Reviolence: entrevista para site russo
A banda Reviolence recentemente concedeu uma entrevista para o site russo Metal Cat – um dos mais importantes do país -, capitaneado pela fotógrafa Larissa, profissional que cobre todos os grandes festivais de Metal da Europa.
Na entrevista a banda fala, entre outras coisas, sobre o lançamento de “Modern Beast” e a fase atual do grupo. Abaixo segue um excerto traduzido:
No ano passado, os brasileiros estreantes do Reviolence, que misturam em sua música riffs Thrash ‘Old School’ com solos de guitarra neoclássica, finalmente lançam seu tão esperado álbum de estreia chamado “Modern Beast”. Inicialmente, esta entrevista foi planejada para ser realizada imediatamente após isso. Mas as circunstâncias nos forçaram o contrário. Logo após o lançamento de “Modern Beast”, a banda ficou sem seu vocalista outra vez. Alguns meses depois quando o Reviolence encontrou seu novo vocalista, lançam o single “King Of The Night” para apresentar aos fãs seu novo membro. Só mais uma questão de falar, certo? Então Cat Metal está entrevistando três membros do Reviolence: o baterista Edson Grasseffi, o guitarrista Guilherme Spilack e a nova voz do Reviolence – o vocalista Ralph Wiltemburg.
Primeiro de tudo, meus parabéns (um pouco tarde) pelo seu álbum de estreia. Como está a resposta para o CD “Modern Beast”?
Guilherme: Olá Larissa! Obrigado pela atenção com o Reviolence mais uma vez! “Modern Beast” teve uma boa resposta, com certeza. Trouxe-nos várias resenhas positivas, ótimos comentários da mídia especializada, sem falar do público. As músicas tocam em várias web rádios e depois que o disco foi parar na Web, o número de downloads foi enorme!
Edson: Temos tido uma boa resposta desse álbum e também uma boa resposta para o novo single, agradeço a todos que nos apoiaram até o momento desse lançamento.
Porque a gravação de “Modern Beast” demorou tanto?
Guilherme: Na verdade, a demora de “Modern Beast” foi o tempo para aparecer um vocalista à altura do trabalho. As músicas foram compostas no período de 2007 até início de 2009; trabalhei nesse disco desde que entrei no Reviolence; tínhamos todas as bases e solos prontos e passamos esse tempo sem vocal, até a entrada do vocalista de “Modern Beast”, aí houve aquele período de adaptação e, enfim, o álbum foi gravado.
As várias trocas de vocalistas atrapalharam o processo de gravação do “Modern Beast”?
Guilherme: Na verdade, não. No nosso processo de composição, a parte vocal é a última a ser trabalhada. Primeiro fechamos as bases, eu já as gravo em meu estúdio e passo para os caras, depois tocamos em ensaios e, por fim, o vocalista traz a melodia para a música. No caso de “Modern Beast”, estava tudo gravado, com as letras definidas. Só faltava ao vocalista encaixar a sua voz.
Edson: Nada mudou porque tínhamos em mente o que queríamos com o som da banda, é claro que a mudança de um vocalista gera expectativas, mas a espírito da banda esteve lá em todas as fases… E ele não vai deixar de existir.
Qual a principal razão para essa troca de vocalistas?
Edson: Bem, o vocalista de “Modern Beast” queria ter mais de uma banda para trabalhar. Para o Reviolence isso ficou incompatível e ele não esta mais conosco agora.
Infelizmente o autor das letras e músicas não estão mencionados no encarte. Quem é o compositor e letrista principal do Reviolence agora?
Guilherme: Sem dúvida, o Edson. O Cliff tem algumas contribuições, mas a maior parte das letras vem do Edson. Eu, particularmente, não gosto de escrever letras… Nunca sai nada do meu gosto.
Edson: Eu sempre escrevi, desde bem novo nas minhas primeiras bandas eu sempre compus as letras, é algo natural para mim. Gosto de poder expressar minhas ideias através delas, fazer chegar o que penso ao maior número de pessoas. Eu procuro seguir um padrão de temáticas, porque as pessoas já esperam isso das nossas letras, mas mesmo assim, durante o processo de composição algumas ideias ficam de fora, porque não encaixam com a proposta do Reviolence ou são loucas demais para serem usadas.
Você toca em assuntos sérios em suas letras (como a poluição do meio ambiente). Que parte da música - letra ou música - é mais importante pra você?
Guilherme: Eu gosto da letra de “Modern Beast”, de como o personagem se coloca na história, para ele, é como se ele estivesse à altura dos deuses, enquanto, na verdade, ele é um grande ‘motherfucker’!
Edson: Como eu disse, eu sempre uso experiências pessoais como base para escrever, acho que por isso muita gente tem se identificado com as letras. Por exemplo, certa vez entrei no Orkut e vi que um garoto usava a letra de “Zero of Me” para se descrever. Isso é fantástico, poder escrever e atingir as pessoas! Eu gosto de falar do mundo em que vivemos de uma forma mais direta, acredito que o próximo disco será mais politizado, mas terá um pouco das loucuras das quais gosto de falar.
Edson, talvez isso não seja uma pergunta correta, mas você já pensou em pedir para o Guilherme ou Maurício para cantar? Ambos fazem backing vocals ao vivo, como eu vi em seus vídeos ao vivo.
Edson: Sim, eu já fiz isso enquanto nós procurávamos vocalistas, eu mesmo tentei cantar, mas todos os arranjos musicais do Reviolence não nos permitem cantar ao mesmo tempo, seria desastroso… Definitivamente nós precisamos de um vocalista berrando lá na frente.
Como você encontrou seu mais recente vocalista, Ralph?
Edson: Eu já conhecia o Ralph de outra época, quando estávamos procurando vocalistas. Ele tinha um cabelo gigante e cantava em outra banda. Depois o cara virou guitarrista de uma banda de Death Metal e não tinha tempo para outra banda. Quando tudo isso aconteceu e saímos como malucos atrás de um vocal, resolvi ligar para ele novamente. Para nossa sorte ele já estava sem banda e aceitou na hora. Mas seu cabelo já tinha ido embora! (risos)
Para ler a entrevista completa em português clique aqui.
Para ler a entrevista original em inglês clique aqui.
Contato para shows e merchandise: [email protected].
Sites relacionados:
www.reviolencemetal.com
www.myspacecom/reviolence
www.metalmedia.com.br/reviolence