Pain: novo álbum já à venda no Brasil
Nos encontramos em 2021 e uma pandemia está sufocando o mundo e ninguém parece estar se divertindo. Aparentemente incansável, o fanático por música Peter Tägtgren não está nem aí, pois tirou a sorte grande com, perdão pelo linguajar, um fodido e cativante... bem, hino de festa. É claro que estamos falando da música “Party in My Head” do projeto de Metal com infusão de sintetizadores de Tägtgren, o Pain.
“Eu realmente não sei o que tem em ‘Party in My Head’ que fez - e ainda faz - com que as pessoas enlouqueçam por ela... Mas o que eu sei com certeza é que a música já foi ouvida milhões e milhões de vezes. Os números são muito loucos! É claro que o Pain não é estranho ao fato de compor músicas dançantes e cativantes, embora metaleiras... Isso sempre esteve no DNA desse projeto. Mas vamos encarar os fatos: se o mundo realmente precisa de ‘hinos de festa’ de um velhote cínico como eu, algo está muito errado”, disse Peter rindo.
Nosso amado planeta pode estar ferrado, mas ainda não parece haver muita coisa errada no mundo do Pain, já que 2024 avança rapidamente no calendário. Simplesmente não pode haver, porque o tão aguardado novo álbum de estúdio do Pain, “I Am”, já viu a luz do dia. Sim, depois de oito anos de devotada espera.
“O disco anterior, ‘Coming Home’, foi lançado em 2016 e, claro, houve uma turnê depois disso. Em 2019, lancei um álbum chamado ‘F & M’ com o vocalista do Rammstein, Till Lindemann, um projeto que deixei em 2020. Em 2021, chegou a hora de minha banda de Death Metal Hypocrisy voltar à ativa com um novo álbum, ‘Worship’, e é claro que fizemos uma nova turnê. Se isso não bastasse, vamos acrescentar que houve um álbum de estúdio com Joe Lynn Turner em 2022... Em outras palavras: os últimos oito anos se passaram em um piscar de olhos”, relembra Peter suspirando. “Depois de tudo isso, era o momento perfeito para o Pain voltar com força total. Eu estava animado, para dizer o mínimo. Não é preciso dizer que o sucesso de ‘Party in My Head’ deu ao processo do álbum um início explosivo!”.
Vamos deixar uma coisa bem clara aqui: o poderoso som de “I Am” é realmente um míssil musical versátil, se não o mais versátil, dentro da rica discografia do Pain. As novas músicas vão a todos os lugares com riffs industriais pesados, perturbadoras ‘vibes’ melancólicas e ritmos cheios de groove. Sem esquecer, é claro, das surpresas.
“Não há limites com o Pain. Eu simplesmente tenho uma ideia interessante para uma música e, ao longo do caminho, ela pode se transformar em qualquer coisa. Às vezes, também gosto de surpreender deliberadamente as pessoas, seguindo um caminho musical empolgante onde coisas inesperadas acontecem”, descreve Peter. “Se eu tivesse um grande objetivo desta vez, era adicionar mais intensidade e ousadia às músicas. ‘Coming Home’ ficou ótimo, mas olhando para trás agora, talvez eu estivesse um pouco envolvido demais na minha ‘adoração por David Bowie’ com o material orquestral e os violões. Desta vez, eu definitivamente queria mais ritmo, agressividade e uma atmosfera industrial. Voltando aos velhos tempos do Pain? Talvez um pouco...”.
“‘I Am’ também é mais assunto de família do que nunca. Meu filho Sebastian - também baterista do Pain - escreveu as músicas de ‘Revolution’ e ‘Don’t Wake the Dead’. Essas canções envolventes dão mais amplitude a um álbum já versátil. Em suma, concluir ‘I Am’ exigiu muita composição, escrita, pensamento, experimentações, fazer e refazer. Foi um processo longo e às vezes desafiador, mas nunca doloroso!”.
Falando em surpresas... Qual música mais surpreenderá os fãs desta vez? “Deve ser ‘Go With the Flow’. Me atrevo a falar que, quando ela começar a rolar, até mesmo os conhecedores mais profundos da música do Pain ficarão se perguntando o que diabos está acontecendo aqui. Eu diria que é a minha música ‘Depeche Mode dos anos 80’”, disse Peter rindo.
“Liricamente, ‘Go With the Flow’ representa um momento um pouco mais brilhante na escuridão. Sempre tenho a tendência de pensar que tudo está indo para o inferno, mas com essa música eu digo a mim mesmo: ‘sem essa cara, deixe as coisas acontecerem de uma vez por todas e siga o fluxo’”.
Pode haver esses raros raios de luz vindos de um farol, mas a escuridão ainda prevalece.
“A faixa-título do álbum começa com a frase ‘there’s no hope in the valley of death’ [‘não há esperança no vale da morte’ em português]. E se eu der uma olhada na letra, poderia encontrar muitos outros exemplos semelhantes de humor sinistro. Mas gente, o que você espera de um cara sarcástico como eu e destes tempos sombrios em que vivemos... uma face ensolarada? Bem, com sol ou sem sol, o Pain estará ocupado em um futuro próximo. Haverá muitas turnês para apoiar o disco. Festivais de verão, turnês extensas aqui e ali e muito mais”, disse Peter.
“E afinal, quanto ao futuro? Pergunte-me novamente daqui a oito anos e haverá alguns álbuns de estúdio de diferentes bandas, muitos shows e algo mais. Sim, eu sou o que ‘Eu Sou’ [NdT: Jogo de palavras com o título do álbum ‘I Am’]...”.
Um lançamento da parceria Shinigami Records/Nuclear Blast Records. Adquira sua cópia clicando aqui.
Fonte: Shinigami Records/Nuclear Blast Records