DEFORMED SLUT
O Deformed Slut, na verdade, não é uma banda propriamente dita e, sim, um “projeto laboratorial”, como informa, na entrevista a seguir, um de seus integrantes – Alexandre W.A. (guitarra, baixo e bateria programada). Nos seus seis anos de atividade, o projeto tem uma Demo lançada e, mais recentemente, colocou no mercado seu primeiro álbum, intitulado “Stench of Carnage”. O Deformed Slut, como o próprio nome entrega, faz um Brutal Death Metal e é altamente indicado para os amantes do estilo. Na entrevista a seguir, poderemos saber um pouco mais sobre esse projeto.
Recife Metal Law – O Deformed Slut surgiu em 2006, em Curitiba/PR, tendo lançado, em 2008, a Demo “Cadaveric Carcass”. Quais foram os resultados obtidos após o lançamento desse material? O objetivo inicial foi alcançado?
Alexandre W.A. – Os resultados foram satisfatórios, obtivemos bom retorno na mídia especializada com muitos elogios ao nosso ‘humilde’ trabalho, algo que não esperávamos ter com um resultado primário que foi a Demo “Cadaveric Carcass”.
Recife Metal Law – Inicialmente a banda era um quarteto e hoje está reduzida a uma dupla. O que foi que aconteceu para que apenas Adriano Sekne (vocais) e Alexandre W.A. (guitarra, baixo e bateria programada) permanecessem na banda?
Alexandre – A banda iniciou comigo e com o Adriano. Aos poucos percebemos que o trabalho só iria continuar se nós quiséssemos. Vários músicos passaram pela banda, mas decidimos não nos prender a limitação de outros músicos, não só na prática musical, mas também nas decisões da banda, portanto a formação em dupla foi para o benefício do trabalho.
Recife Metal Law – Vocês sentiram alguma dificuldade em se trabalhar como dupla ou para compor para o primeiro álbum de estúdio?
Alexandre – Isso na verdade facilita o trabalho de uma forma geral, ou até mesmo acelera o ritmo do trabalho ‘laboratorial’, ou seja, acaba se tornando mais prático trabalhar em dupla ou até mesmo individualmente, pois o objetivo acaba sendo alcançado rapidamente.
Recife Metal Law – O ‘debut’ álbum se chama “Stench of Carnage” e conta com as três músicas da Demo mais cinco temas inéditos. Quando vocês entraram em estúdio para gravar o álbum já estavam com todas as músicas prontas ou surgiram ideias quando da gravação do mesmo?
Alexandre – Quando entramos para gravar em estúdio, em 2009, eram apenas cinco músicas que eu havia escrito e com letras, na maioria, do Cristiano, que tocava baixo com a banda e na época escreveu excelentes temas que encaixaram perfeitamente na ideia que tínhamos para o som do Deformed Slut. A ideia era na verdade gravar essas cinco músicas e tentar buscar contato com algum selo/gravadora que tivesse interesse em lançar futuramente um CD da banda. Eis que surgiu a proposta da Rapture Records que consistiu em lançar o novo CD no Brasil através do selo, nos Estados Unidos pela Sevared Records e na Espanha/Europa pela Pathologically Explicit Recordings. Foi aí que tivemos a ideia de regravar as três músicas da primeira Demo para fechar ao todo oito músicas, já que tínhamos as linhas destas músicas bem resolvidas para gravar.
Recife Metal Law – E quais seriam as diferenças básicas entre a Demo e o ‘debut’ álbum?
Alexandre – Basicamente, a Demo serviu como um material promocional para a divulgação da banda, e o CD veio para finalizar o trabalho inicial desenvolvido na Demo.
Recife Metal Law – A temática lírica do álbum é bem sanguinolenta, algo bem típico de bandas de Splatter. Vocês, como uma banda de Brutal Death Metal, pretendem continuar trabalhando apenas com esse tipo de temática?
Alexandre – A temática do CD aborda vários temas, na verdade, seguindo as influências do que escutamos e vemos todos os dias. Até mesmo o ritmo caótico urbano me influencia a fazer esse tipo de som e também expressar de forma subjetiva o que penso.
Recife Metal Law – A bateria, no álbum, foi programada. Em algumas músicas dá para notar que se trata de uma bateria programada, em razão da velocidade empregada, mas de forma geral o instrumento ficou bem gravado. A opção de optar pela bateria programada foi apenas por não contar com um baterista fixo na banda?
Alexandre – Exato, a ideia da bateria programada não foi com intenção de reproduzir uma bateria com sonoridade na ‘velocidade da luz’. Na verdade não queríamos ficar presos a limitações que poderiam aparecer juntamente com a pouca prática ou bateristas limitados que por ventura poderiam se convidar a vaga de baterista. Então a ideia foi ter um CD gravado com boa qualidade para que futuramente houvesse a possibilidade de algum baterista poder tirar os sons para que a banda pudesse tocar ao vivo.
Recife Metal Law – A produção sonora ficou bem acima da média. Gravar poucas músicas em pouco tempo de execução foi algo premeditado para se trabalhar melhor na produção sonora?
Alexandre – Apesar do lançamento deste CD ter demorado, o trabalho de gravação foi prático, o que nos atrasou um pouco foi a conclusão da mixagem + masterização, foram várias etapas (aumenta aqui, baixa ali), que demoraram a serem finalizadas e chega uma hora que não tem mais o que melhorar. De qualquer forma, mais uma vez, o trabalho foi satisfatório e está recebendo ótimos elogios de quem escuta.
Recife Metal Law – O álbum tem distribuição no Brasil pela Rapture e fora do país pela Pathologically Explicit (Europa) e Sevared (EUA). Ter esses selos como parceiros vem rendendo bons frutos à banda?
Alexandre – Com certeza! A distribuição fora do país é valiosa para o Deformed Slut, pois acredito que assim como o objetivo inicial de qualquer banda é ter seu trabalho e empenho expostos de forma ampla. Mesmo que futuramente não realizemos nenhum show, o trabalho foi divulgado com distribuição mundial.
Recife Metal Law – Já falamos sobre a formação da banda, que é uma dupla. O Deformed Slut é um projeto de estúdio ou pretende sair para fazer shows?
Alexandre – Até o presente momento, o Deformed Slut é apenas um ‘projeto laboratorial’, o trabalho será somente de estúdio.
Recife Metal Law – Você, Alexandre, também faz parte de outras bandas/projetos, a exemplo do Lachrimatory e Funeral Winterdust. A primeira é uma banda de Doom/Death Metal e a segunda um projeto Black Metal. Além disso, você já participou do Perpetual Solitude, que era uma banda de Doom Metal e participa do Rage Darkness, que é uma banda de Gothic/Death Metal. Como conciliar tantos projetos?
Alexandre – Atualmente me dedico apenas nas composições do Lachrimatory, shows com a banda e agora também com a divulgação do novo trabalho do Deformed Slut, apenas estes dois trabalhos. Os outros projetos solo somente utilizo como um ‘passatempo’ entre um e outro projeto ou banda que eu me interesse em participar.
Recife Metal Law – Agora fica o espaço para acrescentar algo mais que ache esclarecedor na entrevista...
Alexandre – Agradeço ao espaço dado pelo Recife Metal Law, aos que leram e gostaram da entrevista ou do som do Deformed Slut, seguem os contatos. Obrigado!
Sites:
www.myspace.com/deformedslut
www.youtube.com/user/cadavericslut
www.facebook.com/officialdeformedslut
E-mail: [email protected]
Entrevista por Valterlir Mendes
Fotos: Divulgação