Deceased: Em ‘live’, “King” Fowley conta que cresceu ouvindo os discos da Cogumelo Records
O canal do YouTube Heavy Culture conversou com o vocalista/baterista Kingley “King” Fowley, das bandas estadunidenses Deceased e October 31, nomes clássicos do underground vindos de Arlington, estado da Virginia. O Deceased, formado há quase 40 anos, celebra o que há de melhor na união do Death/Thrash Metal com pitadas de Metal tradicional, resultando em álbuns clássicos como “The Blueprints for Madness” (1995) e “Supernatural Addiction” (2000). Os últimos lançamentos do grupo foram, além de um ótimo disco de inéditas, intitulado “Ghostly White” (2018), dois novos álbuns de covers, um deles dedicado ao lado mais obscuro do Thrash Metal, “Thrash Times at Ridgemont High” (2021) e outro dedicado às influências Hardcore, o estupendo “Rotten to the Core Part 2 (The Nightmare Continues)” (2020). E o October 31, banda de Fowley voltada ao Heavy Metal tradicional, também decidiu seguir a tradição do Deceased e mostrar suas influências através de “Metal Massacre 31” (2016), um álbum tributo onde o grupo gravou faixas selecionadas das oito edições da clássica coletânea “Metal Massacre”, lançada pela gravadora Metal Blade Records desde a década de 1980.
Para saber um pouco mais sobre a história destas duas bandas, o vocalista Kingley “King” Fowley concedeu um enriquecedor bate-papo ao staff do Heavy Culture, onde contou como assumiu os vocais e bateria do Deceased: “Quando o Deceased começou eu originalmente tocava baixo. Tínhamos um baterista e eu era o baixista, mas o baterista preferia a namorada dele ao Metal e então sabíamos que precisávamos de um baterista mais do que precisávamos ter um baixista... Então eu troquei meu equipamento de baixo muito caro e troquei por uma bateria realmente de merda, mas era algo para tocar e eu não tinha experiência nenhuma”. Sendo assim, Fowley assumiu as baquetas do grupo e logo depois os vocais, fazendo os primeiros shows na região, em festas, já que não havia uma cena propriamente dita de Metal: “Quando tocávamos Slayer, Voivod e Mercyful Fate ninguém sabia o que era naquela época, o Slayer ainda não tinha decolado, então ninguém sabia o que era. Nós tocamos em muitas festas com bandas Punk, e eu diria que cerca de cinco a oito shows eu nem cantei, nós apenas subimos no palco, e bem, eu nem chamo de palco...”.
Naqueles primeiros dias, o Deceased tocava material de bandas como Hirax, Motörhead, Slayer: “Tocávamos coisas como Bathory e fazíamos vocal gutural do Sodom... Eu não cantava no começo só porque tive que aprender, levou alguns anos à medida que avançávamos, mas sim, eu gostei de fazer isso e fiquei muito bom nisso depois de alguns anos”. O vocalista ainda contou que com o October 31 ele só queria cantar de forma mais melódica, relembrando a primeira vez que assumiu apenas os vocais no palco, o que acabou o influenciando para largar a bateria do Deceased em 2002 e desde então comandando apenas o microfone, mas sua paixão pelas baquetas sempre falou bem alto, revelando que ainda escreve todas as linhas de bateria. Sobre o surgimento do October 31, disse que o que o motivou a investir no Heavy Metal tradicional foi a dominância do Grunge e Pantera na década de 1990, o que ofuscou todo aquele cenário oitentista. A parceria com o guitarrista Brian “Hellstorm” Williams do October 31 surgiu em 1995, pois ambos tinham os mesmos gostos musicais e opinião sobre a cena Metal daquela época e como o Heavy Metal deveria soar. O resultado veio dois anos depois, com o lançamento do debut “The Fire Awaits You”.
Fowley, após contar mais detalhes sobre suas influências, tanto musicais quanto de cinema, mostrou-se empolgado quando fala da vontade de tocar no Brasil: “O Brasil é muito importante para mim, cresci ouvindo os discos da Cogumelo (Records) e eu gostaria muito de ver todos os amigos por correspondência (obs: da época das cartas) com quem ainda mantenho contato”.
Para conferir o bate-papo completo com Kingley “King” Fowley, clique aqui.
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