JUSTABELI



 

O Justabeli surgiu em setembro de 2001, na região do ABC Paulista, tendo como formação inicial W. Feres (baixo e vocal), Anderson (guitarra) e Melquisedec (bateria). A proposta foi sempre à mesma: tocar Death Metal, de forma brutal e agressiva, mas apresentando técnica e músicas atrativas, fato este comprovado nas Demos lançadas. Recentemente a banda lançou seu primeiro álbum, “Hell War”, via Impaled Records, que já vem rendendo bons frutos à banda. O número de shows aumentou, assim como a curiosidade do público em conhecer o som do Justabeli. Após várias mudanças, a formação atual da banda é composta por Malus P.P. (bateria), D. Ferrete e Anderson B.W. (guitarras) e W. Feres (baixo e vocal), e este último que nos fala um pouco sobre a atual situação da banda.

 

Recife Metal Law – Após três Demos lançadas, finalmente o Justabeli chegou ao seu tão esperado primeiro álbum, intitulado “Hell War”. Como foi todo o processo de composição e gravação desse álbum?

W. Feres – “Hell War” é composto por músicas novas e antigas, que foram regravadas, ou seja, o CD conta com todas as músicas compostas pela banda até a gravação do álbum.

 

Recife Metal Law – Achei a gravação desse álbum um pouco abafada, nada que chegue a interferir no resultado final ou que atrapalhe a audição. O resultado final do álbum agradou a todos da banda?

W. Feres – Agradou sim. O Justabeli sempre teve como proposta tocar Death Metal ‘old school’, por isso você pode ter tido essa impressão de uma sonoridade abafada, pois não temos intenção de sermos modernos.

 

Recife Metal Law – Apesar do encarte não trazer as letras das músicas, é notório que algumas faixas, assim como a capa e o título do álbum entregam, falam sobre guerras. Esse é o tema central de “Hell War”: as guerras?

W. Feres – Com certeza a temática lírica do Justabeli sempre foi guerras e paganismo.

 

Recife Metal Law – No término da música “Sleep of Death” existe uma parte bem agonizante, como se fosse um soldado ferido pedindo para não morrer, ou algo do tipo. O que realmente existe ao final dessa música e qual a razão para que fosse inserido no álbum?

W. Feres – “Sleep of Death” fala sobre um soldado que exercia a função de médico. Esse soldado foi metralhado em uma operação, e seus companheiros perguntaram o que poderia ser feito para ajudá-lo... Já que ele sabia que sua morte era certa, pediu morfina em grande quantidade. Após isso ele começa a ter delírios, ou seja, o sono da morte.

 

Recife Metal Law – Esse álbum foi lançado pela Impaled Records. Como foi que a banda chegou ao selo e de que forma vem sendo trabalhada a divulgação desse álbum. Existe alguma espécie de divulgação no exterior?

W. Feres – Entregamos uma matriz para o Marcelo, dono da Impaled. Ele organiza shows de Metal extremo e já nos conhecia. Quando ouviu nosso CD, gostou, conversamos e ele lançou “Hell War”. O ‘debut’ está sendo divulgado tanto no Brasil quanto no exterior.

 

Recife Metal Law – Em algumas músicas vocês lançaram mão do uso de teclados, algo que deixou o som de vocês bem perto do que o Sarcófago já fez e do que o Morbid Angel faz. Quem foi o responsável pelas partes de teclados que constam em “Hell War”?

W. Feres – O responsável pelos teclados foi Mortum (Prophetic Age). Nós nos conhecemos há muitos anos e ele sabia muito bem qual era nossa proposta em relação aos climas atmosféricos, aí ficou fácil e satisfatório para nós, tendo tudo a ver com o contexto das letras.

 

Recife Metal Law – Por que vocês decidiram colocar três faixas bônus no álbum, além de um vídeo para “Hell War”. Qual foi a real intenção para se colocar esse vídeo no álbum?

W. Feres – As três faixas bônus, apesar de serem ao vivo, possuem uma qualidade sonora muito boa, por isso merecem estar lá. Em relação ao vídeo-clipe, quando eu e o Anderson “Black Warrior” fundamos o Justabeli, em meados de 2001, “Hell War” foi nossa primeira composição. Fazer um vídeo dessa música foi um presente para nós mesmos. Nesse vídeo também o pessoal pode ter uma idéia de como a banda se porta ao vivo.

 

Recife Metal Law – O que foi que mudou para o Justabeli após o lançamento de seu primeiro disco? O número de shows e propostas para tocar aumentou?

W. Feres – Os convites para shows aumentaram bastante e o interesse dos bangers em conhecer o Justabeli também.

 

Recife Metal Law – Existem grandes destaques nesse álbum, sendo um deles a música “Grito de Guerra”, até mesmo por ser cantada em português. Existe uma grande leva de bandas cantando em nosso idioma pátrio, porém qual foi à razão para vocês gravassem uma música em português? Vocês pensam em fazer outras músicas em nosso idioma?

W. Feres – A intenção é realmente mostrar para a cena nacional nossa revolta contra a hipocrisia, religião e política desse país, que vive em uma guerra urbana diariamente. Em nosso próximo álbum terá, sim, mais um som cantado em português.

 

Recife Metal Law – Quais são os planos e principais metas do Justabeli para 2009?

W. Feres – Primeiramente quero agradecer ao Recife Metal Law pelo apoio e precioso suporte! Os planos para 2009 é continuar divulgando “Hell War”, fazendo shows infernais e no final do ano entrar em estúdio para gravar mais uma desgraceira!

 

Contatos: A/C Walter Feres. Rua România, 325 – Jardim das Nações. Diadema/SP. CEP: 09.940-020.

E-mail: [email protected]

Site: www.myspace.com/justabeli

 

Entrevista por Valterlir Mendes

Fotos: Divulgação