ESTRELLA NEGRA



 

Com o objetivo de oferecer acessórios para o público Gótico e Industrial a loja Estrella Negra surgiu no ano de 2006, sob o comando da pernambucana Renata Selene, que recentemente se formou no curso de designer de moda. O tempo foi passando, a procura por acessórios aumentou, não só do público acima citado, como também do público Headbanger, fazendo com que os produtos da loja tivessem uma maior exposição. Atualmente Renata vem trabalhando bastante, para oferecer aos seus clientes produtos de alta qualidade, que são desenhados e feitos pela própria. Na entrevista a seguir saberemos um pouco mais sobre a Estrella Negra, bem como sobre a própria Renata e seus gostos musicais. Além das fotos da criadora da loja, também estão disponíveis fotos de algumas peças de sua criação.

 

Recife Metal Law – A Estrella Negra teve seu início em 2006. Como, de fato, surgiu a Estrella Negra?

Renata Selene - Bom, começou mesmo quando eu resolvi fazer minhas próprias roupas. Daí umas amigas curtiram e pediram para eu fazer peças para elas. Um tempo depois comecei a fazer acessórios e vender pelo fotolog e logo comecei a colocar umas peças de roupas também. Daí foi crescendo, e com a divulgação do flog o público também foi pedindo mais e mais. Também fui recebendo mais pedidos de peças sob medida, então resolvi que era hora de criar a marca mesmo, e criei o Flog da Estrella Negra, que hoje está inativo.

 

Recife Metal Law – Quais são os tipos de acessórios que a Estrella Negra confecciona, e qual tipo de público te procura?

Renata – Desde brincos, colares e pulseiras (em couro e/ou correntes de metal), a bolsas e cintos (também em couro e tecido). O público é muito variado: tenho clientes góticos, punks, emos, cybers... Aqui em Recife o público varia entre metaleiros, góticos e cybers. Já de outros estados são mais góticos, emos e cybers. Tenho alguns clientes de fora do país que são góticos e punks, mas a grande maioria é de metaleiros e góticos.

 

Recife Metal Law – E como funciona a confecção? Existe uma loja propriamente dita ou tudo é feito em casa?

Renata – No começo eu só estava trabalhando em casa. Eu faço tudo, desde modelagem até a costura da peça. Em 2007 eu montei um ateliê, mas logo o fechei, uma vez que o local foi vendido. Então voltei a trabalhar em casa e logo mais estarei com uma lojinha. Nada grandioso de começo, mas um ponto fixo para os clientes daqui poderem ver as peças e tal. A confecção das peças por encomenda, via internet, é mais complicada, pois tenho que pedir que o cliente me mande suas medidas e rezar para que ele tenha tirado corretamente, senão a peça não dá certo. Já os clientes de Recife, escolhem se querem vir até minha casa ou marcamos em um lugar próximo para as duas partes, e eu tiro as medidas.

 

Recife Metal Law – De onde surgem as idéias para confeccionar as peças? Há influência de algum estilista em tuas confecções?

Renata – Bom, eu costumo observar o que o pessoal nas ruas está usando. Vejo muitas fotos de eventos de fora do país, e de shows em outras cidades para sacar o que o público veste e tal. Gosto de observar as roupas de integrantes de bandas e também olhar muitos catálogos de lojas de fora do país para pegar inspiração para minhas peças. Sem contar que conversar com meus clientes ajuda muito.

 

Recife Metal Law – Tu falaste que muitos de teus clientes são Headbangers. Qual a tua proximidade com o pessoal que curte Heavy Metal?

Renata – Nossa, eu curto Metal há pouco tempo. Comecei a curtir mesmo em 2002, por influência de uma amiga minha do Colégio. Ela quem me apresentou umas bandas de Metal melódico. Antes disso eu só curtia industrial e gótico. Mas eu já tinha amigos do meio Metal. Sempre tive amigos em meios diferentes do meu. Daí, fui gostando cada vez mais do som e me identificando com alguns estilos. A maior parte do pessoal que eu convivo mesmo do Metal são homens! (risos) Mas como clientes a maioria são mulheres mesmo. Acaba que ficamos sempre amigos (as), marcando de ir pra shows e tal. Nos show sempre encontro meus clientes ou amigos de clientes que vem falar comigo e tal. É muito bom!

 

Recife Metal Law – Mas eu já pude te ver em alguns shows em Recife. O motivo de ir aos shows é por curtir o som das bandas que se apresentam ou é por causa da parte profissional; de ver o estilo de roupas que as bandas usam?

Renata – Digamos que 80% é pelo show mesmo e os outros 20% é pra divulgar a marca, porque querendo ou não, sempre acabo fazendo novos clientes e novos negócios em shows. (risos) E idéias sempre vêm na minha mente quando vou num show, porque vejo sempre alguém com um tecido, ou um detalhe na roupa, que me chama a atenção.

 

Recife Metal Law – Como surgiu o nome Estrella Negra, e quem fez o logotipo que tu usas?

Renata – Bom, o nome surgiu numa brincadeira com uma amiga da Argentina. A gente tava conversando pelo MSN, e ela queria fazer um fotolog, e ficamos pensando em nomes para esse flog; até que ela saiu com uma idéia de que tinha que ter algo com sombras ou escuridão, mas que não ficasse muito ‘do mal’ como a gente costuma falar. (risos) Como ela tinha uma tatuagem de uma estrela cadente nas costas eu dei a idéia de “Estrella Negra” e ela curtiu. E como o sentido do nome era o que eu também queria pra minha marca, algo que passasse o sentido das minhas criações sem que as pessoas vissem como uma coisa ‘do mal’, eu acabei usando também como minha marca. Tanto que o nome ‘estrella’ tem dois ‘L’, pois está em espanhol. O responsável pelo logo foi o Alcides Burn, que me agüentou durante um tempinho, mudando toda vez algum detalhe, até chegar no logo final. Mas ele, sempre de bom humor e se divertindo com minhas indecisões, acabou que conseguiu criar o logo do jeitinho que eu queria. E ficou perfeito!

 

Recife Metal Law – Existe uma loja aqui no Brasil chamada Lady Snake, e ela já veste muitas bandas de Heavy Metal de nosso país. Há, de tua parte, a pretensão de vestir determinada banda com teus acessórios?

Renata – Olha, essa parte de vestir bandas ainda é algo novo pra mim. Eu tenho três bandas que vestem roupas que eu faço. Duas do meio Metal e uma é de fora, mas conforme a minha capacidade de confecção for crescendo, com certeza esse é um caminho que pretendo seguir, já que nada melhor que bandas de Metal para divulgar minha marca! (risos) Porém uma banda em específico ainda não tenho em mente

 

Recife Metal Law – Seguir essa linha de confecção foi puramente por tu gostares de roupas desse estilo ou houve algo a mais que te impulsionasse a criar a Estrella Negra?

Renata – Foi mesmo por ser o estilo de roupa que eu curto. Mas depois eu fui vendo que era um caminho interessante, uma vez que aqui em Recife não tinha ninguém que trabalhasse com isso.

 

Recife Metal Law – Tu mencionaste fazer pouco tempo que estás no meio Heavy Metal. Mas tu achas que o teu envolvimento é algo mais por causa da Estrella Negra ou seria mesmo por ser um estilo de vida a se seguir?

Renata – No começo era só pela Estrella Negra mesmo, mas com o tempo fui vendo que era algo que me influenciava muito. Sabe quando você vai se encontrando aos poucos? Hoje eu posso dizer que não vivo sem o Heavy Metal!

 

Recife Metal Law – E quais são tuas bandas preferidas?

Renata – Andre Matos, Kamelot, Nightwish, Sepultura, Krisiun, Arch Enemy, Death, Six Feet Under... Bem misturado, né? (risos) É que eu vou mais pelo tipo de som do que por banda mesmo. (mais risos)

 

Recife Metal Law – Mande uma propaganda aos nossos leitores e os convença a comprar as peças feitas pela Estrella Negra.

Renata – Para quem curte um visual do agressivo ao delicado, do composto ao sexy; para quem prefere algo mais exclusivo, com certeza nós temos tudo isso a oferecer, sem contar, é claro, com uma ótima qualidade e ótimos preços. E o melhor de tudo: feito aqui em Recife! Sou péssima com propagandas! (risos) Mas é isso! A qualidade e a satisfação do cliente é o que faz a Estrella Negra crescer e ser tão bem aceita. Por isso mantemos o mesmo pensamento de sempre: melhorar a qualidade, agradar e atender ao máximo os clientes.

 

Site: www.myspace.com/estrellanegra_loja

 

Entrevista por Valterlir Mendes

Fotos: Divulgação