Cryptopsy: já disponível o novo álbum




 
O colosso do Death Metal, Cryptopsy, retorna para mais uma vez esmurrar nossos sentidos com o seu novo álbum intitulado “As Gomorrah Burns”. O quarteto de Montreal apresenta sua poderosa marca registrada setentrional enquanto celebra os seus mais de 30 anos dentro da cena extrema. As explosivas e impiedosas “Lascivious Undivine” e “Flayed the Swine” apresentam um Cryptopsy na sua forma mais intensa e maníaca, enquanto faixas como “In Abeyance” e “The Righteous Lost” nos fazem “dançar” de maneira selvagem. “As Gomorrah Burns” enfatiza o ‘animus’ do álbum favorito dos fãs, “None So Vile” de 1996, e o meticuloso tecnicismo de “And Then You’ll Beg” de 2000, e tudo isso com uma ‘vibe’ notavelmente sinistra.
 
“Enquanto escrevíamos o novo álbum, ficávamos nos perguntando se a música estava ficando muito sombria, muito sinistra”, diz o mestre dos vocais Matt McGachy. “Não tínhamos certeza se encaixaria no reino que o Cryptopsy criou nos últimos 20 anos. À medida que íamos juntando as músicas, vimos a fusão entre escuridão e riffs rítmicos ‘vibrando’ perfeitamente dentro da ‘esfera sonora’ do Cryptopsy. Também queríamos que os nossos riffs respirassem mais pela primeira vez desde ‘None So Vile’. Levamos uma eternidade para escrever e criar esses momentos, então decidimos dar a eles um pouco mais de ar e repeti-los mais vezes do que faríamos no passado”.
 
Desde sua formação, em 1992, até o momento, o Cryptopsy lançou oito álbuns de estúdio, contando já com “As Gomorrah Burns”, que estabeleceram novos padrões no Death Metal com seu ataque sem limitações e musicalidade de alta qualidade. O álbum de estreia, “Blasphemy Made Flesh”, chocou todos os ouvintes enquanto os sucessores “None So Vile”, “Whisper Supremacy” (1998) e “Once Was Not” (2005) posicionaram os canadenses como predadores no topo da cadeia. E o lançamento de “As Gomorrah Burns”, primeiro álbum pela Nuclear Blast Records, reposiciona merecidamente o Cryptopsy para mais um reinado de dominação dentro do Death Metal.
 
Faz 10 anos desde que lançamos nosso álbum autointitulado de forma independente”, diz McGachy. “Fizemos um grande trabalho sendo independentes e investimos muita energia nessa carreira. No entanto, a dinâmica em relação à divulgação online mudou muito desde o início de 2010. Quando lançamos o álbum autointitulado, tudo o que precisávamos fazer era postar no Facebook e nossos fãs saberiam do novo lançamento. À medida que o algoritmo do Facebook ficava mais e mais influenciado pela parte financeira, descobrimos que estava ficando mais difícil a comunicação direta com nossos fãs. É por isso que demos o grande salto quando surgiu a oportunidade de nos juntarmos ao cast de uma das gravadoras mais influentes e importantes da cena Metal”.
 
“As Gomorrah Burns” não é apenas a continuação dos poderosos EPs “The Book of Suffering - Tome I” (2015) e “The Book of Suffering - Tome II” (2018). O álbum é outro trabalho totalmente bestial e destruidor. Gravado ao longo de dois anos durante a época da pandemia, as sessões iniciais do álbum aconteceram em uma cabana nas florestas de Quebec. McGachy chama de “surreal” o terrífico pano de fundo, mas, como em tudo no Cryptopsy, o processo de composição foi árduo, bem árduo. Christian Donaldson foi o principal motivador por trás de “As Gomorrah Burns”. O guitarrista e produtor serviu como capataz e advogado, extraindo de seus companheiros de banda oito camadas de autêntica e crua barbaridade. Se o Cryptopsy era formidável antes de “As Gomorrah Burns”, agora eles são absolutamente monstruosos.
 
“O processo de composição era fragmentado e terrível”, diz McGachy. “Gostamos de nos destruir para chegar à raiz das nossas ideias. Você pega isso e adiciona algumas sessões de composição pelo Zoom, e você obtém algumas situações brutalmente complicadas. Este álbum demorou tanto porque simplesmente não conseguíamos estar todos juntos em uma sala. As pessoas estavam espalhadas por toda parte, e as músicas infelizmente ficaram inacabadas por longos períodos. Estou feliz que Christian nos empurrou, no entanto. ‘As Gomorrah Burns’ é um dos nossos melhores trabalhos até hoje”.
 
Conceitualmente, “As Gomorrah Burns” coloca a história bíblica de Sodoma e Gomorra contra a Internet moderna. A ideia de McGachy era mostrar como ela é tanto o berço da invenção quanto uma fossa de exploração. As histórias são baseadas em incidentes da vida real (stalkers on-line, cultos, desinformação, isolamento e intimidação) mas ornamentadas de forma desonesta para aumentar sua potência. O Cryptopsy contratou o artista italiano Paolo Girardi (Power Trip, Temple of Void) para complementar os temas líricos do velho mundo. Se os mestres renascentistas Hieronymus Bosch e El Greco fossem lançados na mente moderna de McGachy, o resultado seria a impressionante arte de capa de “As Gomorrah Burns”.
 
“Nós realmente amamos o trabalho de Paolo”, diz McGachy. “Assim que tive o conceito do álbum, pesquisei peças de arte renascentista que abordassem o tema de Sodoma e Gomorra. Eu me deparei com uma série de pinturas que retratavam bem a minha ideia em minha mente. Enviei essas pinturas para o Paolo, que pintou a capa em poucos dias. Ele é uma máquina. Todos nós ficamos maravilhados com o que ele criou. A capa se encaixa perfeitamente no álbum”.
 
Tal como aconteceu em “The Unspoken King” (2008) e no autointitulado de 2012, o Cryptopsy pediu para seu colega de banda Donaldson para produzir, mixar e masterizar de “As Gomorrah Burns”. Dom Grimard, famoso por ser membro da banda Ion Dissonance, também fez parte da produção. McGachy diz que demoraram muito mais do que o previsto no estúdio, mas com a direção de Donaldson e com, finalmente, todos na mesma sala após a pandemia, o Cryptopsy conseguiu capturar o recém encontrado vigor (e velocidade) em “As Gomorrah Burns”. Faixas como “Godless Deceiver”, “Ill Ender” e “Praise the Filth” demonstram a maestria do Death Metal de Donaldson.
 
“Trabalhar com Christian é sempre um prazer”, diz McGachy. “Ele é um produtor matador e não hesita na hora de nos pressionar. Ele sabe do que somos capazes e garante nossas melhores tomadas. Claro, queríamos que o álbum fosse um álbum do Cryptopsy. Cryptopsy tem um legado tão honorável que queríamos capturar essas ‘vibes’ e ainda ser relevantes. Queríamos incluir muitos ‘Easter Egg’ clássicos, mas ainda ter algo novo. Colocamos algumas novas vibes no grupo, mas ainda é 100% Cryptopsy”.
 
Agressivo ao extremo, mas ponderado em sua totalidade, “As Gomorrah Burns” - com músicas como “In Abeyance”, “Flayed the Swine” e “Lascivious Undivine” - penetra na mundanidade de forma completa e implacável. Este é um Death Metal sem quartel, do tipo que nosso mundo belicoso precisava e apenas o Cryptopsy poderia oferecer.
 
“Estamos de volta”, diz McGachy. “Quero que nossos fãs saibam que somos mais do que uma banda legendária. Sim, tivemos muitos álbuns ‘cult’ e favoritos - como
None So Vile - mas estamos criando música extrema moderna e relevante 30 anos depois. Estamos muito orgulhosos de ‘As Gomorrah Burns’ e mal podemos esperar para que você o ouça!”.
 
Um lançamento da parceria Shinigami Records/Nuclear Blast Records. Adquira sua cópia aqui.
 
Fonte: Shinigami Records/Nuclear Blast Records