Tocar Thrash Metal! Essa foi à idéia da banda de São Paulo Blasthrash, que está na ativa desde 1998, entoando os melhores sons acerca de suas influências no estilo Exodus, MX, Tankard, Kreator, Nuclear Assault, entre outras. E é para falar sobre os 10 anos da Blasthrash que convidamos o baterista Diego Nogueira.
Recife Metal Law – A Blasthrash surgiu em 1998, quando o Thrash Metal se encontrava em baixa no país. O que você acha que mudou, nestes dez anos, pro cenário e pra banda?
Diego Nogueira – Obrigado, primeiramente pelo espaço, Viviane! Muita coisa mudou desde aquela época, pois quando começamos éramos nós e umas três bandas que tocavam o estilo mais levado pros anos 80. Mas logo depois, e por coincidência, foram surgindo bandas em lugares diferentes do Brasil, tocando o mesmo som. Lógico que todos ficamos amigos depois. (risos). Agora o estilo teve o seu ‘revival’, e isso é gratificante para nós, pois o único reconhecimento pra gente é ver a galera nos ‘moshpits’ se arrebentando e se divertindo. Essa é nossa intenção!
Recife Metal Law – Como está a formação atual da banda?
Diego – Estamos com uma novidade: tivemos uma baixa logo depois do término das gravações, que foi a saída do nosso guitarrista, Felipe Nizuma. Estou muito triste com a decisão dele, mas somos amigos e irmãos do mesmo jeito. Atualmente o ‘line up’ é: Dario Viola (vocais), Diego nogueira (baixo), Rodrigo Schmidt (guitarra), Rafael Sampaio (guitarra), e o Felipe foi substituído pelo guitarrista Henrique (Infected).
Recife Metal Law – Quais as principais influências sonoras?
Diego – Escutamos Thrash Metal em geral, sem preferências. Bandas como o Vio-lence, Sadus, Dark Angel, MX, Agression, são das nossas favoritas. E também Death metal do começo dos anos 90; muito Hardcore, Heavy Metal, Doom... E nosso batera é extremo apreciador de Black Metal. (risos)
Recife Metal Law – Qual o melhor momento da banda, em sua opinião? Você acha que o grande sucesso do “No Traces Left Behind”, em 2005, abriu mais espaço em termos de eventos?
Diego – Ele nos abriu muitas portas, com certeza. Tocamos em lugares que não tínhamos tocado antes. E com certeza com um ‘debut’ você alcança lugares no mundo que não imagina. Hoje em dia temos bons contatos na Europa e na Ásia. Legal demais ver a galera se interessando pelo nosso som. Ficamos muito felizes com isso!
Recife Metal Law – Por falar em eventos, a banda é conhecida por suas participações em grandes shows. Há algumas apresentações que você gostaria de destacar?
Diego – Tivemos a oportunidade de fazer o show de abertura para o Tankard aqui. Foi muito massa! Sinceramente estamos no melhor momento. Demoramos a chegar, lutamos muito para isso, mas estamos vivendo o momento. Nós já fizemos muitos shows legais, a exemplo do último com o Ratos de Porão. Foi louquíssimo! O show com o Executer, quando eles fizeram o relançamento do "Rotten Authorities", lá em Amparo/SP, terra deles também foi massa. Outro show memorável que fizemos foi com o Overlord, em Assunção, no Paraguai. Isso fora os shows com bandas ‘gringas’ de Hardcore, que tocamos direto.
Recife Metal Law – O que os fãs podem esperar, em termos de novidades?
Diego – O que eles podem esperar é BRUTALIDADE em nosso novo disco, que se chamará "Violence Just For Fun", e será lançado pela Mutilation Records no próximo mês! Para quem gosta de Thrash Metal cru, sem picuinha, vai gostar com certeza! Tem muitas coisas que a galera não escutou no "No Traces Left Behind" e que irão se surpreender também. Aguardem!
Recife Metal Law – Diego, mais uma vez agradeço a participação de vocês aqui no Recife Metal Law. Abro espaço pra tuas últimas considerações.
Diego – Obrigado mais uma vez a você, Viviane, pelo espaço cedido ao Blasthrash! Apóiem sempre os zines e sites, galera, sempre! Abração a todos que tiveram saco pra ler isso até o fim, e esperamos aparecer logo em terras nordestinas, para ‘thrashear’, e pegar uma ‘prainha’ também, pois nós paulistanos somos ‘branquelíssimos’! (risos)