SODOMA





A banda Sodoma, surgida em João Pessoa/PB, em 2003, surgiu com uma proposta que mesclava o Death e o Thrash Metal, mas com o lançamento de duas Demos tal proposta mudou, não radicalmente, porém deixando os traços do Thrash Metal de lado. Atualmente a banda caminha pelo Death Metal, com algumas nuances do Black Metal. Recentemente a banda lançou seu primeiro álbum, “Sempiterno Agressor”, e é sobre esse lançamento, entre outros tópicos, que tratamos na entrevista a seguir.


Recife Metal Law – Para iniciarmos essa entrevista faça um breve resumo da história do Sodoma, de seu início até os dias atuais...
Daniel Hate –
A proposta desde sempre foi e sempre será expandir conhecimentos libertários e libertinos. Desde a decadência humana por algo que venha se apegar até se tornar mártir de uma doutrina que escraviza e deturpa linhas de visões, até o conceito de apenas vencer por si só, acreditando apenas que você é capaz! O início da horda foi um pouco conturbado; teve seus altos e baixos como em qualquer horda... Lançamos duas Demos, em meio a elas pessoas que não foram firmes com a posição que de início era mantida, caíram fora, e assim houveram várias mudanças. Mas o resultado disso foi positivo para a horda. Digamos que agora estamos centrados com a formação presente e preparados mais do que nunca pra continuar batalhando pelo cenário Necrounderground nacional!

Recife Metal Law – Eu já havia escutado a Demo que antecede o disco, mas notei que no ‘debut’ álbum, que em minha opinião está com uma produção excelente, as composições da banda estão completamente mais ácidas, pesadas e com praticamente todas as abordagens dentro da proposta do título. Isso foi programado buscando ser algo conceitual ou simplesmente aconteceu? Aproveite e descreva para os leitores do Recife Metal Law o que é abordado em cada faixa do disco.
Hate –
Grato por seu ponto de vista! O processo é, e sempre será natural. Como citei acima, no geral expandimos no opus a decadência humana de se apegar a algo como a religião e outros genéricos dogmáticos apenas para obter êxito em seus afazeres, até ao ponto de práticas que renegamos, que é o celibato cristão. Visamos sempre à liberdade carnal e mental, livres de quaisquer qual seja a doutrina disseminada aos pontos cardeais. 

Recife Metal Law – “Primeiramente fazemos pra nós mesmos”. Acho interessante essa proposta de fazer o que gosta sem estar seguindo aquilo feito por outras bandas ou que está em evidência aos olhos de alguns ou mesmo porque tem mais chances de ser lançado/divulgado dentro do cenário. O “Sempiterno Agressor” deixa bem clara essa atitude da banda, pois, apesar de soar muito bem e ter qualidade de gravação acima da média, o álbum não segue um padrão fonográfico usado nos últimos tempos. Quem adquirir o artefato irá notar que o mesmo foi lançado através de parcerias entre Distros do nosso Underground. Conte-nos quem foi o responsável pelo lançamento do álbum. Como foram as negociações? Qual foi a tiragem? Existem planos ou algo já sendo negociado com gravadoras de outros países para licenciar o “Sempiterno Agressor” em outros formatos?
Hate –
De início nosso objetivo era lançar com um selo de amigos próximos. Acabou não dando certo, ocorreram uns pequenos problemas. Em seguida tentamos com alguns selos que tínhamos contato no tempo, mas não obtemos nenhuma resposta positiva. O único que acreditou fielmente no trabalho foi o Emydio da Gallery Production; o cara não pensou duas vezes. Acertamos tudo e ele ainda apontou mais dois selos para fazer a parceria: Impaled Records e Fúnebres Distros de São Paulo. Foram lançadas mil cópias de “Sempiterno Agressor”. Estávamos negociando com um selo de fora do país para lançar o álbum na ‘gringa’, mas ocorreu outro problema e não deu certo. Mas estamos analisando alguns contatos e veremos se fechamos um possível lançamento fora do país, mas não é nada concreto. Diante disso só temos que agradecer a nossa perseverança, juntamente com o nosso sangue, que vem a trilhar como uma dança serpentina em nossas veias, para que diante das barreiras possamos esmagá-las, chegando a obter êxito em nossas conquistas. Agradecemos a nossos produtores Andrei e Victor Hugor Targino, amigos e aos selos, pois eles foram um grande alicerce para a expansão do opus da horda.
 
Recife Metal Law – Além das datas no Brasil, existem planos de divulgar o álbum em países da América do Sul ou Europa?
Hate –
Sim, mas no momento nada foi firmemente confirmado, porém já rolaram cogitações. Esperamos concretizá-las.

Recife Metal Law – As músicas contidas no álbum são todas cantadas em português. Tu achas que exista alguma barreira que impeça a divulgação desse álbum em alguns países, afinal o inglês é a língua mais usada no Heavy Metal?
Hate –
Pensamos da seguinte forma: o sentimento negro destilado no opus vai além da linguagem exercida nos países que estamos sendo propagados. Somos iguais a um câncer consumindo a luz; não é preciso defini-lo e sim apenas saber que é o Sodoma.

Recife Metal Law – Mesmo sendo uma banda de Death Metal, o Sodoma não se prende aos clichês do estilo e tem alguns sons que chegam a lembrar o Death Metal feito pelo Amon Amarth. De que forma vocês trabalham as influências na sonoridade da banda?
Hate –
Na verdade é um conjunto de influência, mas é relativo, nos espelhamos primeiramente em nós e, em seguida, em nós mesmos. Escutamos várias coisas e quando estamos em composição não pensamos ‘ah, vai lembrar com isso ou aquilo’, apenas executamos da melhor forma possível. Cabe aos ouvintes definir se parecemos com aquela ou outra banda. Mas continuaremos sendo os mesmos de sempre: Sodoma!

Recife Metal Law – Além de divulgar o “Sempiterno Agressor”, quais os planos do Sodoma? O que os Hellbangers podem esperar de novidades do grupo?
Hate –
Batalharemos para cada vez mais expandir o culto a liberdade carnal e mental, buscando cada vez mais conhecimento sobre os assuntos que é, e que será crocitado nos demais trabalhos lançado pela horda. E acima de tudo, continuar mantendo-se firme no campo de batalha!

Recife Metal Law – Complementando a outra pergunta, diga onde os leitores do Recife Metal Law podem adquirir o ‘debut’? Quais as Distros que estão distribuindo o CD e de que Estados do Brasil são as mesmas?
Hate –
Existem vários, alguns deles são: Gallery Production, Fúnebres Distros, Impaled Records; nas lojas Musica.com e Música Urbana, em João Pessoa (PB); na Dying Music, em Natal (RN); ou entrando em contato diretamente com a horda.

Recife Metal Law – É do meu conhecimento que a banda já começou a fazer alguns shows para divulgar o ‘debut’ álbum. Como vem sendo tais shows e a aceitação do público para com a sonoridade feita pelo Sodoma?
Hate –
Os bangers presentes nas celebrações executadas pela horda estão bastante satisfeitos e isso é gratificante, pois nosso trabalho, desde sempre, executamos com seriedade. Acima de tudo sempre será uma honra está no ‘front de batalha’ com os demais!

Recife Metal Law – A divulgação de “Sempiterno Agressor” está apenas no começo, mas qual o respaldo que vocês estão tendo perante público e mídia especializada? Qual o perfil daqueles que curtem a sonoridade do Sodoma?
Hate –
No momento está sendo bem positivo! Digamos que qualquer um que tenha interesse pela mensagem executada pela horda e demais contribuintes e seguidores da liberdade carnal e mental.
 
Recife Metal Law – Então amigo. Foi uma imensa honra poder trocar essas palavras com um dos guerreiros desse grupo, que com certeza irá escrever uma grande história no nosso Necrounderground. Deixo as últimas “linhas” para vossas considerações finais. A palavra é sua. Força!
Hate –
Agradecemos a você e ao Recife Metal Law em nome de todos da horda, pelo convite e espaço, para que sejam esclarecidas algumas informações direcionadas ao trabalho executado pela horda. E que continuem fazendo essa ponte de informações para os leitores junto a outras hordas, para que o cenário se mantenha sempre com força necessária no campo de batalha e obtenha acima de tudo, mais respeito e êxito!

Site: www.myspace.com/sodomabr
E-mail: [email protected]

Entrevista por Chakal e Valterlir Mendes
Fotos: Divulgação