The 69 Eyes: já disponível novo álbum
No pôr do sol e quando a lua nasce, os finlandeses do The 69 Eyes orgulhosamente colocam seus óculos escuros, vestem suas jaquetas de couro e usam o delineador preto para se fundir perfeitamente com a noite. Fundada nos bares nebulosos, sombrios e crepusculares de Helsinque há mais de 30 anos, a banda circula em torno do epítome do Rock Gótico do norte chamado Jyrki 69 que prestou um serviço exemplar a todas as coisas sombrias com seus reverenciados doze álbuns de estúdio, além das inúmeras turnês ao redor do mundo, mantendo assim um forte vínculo com o lado sombrio do Rock ‘n’ Roll.
Com uma inclinação eclética para a morbidez, glamour, sexo e o sobrenatural, esses animais noturnos incorporam tanto a essência nebulosa do Rock Gótico nórdico quanto a vigorosa decadência do Glam da Sunset Strip, assombrando a todos, desde os ghouls do Rock Gótico aos caras do Metal, dos gatinhos do Glam Rock aos demônios do Rockabilly. É elegante, sexy, atrevido e dramático. Seu sinistro décimo terceiro álbum “Death of Darkness” celebra esta união profana com um novo conjunto de canções de amor dedicadas à escuridão que há em todos nós, orgulhosamente uivando para a lua e afundando suas presas profundamente em nossos pescoços. Venha, doce morte, e beba comigo. A noite é uma criança e a vida é curta.
Com o primeiro e irresistível single “Drive”, o The 69 Eyes descobriu uma abordagem totalmente nova para criar álbuns. “Queríamos espalhar nosso evangelho cada vez mais”, diz o vampiro de Helsinque Jyrki 69. “A principal motivação dessa banda é continuar, agradar nossa base leal de fãs e expandir nosso público. É por isso que lançamos nosso primeiro single enquanto ainda estávamos trabalhando no álbum. É uma nova abordagem para nós, lançar uma série de singles antes mesmo de anunciarmos o álbum. Isso manteve tudo realmente novo e emocionante e nos manteve alertas, o que foi uma grande motivação para escrever um álbum matador”. E também valeu a pena porque “Drive” tocou constantemente nas rádios finlandesas, garantindo a eles uma vaga no reality show finlandês de música “Vain Elämää / The Best Singers”, além de uma série de shows esgotados na sua Finlândia natal.
Pela primeira vez desde o taciturno “Devils” (2004), o The 69 Eyes está abraçando totalmente dois estilos de vida: de Helsinque e o modo californiano, fazendo a capital Suomi soar como um bairro depravado de Los Angeles em músicas como a já mencionada “Drive” ou hino mórbido/cartão postal “Califórnia”. “‘Devils’ nos apresentou ao público dos EUA e, desde então, nunca mais olhamos para trás”, explica sorrindo Jyrki. Eles começaram a frequentar a Sunset Strip de forma regular, tornando-se os noctâmbulos dos bares e clubes de lá. “Foi como uma volta ao lar para nós e, na verdade, nós nunca saímos”, lembra Jyrki. “Toda a ‘vibe’ de Hollywood nos inspirou muito e se encaixa na banda como uma luva. A vida na Califórnia é sempre sonhadora e ofuscada pelo drama. É um lugar irresistível e será uma eterna fonte de inspiração”.
Então, não é de admirar que partes do álbum tenham sido escritas no Hotel Sunset Marquis em West Hollywood, notório local de bebedeira dos Rock ‘n’ Rollers desde os anos 70. “Ele ganhou vida entre Hollywood e Helsinque e, às vezes, até em um avião. Foi um momento muito criativo e edificante. Mais tarde, no estúdio, reunimos as ideias e colocamos ênfase maior na improvisação. Isso não só fez bem às músicas, mas também a nós mesmos”. Como uma banda que funciona há 34 anos, é essencial manter as coisas frescas, embora em um contexto de caixão tudo podre, é claro. No entanto, o verdadeiramente importante é permanecer fiel ao seu credo, à sua missão. “É um estilo de vida”, concorda Jyrki. “Nós realmente somos os vampiros de Helsinki. É a única vida que já conheci e é a melhor vida que jamais existirá. A banda nunca esteve tão ocupada como agora e não poderíamos estar mais felizes depois de todos esses anos. Já vimos de tudo com esta banda e ainda assim estamos mais determinados do que nunca. O The 69 Eyes é uma banda única e eu simplesmente espero que as pessoas gostem tanto quanto nós gostamos”.
E, com certeza, o público vai gostar de “Death of Darkness”. Espalhando-se por dez músicas luxuosamente sombrias, descomplicadamente legais, o décimo terceiro álbum do The 69 Eyes é um dos mais perfeitos e consistentes e com um título que é, obviamente, estiloso e simbólico. Assim como a música da banda. “A banda começou em 1989, então obviamente nossa principal influência vem daquela década gloriosa”, diz o vocalista com uma voz profunda, estilo Elvis, e um sorriso aberto: “O interessante é que agora temos um jovem produtor que não tem idade suficiente para ser um cara dos anos 80. Sua visão nova das coisas realmente adicionou uma camada especial”.
Ao lado de sua marca única de pessimismo, de glam e wham, duas músicas mostram a natureza extraordinária deste álbum: “Gotta Rock”, o cover do clássico dos heróis finlandeses do Rock Boycott, e o destaque secreto do álbum, a balada gótica sulista “This Murder Takes Two”. “John Carter Cash, filho de Johnny Cash, nos procurou para gravar um EP acústico com ele no próprio estúdio de Johnny Cash nos Estados Unidos, Cabin Studios. Fizemos as demos de algumas músicas em potencial, mas no final das contas nunca fizemos essa gravação. Essa música de alguma foram ficou conosco”, lembra Jyrki. “[A música] Não estava completa sem um toque feminino e é por isso que pedimos à nossa boa amiga Kat Von D para cantar nela. É a minha favorita”. E cara, ele não está sozinho nessa.
O ano de 2023 está muito longe dos primeiros dias do novo milênio, quando bandas de Rock Gótico surgiram de todos os cemitérios e os vampiros finlandeses invadiram as paradas musicais em todo o mundo. No entanto, o espírito de pura paixão e o mistério sedutor, o suspense e o sorriso malicioso ainda estão muito vivos no álbum “Death of Darkness”. E não apenas no álbum: “Continuo a usar a mesma jaqueta de couro de antigamente. Simplesmente porque eu posso”, ri Jyrki 69. Realmente um cara de sorte, já que o resto de nós, mortais, apenas ficamos felizes de ainda caberem nas nossas calças pré-pandêmicas.
“Death of Darkness” é um lançamento da parceria Shinigami Records/Atomic Fire Records. Adquira sua cópia clicando aqui.
Fonte: Shinigami Records/Atomic Fire Records