Behemoth: já disponível “I Loved You At Your Darkest”, 11º álbum de estúdio




 
“Não há nada mais blasfemo do que isto”. Estas são as palavras da mente por trás do Behemoth, o sempre polêmico Nergal, explicando o título do 11º álbum estúdio da banda, “I Loved You At Your Darkest”, lançado originalmente em 2018.
 
Embora pareça um título um tanto improvável para uma banda de Black Metal, principalmente a mesma que chamou seu álbum anterior de “The Satanist”, sua origem vai surpreendê-lo ainda mais do que as próprias palavras do vocalista/guitarrista. “É um versículo da Bíblia”, revela Nergal. “Na verdade, é uma citação do próprio Jesus Cristo. Para o Behemoth usá-lo como base do nosso álbum, é um sacrilégio ao extremo”.
 
É claro que o Behemoth pode ser considerado um dos sinônimos da palavra blasfêmia. Ao longo dos anos, eles ultrapassaram os limites do Black metal e da heresia em si. Embora o sentimento anticristão possa parecer um clichê no que diz respeito à maioria das bandas de metal, para o Behemoth essas ideias representam uma ameaça muito real à sua liberdade física. Repetidamente, o governo de seu país natal, a Polônia, os acusou de vários “crimes”, como rasgar uma bíblia no palco em 2007 ou usar o brasão polonês em uma camiseta da banda em 2017.
 
“Obviamente, coisas assim podem te deixar bem puto. Mas acho bom ficar assim”, diz Nergal com uma risada. “A raiva pode ser uma enorme força motriz, especialmente quando você faz música extrema. Mas política e socialmente, a Polônia é um país muito díspar. Você nunca pode se sentir totalmente seguro aqui. Assim fica mais fácil para mim ficar inspirado. Se eu morasse na Holanda ou na Austrália, não acho que estaria fazendo o que faço agora. Você pode fazer ou ser o que quiser nesses lugares. Eu sou um grande fã desse tipo de liberdade, mas eu realmente não tenho isso aqui. Lutar com isso diariamente faz de mim quem eu sou e alimenta minha paixão por esse estilo de música”.
 
Nergal e seus colegas de banda, o baixista Orion e o baterista Inferno, canalizaram toda essa paixão e raiva em “I Loved You At Your Darkest”. O álbum apresenta uma salva esmagadora de um Black Metal majestoso repleto de riffs infernais, bateria trovejante e coros litúrgicos que lembram os clássicos do cinema de terror, além de incorporar também solos de guitarra na veia rock ‘n’ roll com dedilhados rápidos em músicas como “God=Dog”, “Ecclesia Diabolica Catholica” e “Sabbath Mater”. “Eu queria muito nos redefinir com este trabalho”, explica Nergal. “‘I Loved You At Your Darkest’ é um álbum mais dinâmico. É extremo e radical por um lado, mas também é mais orientado para o rock do que qualquer outro álbum do Behemoth”.

Liricamente, “I Loved You At Your Darkest” mostra o tipo de provocação religiosa que o Behemoth faz melhor. “É muito motivado pela religião, talvez mais do que qualquer coisa que fizemos antes”, explica Nergal. “Mas não é apenas uma provocação barata. Eu acredito que esta é uma linguagem Metaleira mais profunda. É arte”.

“I Loved You At Your Darkest” foi produzido pelos próprios membros da banda, com coprodução de Daniel Bergstrand (Meshuggah, In Flames) nas partes de bateria, mixagem de Matt Hyde (Slayer, Children Of Bodom) e masterização de Tom Baker (Nine Inch Nails, Marilyn Manson). Sem esquecer da participação especial de orquestra polonesa com 17 membros, com arranjos de Jan Stoklosa e produção de Tomasz Budkiewicz. Ou como Nergal bem resume: “Praticamente todos os instrumentos foram gravados em um estúdio diferente e muitas pessoas incríveis estiveram envolvidas”.
 
“Embora nossas origens se remontem ao Black Metal, o Behemoth é algo maior”, arrisca Nergal. “Conhecemos nosso legado, mas, com este álbum, procuramos avançar para um terreno mais alto!”.
 
Hail Behemoth!!!
 
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Fonte: Shinigami Records