bons reviews em zines/magazines/webzines; trouxe-nos bons contatos, shows, além de ter mostrado o som que fazíamos na época.
Recife Metal Law – Depois da gravação dessa Demo alguns integrantes saíram da banda. A que se deveu a saída dos antigos integrantes?
Marreta – A saída dos integrantes se deu após alguns shows, quando estávamos divulgando a Demo. Na época, nosso baterista tinha se mudado para outra cidade e não estava mais tendo como se dedicar à banda. Ele achou que podia nos atrapalhar e resolveu sair o quanto antes. Os outros foram junto com ele por divergências de interesse na banda e então, dos membros originais, somente eu e Bruno R. (vocal) continuamos no Sadistic Gore.
Recife Metal Law – Atualmente o ‘line up’ consta de Bruno Rocha (vocal), Marreta (guitarra e baixo) e Victor Pinga (guitarra), tendo sido adicionado o baterista Mário Kreppke. Ainda assim tu cumulas a função de guitarrista e baixista. Como andam os testes para a função de baixista?
Marreta – Os testes já acabaram, sendo que hoje já estamos com um novo baixista - Pedro Guimarães. Com o ‘line-up’ completo novamente, após dois anos, já estamos de volta aos palcos.
Recife Metal Law – Muito recentemente foi lançado o EP “Tools of Monstrosity”, que traz seis músicas de um brutal Death Metal, mas mostrando uma banda que não se atém apenas a velocidade, alternando peso e bases cadenciadas nos andamentos das músicas. Como vocês analisam esse lançamento?
Marreta – O lançamento do EP foi um passo importante para a banda. Ele mostra uma grande evolução musical, além de ter uma produção bem feita e uma divulgação maior. Acredito que ele nos dará bons frutos e levará nosso nome a um patamar superior, além de nos abrir mais portas.
Recife Metal Law – Uma de minhas músicas preferidas é “Abomination”, que tem algumas bases que me fizeram lembrar o Krisiun do disco “Conquerors of Armageddon” e o americano Cannibal Corpse. De que forma são trabalhadas as composições para que as influências não se tornem meras cópias?
Marreta – Acredito que as influências servem como algum tipo de referência em determinados processos da composição, porém no Sadistic Gore buscamos trabalhar nossas individualidades positivas. Assim, nunca soaremos exatamente como outra banda e isso sempre nos fará evoluir.
Recife Metal Law – Esse EP foi lançado via Crush Chaos Productions e tem a distribuição do selo Headbanger Force Productions. Como foi que a Sadistic Gore chegou até ambos os selos?
Marreta – O selo Crush Chaos Productions mostrou interesse em lançar este material desde o começo. Eles tiveram conhecimento de nossa música através da Demo e com o tempo as coisas caminharam para um acordo de lançamento. Com a Headbanger Force Productions do maníaco Fernando Extremo, as coisas caminharam de outra forma. Ele foi (e é) um dos principais apoiadores do Sadistic Gore, desde o começo da banda, e juntamente com a Crush Chaos está batalhando na divulgação deste material.
Recife Metal Law – A divulgação desse material está sendo feita apenas no Brasil?
Marreta – O material está sendo divulgado no exterior. Nós o enviamos para alguns sites e para algumas gravadoras, além de divulgar bastante pela internet. Porém, até então, não estabelecemos nenhum distribuidor lá fora. Assim como não ocorreu ainda o licenciamento do material no exterior. Quadro que estamos tentando mudar.
Recife Metal Law – Notei que algumas músicas nesse EP tiveram a parceria de antigos membros da banda. Essas músicas são composições antigas, ou mesmo depois da saída de alguns dos integrantes eles continuam a colaborar com o Sadistic Gore?
Marreta – Quase todas as músicas do EP são antigas, porém passaram por reformulações. No caso, o antigo baterista, Da Faca, escreveu 90% das letras do EP, então achamos justo creditar seu nome nas composições, mesmo que ele tenha dispensado isso! (risos)
Recife Metal Law – Há alguma espécie de ligação entre a capa, o título do EP e as letras contidas nesse trabalho?
Marreta – Sim! A capa do EP, feita por Marcelo HVC, está totalmente conectada com o título. E o título está totalmente conectado com as letras. Todo conteúdo lírico de “Tools of Monstrosity” é literalmente uma ferramenta da monstruosidade.
Recife Metal Law – Até onde vocês pretendem chegar com o lançamento de “Tools of Monstrosity”?
Marreta – Com este lançamento pretendemos levar nosso nome a locais antes não atingidos. Pretendemos abrir caminho para novos materiais, possivelmente um ‘debut’. Além de fazer shows por mais localidades. Agradeço ao espaço cedido para divulgação de nossas idéias. DEATH METAL VICTORY!
Site: www.myspace.com/sadisticgore
Entrevista por Valterlir Mendes
Fotos: Divulgação