SUPREMA
Com dez anos de formação, diversas mudanças no ‘line up’, uma Demo, um single e um full lenght lançados, a banda de Power Metal SupreMa é bem ativa no cenário Heavy Metal, principalmente o seu guitarrista e líder, Douglas Jen. Mesmo sendo bem ativa, algumas polêmicas rodeiam a banda, entre eles a problemática de shows cancelados, sendo o mais notável deles o que ocorreria no Agreste In Rock, na cidade de Caruaru/PE, em 2013. Mas é de se salientar que a banda tem uma sonoridade forte e ideias bem aguçadas, o que pode ser conferido em “Traumatic Scenes”, seu primeiro CD, que ainda continua sendo divulgado. Diversos assuntos foram tratados na entrevista a seguir, a qual foi respondida por Douglas. Confiram!
Recife Metal Law – A discografia do SupreMa conta com uma Demo, lançada em 2005, e um single, que faz um pequeno tributo ao Iron Maiden, lançado em 2008. De que forma esses trabalhos ajudaram a moldar a sonoridade da banda?
Douglas Jen – Primeiramente é um prazer estar no Recife Metal Law, um site que admiro bastante, e que pertence a um Estado ao qual me identifico demais. Um salve aos internautas e à galera de Pernambuco e do Nordeste! Sinceramente estes trabalhos não podem servir muito de referência para o estilo que o SupreMa pratica hoje em dia. Foram momentos diferentes e foram álbuns importantes para o nosso amadurecimento musical. “Spyeyes” foi uma Demo onde experimentamos algumas coisas e depois no ‘ao vivo’ pudemos perceber o que iria soar legal ou não. Depois o tributo ao Iron Maiden foi uma homenagem que fizemos para vinda deles ao Brasil em 2007 e foi mais um presente ao nosso fã clube. A partir disso o som do SupreMa foi moldado pela característica mais pesada e mais progressiva, com as influências dos integrantes da época, e durante a tour do “Spyeyes”, ainda em 2008 e 2010, pudemos tocar algumas músicas do “Traumatic Scenes” ao vivo, e já conseguimos sentir como seria este novo trabalho, bem mais pesado, progressivo e técnico.
Recife Metal Law – Com exceção da guitarra, todas as outras funções da banda já passaram por alterações. Sabemos que isso é algo inevitável numa banda, mas qual é a razão para essa rotatividade no SupreMa?
Douglas – Isso para mim é algo bem natural; posso citar dezenas de bandas consagradas na história do Rock que passaram por isso também, e acho que um dos maiores exemplos é o Iron Maiden. Dá para encher um ônibus de tanto ex-integrante. Não podemos ficar presos a isso e a real é que, conforme você vai tendo mais responsabilidades numa banda, nem todos estão dispostos e/ou olhando para o mesmo sentido e a separação acaba sendo um lance natural. No começo a banda era formada por amigos (que continuam amigos até hoje); o SupreMa cresceu, precisava ficar semanas fora de São Paulo e tinha integrante que tinha emprego fixo. Os caras mesmo sentiram que não poderiam “segurar” a banda; foi um lance natural. Creio que quanto mais você cresce, mais vai precisar se dedicar, vai gastar mais tempo, mais dinheiro, nem sempre vai vir o retorno imediato e nem todos vão estar de olho no mesmo objetivo que você. É o que chamo de “seleção natural”. Não que o cara que acaba saindo da banda seja errado, ou a banda seja errada, simplesmente não dá para se trabalhar com ideais diferentes; cada um tem que seguir o caminho que acha melhor, que lhe faz feliz, e assim vamos seguindo, encontrando novos amigos na estrada, galera que pensa igual, e vamos seguindo fazendo o som. O que todo mundo espera é “ver o circo pegar fogo” e ver banda falando mal de ex-integrante e vice-versa, mas não é nosso caso, respeitamos pra caramba os caras que pisaram no palco ao nosso lado e, apesar de não termos contato com alguns pelo desencontro mesmo de trabalhos, sei que hora ou outra o pessoal acaba se encontrando num restaurante, num estúdio ou num show, e o papo vai rolar normalmente.
Recife Metal Law – Em 2013 foi lançado o álbum de estreia da banda, “Traumatic Scenes”, de forma independente. O álbum é bem forte e carrega consigo o peso e a velocidade do Power Metal, mas também apresenta partes intricadas do Prog Metal e até mesmo passagens mais agressivas. Como foi o trabalho para compor esse álbum?
Douglas – O “Traumatic Scenes” foi um trabalho em que tivemos um grande envolvimento; foi lançado na Europa através da gravadora Power Prog e no EUA pela Nightmare Records. Gravamos uma parte em nossos estúdios, pois queríamos ter esta ‘vibe’ mais intimista. As participações especiais foram de amigos da banda que queríamos tê-los ali, conosco. O álbum tem músicas que foram compostas por mim já há alguns anos, muitas delas acabaram não entrando na Demo “Spyeyes”, e eu apresentei todo este material à banda, a galera gostou e então fomos produzindo. Costumo sempre trazer ideias bem prontas e isso acabou adiantando bem as coisas; faltaram poucas músicas para completar o álbum e as três últimas eu tive a participação mais ativa da banda. Depois do repertório escolhido eu acabei indo para minha chácara no interior de São Paulo, me afastei do mundo, levei o computador, a guitarra e uma rede, queria um clima distante da correria e barulho da cidade, e foi lá que finalizei os arranjos todos.
Recife Metal Law – Você é o principal compositor da banda. Sozinho ou em companhia compôs e escreveu todas as letras desse primeiro álbum. Por que trabalhar dessa forma?
Douglas – Digamos que isso apenas aconteceu. Como eu disse, eu acabava levando as ideias mais prontas, músicas já com todas as partes bem definidas, com trechos de solos e letras, e preferimos sempre trabalhar de forma objetiva. Nem todos tem aptidão para escrever letras e o conceito do disco foi criado por mim. Criei o tema e em minha cabeça eu tinha o cenário, já tinha cenas de videoclipes, já tinha figurino, já enxergava a cor da luz e o momento do show que cada música seria tocada no ‘set list’. Quando você desenvolve um conceito, você acaba escrevendo a maior parte das coisas, pois aquilo já está bem claro em sua cabeça. Não é uma regra, todos tem liberdade de compor, mas o disco basicamente foi composto por mim; ralava dia e noite para levar o maior número de material possível. Eu tinha músicas desde 2002 ali escritas e fui quem mais apresentou material já em fase adiantada. Tive boas colaborações dos músicos. Este disco tem ali a mão de cada um, seja no mínimo detalhe, mas tem. No próximo CD da banda eu espero receber mais ideias e materiais prontos. A banda tem muitos compromissos, sempre tem músico na estrada fazendo outro trabalho também e é difícil fazer ensaios e encontros, então temos que ser práticos e apresentar músicas praticamente prontas, senão o próximo CD vai acabar demorando uns cinco anos! O legal é que a galera se admira um ao outro e não rola “ciúme”, pelo contrário, tentamos sempre melhorar o que o outro traz, todos são bem empenhados!
Recife Metal Law – “Traumatic Scenes” é um álbum conceitual, baseado no filme “O Invisível”. Como foi trabalhar a parte lírica para compor o álbum? Algum episódio pessoal serviu de base para alguma letra?
Douglas – O lance de o álbum ser conceitual veio de forma natural, não foi algo que foi planejado inicialmente, mas rolou. Eu tinha a história praticamente pronta, a direção das letras e a ideia central, mas quando assisti ao filme “O invisível” eu fiquei assustado como o “Traumatic Scenes” estava ali! Organizei o ‘track list’ em uma ordem cronológica e adaptei algumas letras para que fizessem sentido em conjunto ao filme. Lembrando que o disco não é uma narração exata do filme, mas sim uma visão pessoal de vários aspectos e situações que ocorrem no filme. O disco não tem ligação com episódios pessoais ou autobiográficos, e a ligação forte entre as letras ocorre mesmo através do tema central do filme.
Recife Metal Law – Muitas bandas só trabalham em álbuns conceituais após alguns trabalhos lançados. Por que vocês decidiram trabalhar num álbum assim logo na estreia?
Douglas – O SupreMa tende a fazer o que acha legal fazer, independente se outras bandas já fizeram ou não. Vamos muito em cima do que consideramos correto. Claro que isso, às vezes, pode nos trazer erros enormes, mas muitas vezes acabamos sendo pioneiros em várias coisas. Não temos medo de arriscar, em qualquer que seja o assunto. Não sei se este lance foi algo inédito ou inovador, mas rolou demais pra gente; o público adorou o show e o cenário, a imprensa entendeu a história e recebemos belas resenhas de jornalistas que foram a fundo no contexto e tema do disco. Isso pra gente já foi bem satisfatório. É uma porta que se abriu para a banda, e que iremos pensar em seguir por ela.
Recife Metal Law – “Traumatic Scenes” conta com diversas participações. Devo dizer que a participação de Victor Prospero foi uma das que mais me chamou à atenção, pois coloca vocais guturais em alguns temas, o que cria um clima que mescla agressividade e melodia numa mesma música. As músicas que contam com essa participação pediam esse tipo de vocalização?
Douglas – Volto a dizer o lance de “arriscar”. Os vocais guturais não foram planejados em um primeiro momento, mas quando estávamos produzindo, sentimos que alguns trechos precisariam deste tipo de interpretação, algumas letras também. Tem letras bem agressivas e a interpretação vocal deveria ser assim. Por exemplo, não teria outro jeito de cantar “I go down to hear your hopeless scream, day and night you’re suffering for me, your last words still burn my soul, no way back home!”. Não penso muito em moda ou tendências, o que soa bem e cabe no trecho sempre vai acabar indo para o disco, assim como tenho músicas novas que tenho percursões tribais, violino e gaita na cabeça, se ficarem interessantes vamos colocar sem medo.
Recife Metal Law – Já foi comentado que o público aceitou muito bem o álbum de estreia, inclusive indo aos shows e cantando algumas músicas. Quais são as músicas que estão tendo maior respaldo frente ao público que acompanha o SupreMa?
Douglas – Foi incrível em 2012 quando o disco ainda não tinha sido lançado oficialmente e havíamos lançado somente o single da “Nightmare”, estávamos em tour no Nordeste e a galera cantava esta música em coro. É uma satisfação sem tamanho ver os fãs ali cantando aquela música que você passou madrugadas escrevendo. Agora com o CD lançado tudo tem sido bem equilibrado, mas as músicas que o pessoal mais tem curtido ao vivo é a “Nightmare”, “Fury and Rage”, “Before the End” e “Burning my Soul”.
Recife Metal Law – O álbum vem recebendo boas críticas da mídia especializada, não só no Brasil, mas, também, em outros países. O álbum chegou a ter distribuição fora do Brasil?
Douglas – Sim, a Power Prog fez um belo trabalho de distribuição na Europa e também a parte promocional do CD. Nos EUA é feito pela Nightmare Records.
Recife Metal Law – Do disco de estreia foram retiradas duas músicas, que serviram como clipes: “Nightmare” e “Fury and Rage”. Qual a razão dessas músicas terem sido escolhidas para virarem clipes e como foi à recepção e divulgação deles?
Douglas – A “Nightmare” é a música que expressa bem o que é o SupreMa neste disco: velocidade, técnica e boas melodias. De cara queríamos mostrar aos fãs o que viria pela frente. No início ela era uma música que não tínhamos dado tanta atenção, mas depois da produção do álbum acabamos vendo como ela seria importante para nós. “Fury and Rage” foi o segundo clipe, ela é uma música bem pesada e queríamos também mostrar esta cara da banda pra galera, além, é claro, que tínhamos na cabeça o conceito do clipe, a história e várias cenas e acabamos produzindo praticamente um curta metragem neste clipe. O pessoal recebeu muito bem. A “Nightmare” chegou a ficar semanas na MTV/BRZ no Brasil e também chegou ao segundo lugar da Rock Label TV da Suíça. Já a “Fury and Rage” abriu muitas portas para a banda. Foi destaque em mais de 10 sites e revistas no mundo todo. O pessoal tem recebido ambas de uma forma incrível!
Recife Metal Law – Ano passado a banda faria um show no Agreste In Rock, na cidade pernambucana de Caruaru. Quando tudo parecia está pronto no palco, o guitarrista Douglas Jen disse que a banda não poderia tocar por causa de um problema em um dos amplificadores de guitarra. Isso deixou alguns irritados e outros tristes, por não poderem ver o show da banda. O show não poderia ter sido feito, com a substituição do equipamento, até mesmo em respeito aos que foram ver a banda?
Douglas – Sei que para alguns fãs, para o leigo e para alguns mal-intencionados, o discurso sempre vai ser “Faça como der, em nome do Metal”, ou “Faça em respeito aos fãs”. Mas não é assim que funciona e não pode ser assim. Eu dei diversas entrevistas e a frase que sempre digo é “Underground não é sinônimo de mal feito”, e realmente não pode ser. Eu, mais que qualquer um, tenho um respeito imenso pelo público do Nordeste e a galera sabe disso. Durante a tour do “Traumatic Scenes” eu já dei por volta de cinquenta entrevistas e na maioria delas eu falo da minha paixão pelo Nordeste, falo dos fãs, falo das cidades, eu indico para amigos meus, que são produtores, a levarem atrações internacionais para o Nordeste; apoio a cena, divulgo e inclusive na mesma cidade de Caruaru, em 2012, toquei em um evento para arrecadar brinquedos para crianças carentes. Se eu fosse contar as inúmeras situações adversas que aconteceram durante o dia, o fã ficaria boquiaberto. Enfrentamos de tudo para estar naquele palco! Caruaru é a cidade que tenho um enorme carinho e respeito; os shows por lá sempre foram muito bons e a galera sempre acolheu o SupreMa de uma forma surpreendente. Durante o dia teve um atraso gigantesco na passagem de som. Iríamos passar as 09h00 da manhã e o palco só foi liberado para nós por volta das 16h00; passamos o som, montamos cenário, tudo redondo. De noite o evento teve atrasos e tudo ficou bem estranho quando estávamos esperando na frente do hotel, prontos para ir ao evento e a van chegou na frente do hotel e levou o Ratos de Porão e não levou o SupreMa... Os caras do Ratos de Porão nem sabiam o que estava rolando no local, eles apenas subiram e foram para o local do evento, pois esta era a informação que eles receberam da produção do evento. Mas, se o SupreMa iria tocar antes do Ratos de Porão, porque a nossa van chegaria depois? E assim ficamos na frente do hotel esperando por uma van que nunca chegava, e isso já era quase a hora combinada do SupreMa subir no palco. Estávamos desesperados com este lance de não chegar a van que nos levaria para o evento, e sob esta circunstância chamamos dois taxis e pagamos do bolso para poder ir até o local do show. Obviamente chegamos em cima da hora, galera ainda tirando instrumento do case e nisso recebemos a notícia “Vocês não tem mais 1h20 de repertório, vão fazer apenas 30 minutos”. Imagina a indignação que ficamos de viajar de São Paulo com todo equipamento, passar um dia montando cenário e passando som, a van que ia nos buscar não foi e de repente recebemos esta notícia? Galera ficou bem decepcionada e mesmo assim dissemos que iríamos para o palco. Eu nem estava com as duas guitarras afinadas e ia ter que afinar uma delas no palco durante o show, mas iria me submeter a isso pelos fãs. Subimos ao palco, praticável com a batera entra, cenário vem em cena, pano de fundo desce e o amp de guitarra estava queimado, o que fazer? Passamos quase duas horas passando o som de tarde para ficar tudo redondo e o amp de guitarra que eu usaria estava queimado. Como um fest daquele tamanho não tem amp de backup? Liga daqui, corre dali, tentei achar o brother meu que é produtor do Sepultura, mas ele não estava no local, não consegui falar com a galera do Ratos de Porão também e ali no palco não tinha nada compatível que eu pudesse usar e no meio do desespero me vem novamente uma senhora da produção e fala “Vocês só tem 15 minutos de palco agora”. Agora me diga, sem amp, com 15 minutos de palco, o que se faz? Mesmo que eu quisesse “fazer mal feito” nem tinha como. Só o tempo de passar a guitarra já seria o tempo de começar a desmontar para o Ratos de Porão entrar no palco. Depois dessa “tormenta” fomos para o camarim, e eu pedi para falar no microfone com os fãs da banda, mas não fui autorizado. Veio a proposta da produção para o SupreMa tocar depois do Sepultura com o amp que o Sepultura estava usando. Prontamente topamos e quando subimos no palco para começar a deixar as coisas prontas novamente os roadies da equipe de som haviam desmontado nossa bateria... Ou seja, respiramos por um segundo felizes de poder voltar e fazer o show, mas novamente outra situação nos impediu de tocar. Veio então uma terceira solução que deram, de tocar com a batera do Eloi que o som já estaria passado, porém este era um kit bem diferente que nosso ex-baterista usava e o respeitamos da decisão de que não daria para fazer no kit do Eloi, pois teríamos que desmontar e montar a bateria toda novamente. Enfim, foram tantos problemas que parece que não era para ser. O sentimento no camarim era de total frustração e confesso que foi um dos piores dias da minha vida, mas mesmo assim fizemos questão de descer e ir até a mesa do merchan e atender até o último fã, conversar, tirar foto e estar presentes com todos ali. Queríamos muito tocar em Caruaru; é a cidade que mais queremos voltar o quanto antes. Nossa maior frustração é que na semana do evento recebemos vários e-mails de caravanas que estavam indo ao Agreste in Rock para ver o SupreMa. Foram dez no total. É de se arrepiar quando você abrir seu ‘inbox’ ou o seu e-mail e vê o pessoal dizendo que está viajando de tão longe para ver sua banda; é uma relação de profundo respeito que temos com o pessoal do Nordeste. Tenham certeza que voltaremos, com toda estrutura, com toda vontade, com o mesmo show que temos feito pelo Brasil, pois seis anos atrás, quando fizemos nosso primeiro show por lá a galera vibrou conosco, e agora é a nossa vez de retribuir com toda estrutura que montamos e com o show que produzimos especialmente para a tour do “Traumatic Scenes”.
Recife Metal Law – “Traumatic Scenes” já tem um tempo de lançado. Até quando vocês pretendem divulgar o álbum?
Douglas – Eu creio que o ciclo do “Traumatic Scenes” está chegando ao seu final. Já tem mais de um ano do lançamento oficial e em 2012. Já fizemos uma tour tocando músicas deste CD, mas temos algumas cidades que iremos passar com esta tour e tem algumas cidades que temos muita vontade de tocar pela primeira vez. É fato que este ano ainda estaremos em tour do “Traumatic Scenes”, mas este ciclo vai se encerrar em breve. Entendemos que é a hora de planejar o próximo trabalho e já estamos reunindo todas as ideias para o novo álbum. Temos uma nova formação e queremos muito estar no palco novamente mostrando esta nova fase aos fãs!
Recife Metal Law – Mesmo em divulgação do álbum de estreia, vocês já começaram a trabalhar em novas músicas?
Douglas – Temos tido alguns desencontros na agenda por conta de várias coisas que temos em andamento, e temos utilizado os momentos de ensaio para nos preparar para os últimos shows deste ano. Estamos iniciando o processo de selecionar as melhores ideias e músicas. Eu já separei 16 músicas que eu tenho em andamento, selecionei oito delas e apresentei à banda, à manager e a equipe. Galera gostou e provavelmente vamos utilizar todas elas; temos muita novidade para rolar neste CD novo em termos de produção, de sonoridade, tema, etc. Temos passado por um momento de renovação, de olhar o que foi bom e o que foi ruim, avaliar, colocar tudo na balança para fazer algo ainda melhor. Temos uma difícil missão de superar o “Traumatic Scenes” que recebeu notas altas no Brasil e Europa, geralmente acima de 8,5/10 ou 9/10, mas estamos confiantes em trazer uma sonoridade renovada à banda. Não perderemos a essência progressiva do SupreMa, nem a velocidade e belos refrãos, mas traremos novos elementos de nossa evolução. Teremos ainda bastante oportunidade para falar deste novo CD, espero poder ver toda galera conosco pelos shows que ainda faltam da “Traumatic Scenes Tour”, estamos preparando algumas novidades ainda para este ano em que a banda completa 10 anos! Fiquem atentos no www.supremametal.com. Um abraço e valeu!
Site: www.suprema-online.com
Entrevista: Valterlir Mendes
Fotos: Divulgação, Ground Cast, On Stage, Henrique Pimentel, Metal Generation