ORGIA NUCLEAR
Conheci Jonathan Hellthrasher em 2006, quando viajei para Vitória e Vila Velha/ES. Na época achei estranho um garoto, com cara de criança mesmo, cabelos curtos e trajando camiseta de banda, tentando convencer o produtor a deixar ele entrar em um evento. Trocamos umas ideias rápidas, mas nada importante. Mas revelo que ficou marcado em minhas lembranças aquele moleque pequenino na porta de um show Underground. Os anos se passaram e comecei a manter contatos com ele, através de redes sociais, o qual sempre comentava que montaria uma banda. Em 2012 nos conhecemos e encontrei um Jonathan amadurecido pela vida e muito envolvido com contracultura subterrânea. Fã declarado de Flageladör, produzindo camisetas, patches e, ainda, tentando montar seu projeto/banda, que havia comentado comigo que se chamaria Orgia Nuclear. Enfim, tentei aqui dar uma noção do que conheci desse cara e me emociona mesmo agora estar batendo esse papo com ele, o qual considero um filho que eu queria ter. Independentemente do que ele venha a se tornar, hoje eu declaro publicamente que caras como Jonathan Hellthrasher são elementos que deveriam servir de exemplo para as novas gerações que acreditam em Underground e respeitam todos os seus valores, de forma honesta e vibrante. Agora vamos ao que interessa, né?
Recife Metal Law – Como a banda é bem nova, conte-nos a sua história.
Jonathan Hellthrasher – Primeiramente queria te agradecer mais uma vez, meu parceiro, pelo apoio e força que sempre tem nos dado! Estamos juntos na mesma luta e na guerra, lutando em prol dos mesmos ideais insanos! Então, tudo inicia na minha juventude precoce, pútrida, meus 15, 16 anos, em 2010, alcoolizado sempre nos fins de semana, migrando para Vila Velha, na busca de se divertir mesmo e interagir com uma galera diferente; conheci diversas pessoas legais na época e muitos se tornaram grandes brothers, com os quais, quando há oportunidades, bebemos um pouco. (risos) Eu estava no auge de minha euforia e empolgação, não sabia tocar e mal, mal berrar mesmo, mas sabia tudo o que eu queria, sabia exatamente que tipo de som queria fazer e o porquê. Sendo assim, no meu primeiro contato frustrado de banda fomos presos! Não havíamos intitulado nome certamente, mas eu sempre gostei da ideia e do nome Orgia Nuclear. Perversão, caos, ódio e revolta eram coisas que sempre me conturbaram e me animavam a fazer um som sujo e insano. (risos) Tínhamos uma bela oportunidade na nossa frente, para fazer um showzinho, íamos apenas mandar covers e uma música própria, mas já era um início... Saindo do ensaio, fomos ‘bebemorar’. Muitas coisas passando pela nossa cabeça e a energia que o álcool nos fornecia, difundindo com a nossa suprema empolgação e instinto juvenil fazia ficarmos mais loucos e alucinados ainda. Foi uma noite que me marcou, mas uma das coisas que não me orgulho tanto assim, como muitos acham. Serviu de experiência e me ajudou a amadurecer e ver muitas coisas com olhares diferentes. Dei a puta ideia de roubarmos uma igreja maranata para conseguirmos uns pratos de bateria e uma caixa amplificada, que o guitarrista precisava. Eu estava ali apenas pela emoção e a ‘amizade’’ que eu acreditava. Furtamos e fugimos. Ao chegar à casa do guitarrista ele notou que o celular dele havia caído na hora de correr, e não queríamos acreditar que o celular estava lá na igreja. Mesmo assim voltamos, e eu novamente com a ‘brilhante ideia suicida doentia’ pensei: “Beleza! Vamos lá! Mas se for para correr o risco pela segunda vez, que seja pra valer! Roubarei mais alguma coisa!”. Lembrei que queria um microfone... Deixei o olho grande me levar naquele momento, eu acho... O baterista, que foi o indivíduo que foi pego na rua dando bobeira, o FDP que nos entregou e tudo mais, não tomou nem um tapa da polícia! Fui altamente espancado, quase desmaiei algumas vezes. E esse baterista que era o mais 'true’’ começou a chorar dentro da viatura pedindo pelo amor de deus, falando que eu havia estragado a vida dele! Enfim, coisa de moleque. Nunca mais, sequer, olhei para cara dele. O bicho é um comédia, na verdade não vale a pena citar nomes. Quem é do Espírito Santo sabe quem é um falso, cristão! Que quando saiu da cadeia fez questão de ir a um culto da igreja se desculpar. Foda-se! Caímos! Foi uma puta de uma humilhação que passamos; a máscara de mais um bastardo sacana caiu! Minha mãe ter que ir me tirar do D.P.J não foi nada legal... Eu todo sujo de sangue, sendo humilhado e cuspido, foi uma verdadeira vergonha! O tempo se passou, e quando saíram da cadeia eu já estava mais afastado. Eles me boicotaram de um show, me substituindo por um baixista crente e um vocalista que ia em ‘rave’. Eu fiquei de boas, apenas observei e agi com cautela. Em uma oportunidade profana, chamei um brother meu, que tocava bateria, e eu já havia tocado com ele em um antigo projeto de Rock N’Roll; perguntei a ele se ele toparia montar o Orgia nuclear. Expus as ideias a ele, e na hora animou. Eu tentaria resgatar o guitarrista que havia sido preso comigo. Sempre soube que ele não era cristão e que gostava realmente de Metal. Nossos gostos musicais se batiam e algumas ideias também. Ele topou. Mas tinha os ‘poréns... Devido ao processo dessa ‘treta’ aí da igreja ficamos por volta de um ano apenas ensaiando com um ‘set list’ de dez músicas próprias. Então justamente num belo dia, quando eu havia pegado uma grana emprestada com um agiota para pagar uma gravação massa para lançarmos um material foda, o guitarrista surta, e diz que vai sair da banda, levando todos os riffs embora, com orgulho, egoísmo e panaquice e mais algumas ideias estúpidas medíocres, dizendo que se sentiria mal em ver outras pessoas com os riffs dele e tudo mais. Agiu feito um retardado! Imediatamente chocado e triste com tanto esforço, dinheiro e dedicação indo por água abaixo, cortei a ‘amizade’ imediatamente. O tempo se passou e pensei em chamar outros para tocar. Mas nesse meio tempo eu sentia que estava perdendo o baterista; já não estava tão empolgado assim como antes. Foi quando resolvi não desistir e seguir na luta. Fiquei um tempo como apenas projeto pessoal. Muita garra e determinação foi o que me levou a prosseguir. Foi quando, depois de algumas dores de cabeça, surge um guitarrista: “Pesadelo Nuclear” migrava de Minas Gerais para o Espírito Santo, aparentando estar decidido a tocar e dar o apoio da qual a banda merecia. Deu um grande ‘up’, ajudando a refazer algumas músicas e a prosseguir a jornada caótica do Orgia Nuclear. Ele participou do lançamento do primeiro material da banda, infelizmente apenas o EP intitulado “Caos Total. Na verdade foi a única coisa que ele fez: gravar a última música, a mais tosca. (risos) O cara me ‘pilantrou’ também; morou na minha casa por volta de seis meses e nunca deu nenhum centavo; fez um inferno aqui, por baixo dos panos, agindo com sigilo, furtando, difamando, espalhando e inventando estúpidas mentiras, fazendo amigos meus e minha família ficarem todos contra mim. Foi quando a sua máscara caiu e o chutei da banda. Serviu novamente de experiência, para saber quem colocar dentro de casa e confiar. Sendo assim, logo depois achei os malditos profanos mais certos que já toquei na minha vida! Lucas “HellsexManiaxX” (guitarras bestiais) e Natã “HellatomicSemen” (bateria devastadora). Os caras abraçaram a banda de tal forma e me deram um apoio que hoje eu vejo que antes não tinha tido. Seguimos atualmente espalhando o caos e a perversão, fazendo uns shows em uns butecos aqui no Espírito Santo, e trabalhando para um breve lançamento da nossa Demo, eliminando os falsos! A Demo é inspirada na maldita e bestial trajetória da banda. Em geral mesmo um contraponto contra a falsidade e a hipocrisia que nos rodeiam, expressando nosso ódio e revolta mais uma vez neste pútrido lançamento!
Recife Metal Law – “Caos Total” é o primeiro registro da banda, que foi lançado em formato K-7 e CD-Demo. O EP teve parceria de músicos de outros Estados... Fale desse ‘trampo’. Conte-nos como rolou tudo.
Jonathan – Foi uma parada louca esse material. Iniciamos as gravações no Rio de Janeiro, no quarto do “Bitch Hunter”. (risos) Gravamos à nível profissional, em agosto de 2012, e finalizamos mesmo com alguns vocais gravados aqui no Espírito Santo, em janeiro de 2013, lançando, assim, em fevereiro. Já estava com tudo feito: capas, adesivos e encartes, desde novembro de 2012. Foi algo que me deu um gasto intenso, pois bancar essa ‘parada’ sozinho não foi fácil. Mas me orgulho demais disso e vejo que dei o meu máximo. E o resultado foi lindo! Gravar com o Armando “Exekutör” e o Gabriel “Bitch Hunter”, para mim, foi uma experiência ‘fodastica’, coisa que espero um dia poder fazer novamente. Os caras são músicos, tocam e sentem a música como deve ser, levando para si como arte sem fins lucrativos. E acima de tudo amam o que fazem assim como eu. Acho que conseguimos fazer uma ‘parada’ bacana juntos. Sempre que posso os chamo para tocar a “União Hellthrasher”, música que o Armando fez o riff, e me sinto até arrependido em não ter colocado fotos deles no material, pois realmente fomos nós que produzimos e desgraçamos esse EP. A última música, “Queimando no Inferno”, foi feita na hora no ensaio. Fiz a letra e o “Pesadelo” fez o riff. Foi a única música gravada no estúdio do Márcio “Cativeiro”, em Niterói, um dia antes do show nosso, que rolou no “Noize as Fuck”, no dia 13 de outubro de 2012. Ficou tosco, mas faz parte da história da banda. Armando destruindo na bateria! (risos) Foi massa!
Recife Metal Law – As músicas, letras e estética do Orgia Nuclear remetem aos anos 80 e tem muitos elementos do Punk. Explique melhor os temas que são abordados pela banda e a razão de uma produção mais simples e crua.
Jonathan – Os temas se baseiam desde a nossa realidade, blasfêmias, perversão, antidoutrinas mesquinhas, guerra... Somos inteiramente ANTI meios de manipulação, independentemente de onde venham e de qual fundamento. A ideia, em si, é expor todas nossas ideias sujas e agressivas, ideias de ódio e revolta, contra toda a hipocrisia e falsidade que nos rodeia e está ao nosso lado, quebrando barreiras e a cara de muitos que nos sacanearam e saíram ilesos, através do som que produzimos. Somos uma banda de protesto, expondo nossas ideias de uma forma crua e espontânea. Simplesmente deixamos fluir as coisas, não ficamos horas e horas quebrando a cabeça em moldar discursos ou riffs; deixamos a energia do som fluir, apenas. Assim sai essa desgraça que todos ouvem por aí! (risos) Somos guerreiros que lutam em prol de igualdade, respeito e atitude! Sempre a favor da liberdade de expressão e a verdadeira união da nossa cena Underground.
Recife Metal Law – A banda já tem shows em outros Estados no seu currículo e também está sendo bem distribuída por vários selos do Underground. Isso era diferente há pouco tempo, visto que se tratava de algo mais como projeto seu do que uma banda, né? Fale mais dessa nova formação e da agenda da banda.
Jonathan – Por muito tempo foi, sim, um projeto pessoal meu; um projeto do qual eu queria seguir junto de verdadeiros irmãos que tivessem as mesmas ideias que eu. Infelizmente muitas vezes eu caí em tentativas frustradas; em acreditar em quem não devia. Atualmente estou inteiramente satisfeito com a BANDA. Não sou mais apenas eu e, sim, somos uma equipe; a verdadeira Irmandade Necro, como gosto de chamar. (risos) Estamos seguindo como podemos, não temos dinheiro e isso dificulta de darmos passos mais largos. Mas não temos pressa, apenas deixamos as coisas fluir e, creio eu, já está fluindo de uma maneira muito boa. O material teve distribuição infame; mandei para o Chile, Polônia, Equador, Bolívia e para o Brasil inteiro. Fora amigos que fiz com o tempo, amigos que ajudaram bastante na distribuição. Cristiano Passos (Antichrist Hooligans e ex-Necrobutcher) me deu uma grande força, distribuindo materiais mundo a fora. Rodolfo Centeno (Rock Animal), e não posso esquecer dos maníacos do Maniac Force... Efetuamos uma troca massa e eles me informaram que mandaram material para Tailândia e para muitos outros lugares. O material tem sido bem aceito e fico extremamente feliz por isso. Por enquanto, com relação a shows, estamos fazendo só pelas redondezas do Espírito Santo mesmo, na expectativa de oportunidades fora. Temos grande vontade de retornar ao Rio de janeiro.
Recife Metal Law – Existem planos e material suficiente para gravar um disco completo?
Jonathan – Planos sim. Temos vários planos e muito material para gravar e lançar um disco sim. O que não temos mesmo é dinheiro! (risos)
Recife Metal Law – Hoje temos muitos casos no Underground de bandas que possuem abordagens antirreligião e política, mas acabam se aliando com bandas e integrantes envolvidos com “White Metal”. Qual é o posicionamento da Orgia Nuclear quanto a isso?
Jonathan – O nosso posicionamento é curto e direto: não tocamos com cristãos enrustidos, e muito menos nos envolvemos em eventos que tenham bandas e produções gospel.
Recife Metal Law – Além do Orgia Nuclear, você também montou uma distro Underground. Fale desse projeto.
Jonathan – Sempre batalhei muito em prol do nosso Underground, e sempre me identifiquei muito com o mesmo; se tornou algo que faz parte de mim, nunca quis me engrandecer diante disso e adquirir riquezas. Desde sempre trabalhei com materiais Underground, produzia patches e camisas aqui em minha casa; sempre sai divulgando meu trabalho, levantando uma grana, para eu investir mais no trabalho artístico e poder viajar mais para ver shows que sempre quis ver e fazer novos amigos; sempre fiz trocas de CDs e comprava alguns para revender; sempre achei interessante e prazeroso estar divulgando o som de outras bandas e conhecendo novos trabalhos, então, há pouco tempo, resolvi concretizar o meu selo/distro: Desgraça na Terra Records. Estou dando um tempo com minhas estampas e me focando mais neste meu novo projeto. Já fechei recentemente dois lançamentos com outras parcerias do nosso insano Necrounderground. Nestes lançamentos incluí o ‘debut’ do Suffocation of Soul e o ‘debut’ do Agression, “Forja Infernal”. Vou andar conforme eu puder. Atualmente desempregado, me virando como posso e não posso para abraçar todos os lançamentos. Mas é com muito prazer e honra que faço isso. Poder ajudar bandas novas a lançar seus materiais e espalhar sua arte é algo muito gratificante para mim.
Recife Metal Law – Necrotrashers!? Orgia Nuclear deu origem a outra banda? Foi isso? Fale desse outro projeto que tem integrantes do Orgia Nuclear.
Jonathan – (Risos) É uma parada louca, né? Mesma formação do Orgia nuclear, porém eu, no Necrotrashers, toco bateria e canto, é uma parada que exige fôlego. (risos) Começamos em dezembro de 2012; eu estava querendo aprender a tocar bateria e meu mano Lucas (Necrodesgracer The HellsexmaniaXx) enferrujado na guitarra, nos juntamos mais para praticar juntos, e a coisa foi se expandindo e tomando um caminho profano e sombrio. Começamos a evoluir juntos rapidamente e de tal forma que quando nos demos conta já estávamos com um show marcado. De última hora chamamos o Natã (Necrowolv) para pegar no baixo. Seria um quebra galho, mas vimos que ele era um de nós, e as ideias batiam. Então permaneceu conosco e aí sim firmamos a banda. Recentemente lançamos o nosso primeiro material, a Demo intitulada “Prazer Cadavérico”, com quatro faixas e uma bônus, material limitado em 666 cópias xerocadas. Já espalhamos um pouco mais da metade... Estamos trabalhando duro em novas composições e para o lançamento do nosso EP, que iremos lançar este ano, sem data certa ainda. O EP se chamará “Loucura, Luxuria e Necromancia”. Muita putrefação caótica, malévola, vem por aí! Nesse tempo que estamos juntos não tivemos desavenças e já fizemos grandes apresentações, da qual me orgulho de ter feito parte. O show de lançamento da Demo fooi no Rio de Janeiro, no Chamado da Noite Maldita. Só tenho a agradecer a Coven Produções e a todos que nos apoiaram. Fomos muito bem recebidos e o apoio que ganhamos com o transporte pago foi algo que é difícil de ter no nosso Underground, ainda mais com uma banda nova e sem currículo de shows e materiais lançados. O show foi foda! Bandas insanas, galera maldita! Não gosto nem de me lembrar que já piro aqui! (risos) Tivemos também um show aqui no Espírito Santo junto com o Mystifier e outras bandas de grande nome também. Foi um puta show! Sempre seguindo na luta, as coisas estão tomando um caminho bom, e grandes oportunidades vem surgindo e uma boa aceitação do público. Então não temos nada a reclamar.
Recife Metal Law – De forma geral, quais os planos da banda para o futuro?
Jonathan – Geral, tanto com o Orgia Nuclear quanto com o Necrotrashers, lançar nossos materiais, fazer shows e espalhar o caos sonoro sempre, honrando nossos ideais e mantendo nossa postura crua, tosca e insana! Temos um grande sonho de conseguir algum show fora do Brasil, principalmente se for aqui do lado. (risos) Tipo Bolívia, Equador, Chile, Argentina... Quem sabe um dia...
Recife Metal Law – Nota-se que tanto o Orgia Nuclear quanto o Necrotrashers tem uma mesma base de influências: o Black/Thrash/Punk. Porém se nota diversas influências ocultas no Necrotrashers. Fale um pouco sobre as influências do Necrotrashers e o que abordam em suas letras?
Jonathan – Você falou tudo! A nossa base se resume a essa aí mesmo: o Punk, o Black e o Thrash Metal. Gostamos de som extremo, mas também nos agradamos com a sonoridade do Doom Metal e Folk, dentre outros sons. Então deixamos acontecer a magia negra! Como citei acima, não nos prendemos a nada, deixamos a energia obscura que o som nos propõe, vamos compondo espontaneamente e seguindo nossa arte profana. As coisas acontecem, não negamos que temos influências, desde Power From Hell, Venom, Hellhammer, Sodom e até mesmo Sarcófago e Gorgoroth. Em algumas músicas novas estamos colocando influências de um Depressive Black Metal, colocando umas pegadas mais lentas na bateria, seguidas de uma devastação de riffs sombrios e blast beats, e letras catastróficas. Falamos de ocultismo, luxuria, chacina, necromancia, caos, maníacos, o prazer e fascinação pela morte e tudo que envolva a arte obscura e sombria. Somos fascinados por isso e talvez seja um ponto que esclareça o por quê de fazermos músicas com mais facilidade para os necrotrashers!
Recife Metal Law – Fora o Orgia Nuclear e o Necrotrashers, vocês tem outros projetos?
Jonathan – O Natã e o Lucas tocam com outros parceiros nossos. Eles mandam um Crust/Grind louco na banda Discrente; estão trabalhando para um breve lançamento de sua primeira Demo. Temos alguns projetos, o mais recente, e que está mais encaminhado, é o Decadência, projeto de Punk com o nosso amigo Átila Raphael, ele que deu a ideia inicial, um projeto que iniciamos há pouco tempo. O Átila me perguntou o que eu achava e na hora eu topei. A princípio iríamos apenas lançar um álbum e nada mais, porém também não estamos com pressa de nada. E temos, sim, outros projetos que estão ‘enferrujados’; um de Depressive/Black/Doom Metal, andando lentamente, assim como o som. (risos) Sem contar que os caras tem outras paradas também, mas eu já não sei como estão e o que são exatamente. (risos)
Recife Metal Law – Deixo essas últimas ‘linhas’ livres para você. Peço que você deixe aqui também os links e contatos da banda. Valeu a força e presteza em responder esse bate-papo e siga em vitórias.
Jonathan – Chakal, obrigado pelo apoio dado. Você é um grande guerreiro e estamos aí para o que der e vier. Ainda te espero aqui em minha cidade para profanarmos um pouco e tomarmos umas ‘cervas’. Dessa vez eu pago. (risos) E vamos fortalecer aquele split satânico: Thrashera, Orgia Nuclear e Necrotrashers! Será uma honra compartilharmos juntos este mesmo material. Espero poder voltar ao Rio de Janeiro logo para dar uns ‘rolês’ e curtir um pouco com a galera. No mais um forte abraço e tudo de bom para você e sua família meu parceiro! Segue os contatos nossos e nossas ‘pages’. Valeu a todos bangers e maníacos que nos apoiam e entendem a nossa proposta doentia. Valeu e quando me ver, não esqueçam de me pagar uma cerveja!
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Entrevista por Chakal
Fotos: Divulgação