Simone Simons: primeiro álbum solo já disponível no Brasil




 
Há mais de 20 anos, desde que era apenas uma adolescente, Simone Simons encabeça a cena do Metal Sinfônico. Como vocalista, ícone e modelo para toda uma geração de metalheads femininas, a vocalista do Epica continua sendo uma das figuras-chave mais proeminentes dentro do estilo e do Metal em geral. Depois de oito álbuns e inúmeras turnês globais com a sua banda principal, Simone Simons finalmente encontrou tempo para lançar o seu primeiro álbum solo. Algo que levou 15 anos para ser feito! Mas a sua estreia de tirar o fôlego, intitulado “Vermillion”, é um feito impressionante que narra seu passado histórico, bem como sua ascensão à fama, e mostra suas muitas e diferentes influências, que vão desde o Rock Progressivo até as trilhas sonoras, desde o Metal até o Eletrônico.
 
Sobre a demora para incursionar na sua tão esperada carreira solo, a cantora holandesa diz com um sorriso que desarma qualquer um: “O Epica é a minha prioridade e sempre tenho a liberdade de fazer outros projetos musicais além da minha carreira no Epica. Mesmo assim, nunca tive tempo para mergulhar em um projeto desta forma”.
 
Alguns empreendimentos exigem paciência e tempo, e com toda razão. Simone optou por não apressar o seu projeto solo, optando, em vez disso, por considerar cuidadosamente como ela queria se apresentar. E é aí que entra em cena o grande Arjen Lucassen (Ayreon). Seu parceiro musical de longa data conhece muito bem sua exorbitante voz operística. Juntos, eles criaram um universo sonoro adequado à figura influente que ela é. E enquanto muitos se esforçariam para se afastar de forma radical e até provocativa de tudo o que eles representam, Simone permanece fiel ao seu amor por melodias épicas, refrões espetaculares e uma música monumental e inteligente.
 
“O Metal tem meu coração e o Arjen também”, diz Simone rindo. “Eu me apaixonei pela música de Ayreon quando tinha 16 anos. Sempre foi meu sonho trabalhar com Arjen. Muitos anos e participações no Ayreon depois, entrei em contato com Arjen dizendo que adoraria escrever um álbum inteiro com ele. Isso deve ter sido há cerca de cinco ou seis anos. Conversamos um com o outro de vez em quando, mas estávamos ambos sobrecarregados e não podíamos nos comprometer com tal projeto. Agora, foi o momento certo para nós dois. Nossas agendas lotadas tinham um espaço em branco para que esse projeto se concretizasse. Então ‘Vermillion’ nasceu”.
 
Porém, não devemos esperar uma mera fusão do Epica e do Ayreon. Embora ecos do DNA único de ambos os artistas ressoem nas enormes, poderosas e cinematográficas composições, “Vermillion” permanece como uma vitrine única para esta inédita colaboração destas duas excepcionais mentes musicais. “Estou muito grata por poder trabalhar com um músico tão talentoso e trabalhador”, diz Simone. “Você pode dizer que Arjen e eu trabalhamos com o coração... tudo o que fazemos vem do coração. Temos uma forte conexão e acho que você poderá ouvir isso na música”.
 
Mesmo para um veterano das gravações como Arjen Lucassen, que já trabalhou em mais de 40 álbuns em sua longa carreira, este projeto foi único. “Para mim foi um verdadeiro desafio chegar a um material que a Simone gostasse”, afirma. “Eu tenho que dizer que ela é muito honesta, ela me dizia claramente quando não gostava de alguma coisa! Mas eu realmente sinto que isso tirou o melhor de mim e me fez trabalhar mais. Normalmente sou meu próprio patrão e escrevo apenas para mim mesmo, mas agora tinha que agradar outra pessoa. Eu realmente amo essa pressão, ela me mantém focado! E foi muito reconfortante saber que ela sempre elevaria as músicas com sua entrega incrível”. Na etapa seguinte, Simone criou os títulos das músicas, os assuntos e fragmentos das letras das músicas que foram escritas em conjunto com a parceira de Arjen, Lori Linstruth.
 
A atuação de Simone no álbum é verdadeiramente atraente e extremamente versátil. Ela canta como se a sua vida dependesse disso, mostrando o seu grande alcance vocal e diversidade como nunca antes: indo da Ópera ao Metal Sinfônico, do melodrama atmosférico ao Rock Alternativo. Segundo Arjen: “Desde o início eu sabia que queria capturar neste álbum as muitas facetas da voz de Simone e seu incrível alcance: o lado suave e sedutor, o estilo de ópera clássica e os seus gritos altamente poderosos. Ela pode fazer tudo, então vamos exibi-la de todas as maneiras!”. Para Simone, esse extraordinário feito também foi conquistado pela frutífera parceria. “Adoro o trabalho do Arjen e ele escreveu as músicas que combinam com a minha voz”, diz ela. “Ele é um mestre em criar melodias mágicas. O que sempre me fascinou foi o quão emotiva e melancólica é a sua música. Ele me levou para o próximo nível com este álbum. Eu me esforço para melhorar com cada obra de arte que crio”. A sinergia desta colaboração resultou em um álbum que enriquece o gênero com a sua essência Rock/Metal cativante e sinfônica.
 
Escrito e gravado no próprio estúdio de Arjen Lucassen na Holanda durante várias sessões iniciadas no verão europeu passado, “Vermillion” evoluiu lentamente para um corpo musical imponente, impressionante e emocionante, unido pela cor vermelha como tema comum. “Queríamos um bom equilíbrio entre música pesada e atmosférica”, diz Arjen. “Trazer alguns elementos industriais, bem como algumas coisas progressivas. Queríamos uma grande variedade nas músicas. Mas o mais importante para mim são as melodias vocais e as progressões de acordes. E cada música tinha que ter um groove muito legal!”.
 
O conteúdo lírico desta aguardada estreia é tão versátil quanto a sua composição musical, abordando questões contemporâneas como IA e degradação ambiental, juntamente com vislumbres íntimos das experiências e reflexões pessoais de Simone. Narrando relacionamentos, os altos e baixos inevitáveis da vida, cada uma das músicas de “Vermillion” mostra uma Simone Simons cantando com todo o coração. “A música é uma terapia tanto para o artista quanto para o ouvinte”, diz ela. “Tiramos dela tudo o que podemos, aprendemos à medida que envelhecemos e ficamos mais sábios, vivemos situações de vida semelhantes, respiramos o mesmo ar. Sou grata por poder canalizar meu amor pela vida e pela arte através da música e fazer as pessoas sentirem algo”.
 
Uma vantagem de ser Simone Simons, claro, é ter uma lista impressionante de músicos convidados a apenas um telefonema de distância. Ao lado de Arjen em uma infinidade de instrumentos, de Rob van der Loo no baixo e de Koen Herfst na bateria, temos a vocalista Alissa White-Gluz do Arch Enemy como convidada em “Cradle To The Grave”, Perttu Kivilaakso do Apocalyptica adicionando seu mágico violoncelo à monumental faixa que encerra o álbum “Dark Night of the Soul”, e o seu confidente e colega do Epica, Mark Jansen, aportando seus abissais grunhidos em “The Core” e “R.E.D.”. Esta última é uma ameaçante música animada por um coral poderoso e desenfreado, formado pelo Epica inteiro e muitos outros amigos.
 
Com certeza, todos os ouvintes têm grandes expectativas do primeiro trabalho solo de Simone Simons. E “Vermillion” não decepciona, surgindo como um gerador gigantesco de arrepios, um tour de force estelar e universalmente comovente. Da obra-prima “Aeterna” à vibração sutil do Pink Floyd de “In Love We Rust” e ao Heavy Industrial de “Cradle To The Grave”, este álbum é uma jornada inesquecível, evocativa e deslumbrante mais do que qualquer outra coisa, uma impressionante joia na coroa de conquistas de Simone. “É um álbum muito sincero e às vezes comovente”, concorda a cantora. “Acho que se conseguimos que as pessoas fiquem arrepiadas, façam headbanging e talvez derramem algumas lágrimas, teremos sucesso. Arjen e eu combinamos forças e tiramos o melhor de cada um”. Podemos agradecer a Simone por ter levado o tempo necessário para chegar neste ponto, pois a longa espera por este momento realmente valeu a pena.
 
Um lançamento da parceria entre Shinigami Records e a Nuclear Blast Records. Adquira sua cópia clicando aqui.
 
Fonte: Shinigami Records/Nuclear Blast Records