HAZY HAMLET





 
 
 
São dez anos de luta árdua em nome do Heavy Metal. Nem todos os problemas que surgiram foram capazes de parar o Hazy Hamlet, banda paranaense que já lançou diversos materiais no cenário Underground, e agora em 2009, para celebrar os seus dez anos de atividades, lançam o ótimo “Forging Metal”, seu primeiro álbum de estúdio. Esse álbum foi lançado de forma independente, porém com bastante trabalho a banda vem divulgando o mesmo, e já começa a colher os frutos, alcançando boas notas nos meios de divulgação especializados. Além disso, a banda conta com uma boa leva de admiradores em outros países, principalmente na Alemanha. Depois de algumas mudanças em sua formação, a última após a gravação de “Forging Metal”, a banda estabilizou seu ‘line up’ com Arthur Migotto (vocal), Julio Bertin (guitarra), Fábio Nakahara (baixo) e Cadu Madera (bateria). Com a palavra o simpático vocalista Arthur Migotto, que nos fala mais da história do Hazy Hamlet, suas dificuldades para se manter ativa, do ‘debut’ álbum, entre outros tópicos.
 
 
 
 
Recife Metal Law – O Hazy Hamlet surgiu em 1999, ou seja, já se vão dez anos de banda! Como vocês analisam uma década de luta no meio Underground?
Arthur Migotto – Acredito que posso resumir em uma palavra: amadurecimento. Quando o Hazy Hamlet começou, era apenas um grupo de amigos querendo se divertir. Hoje estamos aí, trabalhando arduamente pra divulgar um álbum independente, que achamos que nunca iria ser lançado; que é o símbolo de nossos esforços e gostos. É claro que nos divertimos muito no palco. Esse é o objetivo principal, a alma do Rock And Roll. Mas optamos por levar a banda adiante, realizando um trabalho muito sério e profissional, e foi o contraste dos bons e maus momentos vividos pela banda que nos deu o amadurecimento necessário para tanto, e já podemos ver o resultado na repercussão que o álbum está tendo.
 
 
 
 
Recife Metal Law – A banda já passou por algumas mudanças em sua formação, inclusive, você, Arthur, não é o vocalista da formação original. O primeiro vocalista foi Mário Bertin, irmão do guitarrista Júlio Bertin, que chegou a gravar a Demo “Hazy Tales”. Por que Mário não continuou e como chegaram até tua pessoa?
Arthur – No segundo semestre de 2001, Mário teve alguns problemas nas cordas vocais e teve que ficar um tempo parado para o tratamento. O grupo optou por não marcar shows, mas continuar ensaiando, e me convidou para esse cargo temporário. Como minha banda anterior (Orion) havia encerrado suas atividades já havia bom um tempo, achei ótimo para não ficar parado. Ensaiamos assim por uns dois ou três meses. Mário voltou, mas logo ao fim do ano anunciou que se mudaria para São Paulo para dar continuidade a seus projetos acadêmicos, realizando mestrado em Física. Como a banda queria ir adiante com seus planos, amigavelmente o irmão do Júlio acabou saindo e o grupo me convidou para assumir o posto de vocalista. Claro que para ter certeza que estava realmente tudo bem eu mesmo fui pessoalmente conversar com o “Marião”, que me deu carta branca e se mostrou muito feliz por ser eu a assumir o seu lugar. Ele é um grande amigo, de caráter e alto carisma, e chegou a cantar com Júlio, (Fábio) Naka e Cadu novamente em um projeto de Hard Rock ‘setentista’, que era ótimo, mas infelizmente não durou muito tempo. Atualmente ele está terminando seu doutorado. Eu que me cuide... (risos)
 
 
 
 
Recife Metal Law – O nome Hazy Hamlet significa “Aldeia Enevoada”. Sempre achei o nome da banda bem curioso, apesar de não haver tanta curiosidade assim quando traduzido. Quem é o autor do nome da banda e como ele se encaixa em sua sonoridade?
Arthur – O autor do nome é o Fábio Nakahara, baixista e fundador da banda. Quando o grupo foi criado, surgiu sob o nome de Phantom, mas assim que começaram os shows ele acabou rebatizando-o de Hazy Hamlet. Ele fugiu de um nome comum, ‘clichezão’, para outro que as pessoas no Brasil mal conseguiam pronunciar! (risos) Mas tudo bem, pois felizmente ao menos sabemos que não há outra banda com esse mesmo nome no mundo. Sobre seu significado, acreditamos que tem tudo a ver com nosso som. Acreditamos que vivemos em um mundo sombrio, onde as verdades são sempre ocultas por questões de interesses; uma densa névoa de mentiras. Interesses de grandes corporações, das igrejas, dos políticos, da mídia – por aqueles que detêm alguma forma de poder e imposição. Nós não só cremos no que nos é imposto, como ainda aceitamos tudo como algo normal, e achamos que está tudo bem! Este enorme planeta não passa de uma pequena aldeia enevoada. E isso tem muito a ver com algumas de nossas letras, que tratam de assuntos como guerras e a degradação humana.
 
 
 
 
Recife Metal Law – Nesses dez anos de atividades, a banda lançou a Demo “Hazy Tales”, o EP “Revelation” e o single virtual “Chrome Heart”. Como foi a divulgação e a recepção de cada um desses lançamentos?
Arthur – Para a estrutura que tínhamos, podemos dizer que a recepção foi ótima, e divulgamos tudo de modo independente, com ajuda de nosso site. Houve grande interesse dos Headbangers, muitas resenhas favoráveis da mídia especializada e muitos pedidos do exterior, como Grécia, Coréia do Norte, Japão, mas, principalmente, da Alemanha. Vendemos mais Demos para a Alemanha do que aqui no Brasil. Conseguimos realizar bons shows, e por executarmos um estilo ‘neutro’, tivemos ótima repercussão tocando tanto ao lado de Angra ou Shaman, como de Torture Squad ou Pandemia (República Tcheca).
 
 
 
Recife Metal Law – Sobre o “Chrome Heart”, se eu não me engano, não foi lançado fisicamente, e a banda optou apenas por lançá-lo de forma virtual. Por que vocês tomaram essa decisão?
Arthur – Primeiramente queríamos lançar logo alguma música que representasse a mudança de direção do som da banda. Havíamos nos reduzido a um quarteto, e estávamos querendo realizar um som mais tradicional. “Chrome Heart” era uma boa representante dessa transição. Além disso, ela foi um teste de estúdio e uma prévia do que os bangers encontrariam no álbum que estava planejado para sair em 2005. Infelizmente vieram todos os problemas...
 
 
 
 
Recife Metal Law – Agora em 2009 vocês soltaram no mercado o tão aguardado álbum de estréia “Forging Metal”. As gravações desse álbum foram bem vagarosas e o material demorou cerca de quatro anos para ser lançado. A que se deveu essa demora para a gravação do ‘debut’ álbum?
Arthur – Tudo foi difícil para nós. A primeira gravação de bateria ficou com um timbre horrível. O Hermano (baterista na época) se propôs a gravar tudo de novo, mas acabou lesionando o calcâneo antes de entrar no estúdio. Depois da bateria, o Naka acabou fraturando um dedo e imobilizando a mão antes de gravar o baixo. No dia dos testes de timbre de gravação da guitarra, uma oscilação de energia queimou as válvulas de seu amplificador, e tivemos que encomendar e aguardar. Depois tivemos problemas com o dono do estúdio (mentiras e enrolação), na mixagem, para conseguir os dados burocráticos, a troca de baterista antes do lançamento, problemas com o pessoal da prensagem... Por muito pouco não desistimos e encerramos as atividades. Quem quer que tenha feito a ‘mandinga’, fez um trabalho muito bem feito. (risos)
 
 
 
 
Recife Metal Law – Esse álbum conta com dez músicas, sendo cinco inéditas e as outras cinco regravações de músicas já lançadas nos materiais anteriores do Hazy Hamlet. Foi cogitada a possibilidade de lançar um álbum contendo apenas músicas inéditas?
Arthur – Na verdade não, por nenhum momento. Há muito tempo já temos idéias para músicas novas que estão aguardando o momento de serem trabalhadas, mas a idéia do disco era essa que está aí, e muita gente estava cobrando os sons antigos mais bem gravados. Não havia uma música favorita, todas as músicas eram citadas em algum momento, e tínhamos que escolher algumas para a regravação. De qualquer forma, é legal para acompanhar a evolução do som da banda, e dá uma diversidade muito agradável ao álbum.
 
 
 
 
Recife Metal Law – Confesso, gostei muito desse álbum, por soar honesto e com as raízes totalmente fincadas no velho Heavy Metal. De certo não encontraremos nenhuma inovação no som do Hazy Hamlet, mas é justamente isso que chama a atenção. Como tem sido a receptividade desse álbum, tanto pela mídia como pelo público Headbanger?
Arthur – Massa, Valterlir! Fico muito honrado de saber que curtiu o disco e que tenha enxergado essa honestidade e as nossas raízes. Isso é um ótimo sinal! A repercussão tem sido excelente, e confesso que acima do que esperávamos, por ser um material independente. Embora o disco tenha sido largamente pirateado por aí, estamos recebendo pedidos de quem gosta de colecionar o álbum com encarte e tudo, e esse apoio é essencial para que possamos dar continuidade ao trabalho de divulgação. A resposta da mídia também está incrível! Até agora só recebemos notas com 80% de aceitação ou mais! Nós sabemos que notas menores e muitas críticas ainda virão, mas já estávamos preparados, esperando isso para antes, então tudo até agora tem nos dado uma motivação enorme! Vale ressaltar ainda a repercussão no exterior. Por incrível que pareça estamos recebendo um apoio ainda maior do exterior do que aqui do Brasil. Trabalhamos duro e tentamos fazer um álbum bem caprichado pra representar nosso país por lá, e estamos muitíssimo satisfeitos com o resultado até agora.
 
 
 
 
Recife Metal Law – Apesar de apresentar uma sonoridade consistente entre as músicas, as minhas preferidas são “Black Masquerade”, “Forging Metal” e “The Faces of Illusion”. Quais músicas são as preferidas da banda e quais estão tendo maior respaldo junto ao público?
Arthur – Olha, essa pergunta é mais difícil que aquela das dificuldades que a banda enfrentou. (risos) O álbum tem músicas rápidas, cadenciadas, trabalhadas, Rock And Roll. É difícil escolher uma, pois a gente ouve desde o Hard ‘70 até o Thrash ‘80! Acredito que entre nós, pelo que sinto nos ensaios, “Metal Revolution”, “Forging Metal” e “Chariot of Thor” são as preferidas, mas mais pelos riffs e bases, que são divertidos de tocar. Quanto ao público, não vou conseguir citar. Cada pessoa nos diz que uma música diferente é sua preferida, e já ouvimos comentários de todas, literalmente. Isso nos deixa muito feliz, e será muito difícil repetir isso num álbum futuro. Teremos uma enorme responsabilidade.
 
 
 
 
Recife Metal Law – As letras falam de assuntos variados, entre eles Heavy Metal, a mitologia nórdica e os vikings. Como surgiu a fascinação da banda por Odin, Thor e os Vikings?
Arthur – Isso é de longa data. Eu mesmo sempre curti mitologia nórdica, antes de entrar no Hazy Hamlet, e de meus ‘brothers’ da banda o que eu me lembro é que desde o começo já havia esse gosto pelas mitologias nórdica e egípcia, principalmente. Foi muito antes dessa onda de Viking Metal começar, e que tomou enormes proporções quando o Amon Amarth - que é uma banda que eu e os ‘cordistas’ (baixista e guitarrista) curtimos muito – começou a realmente conquistar espaço na mídia, na primeira metade dos anos 2000. Particularmente acredito que mitologias são ótimas para se passar alguma mensagem através de metáforas e referências. É isso que temos feito: escrito sobre guerras, degradação humana, motivação, utilizando elementos mitológicos. Vamos continuar fazendo isso, pois nos agrada muito, mas não nos restringiremos a apenas estes temas.
 
 
 
 
Recife Metal Law – Por falar nisso, a capa é totalmente inspirada no deus nórdico Odin, e foi desenhada pelo artista Celso Mathias. Pelas informações, vocês enviaram todas as idéias para o artista, tendo ele apenas o trabalho de colocá-las no papel. Depois de feita a capa, houve alguma mudança?
Arthur – Cara, ficamos muito felizes com essa capa, e temos a alegria de ter pendurada em nosso estúdio a obra original emoldurada. O Celso destruiu! Nós mandamos vários elementos, sim, para ele que gostaríamos que estivessem presentes, mas ele próprio curtiu tanto a idéia que saiu estudando e recolhendo mais informações sobre o assunto. Como ele é fã de arte-fantástica também, demos liberdade pra ele realizar os detalhes do ambiente e o ângulo da imagem. Quando ele nos enviou alguns esboços, ficamos boquiabertos, e foi até difícil escolher qual aceitaríamos! A única mudança após seu término foi a inclusão do símbolo “HH” na bigorna, que ele realizou por meios digitais.
 
 
 
 
Recife Metal Law – Como adoradores do velho vinil, e tendo uma capa dessas à disposição, existe a possibilidade do ‘debut’ ser lançado no velho formato Long Play (LP)?
Arthur – Essa sempre foi nossa vontade! Seria fantástico! Mas há alguns problemas. Primeiro precisaríamos quitar as dívidas que acumulamos com a fabricação do disco, que ainda estão grandes e vão levar um tempo. Depois, se conseguíssemos recursos pra tanto – afinal, a fabricação de vinil é muito cara – ainda teríamos que decidir se cortaríamos algumas músicas ou faríamos um álbum duplo – ainda mais caro – porque no LP só cabem 40 minutos, e nós descobrimos isso há pouco tempo. De qualquer forma, a pintura foi encomendada justamente para ser maior que o vinil, já com esse projeto em mente.
 
 
 
 
Recife Metal Law – A produção sonora, apesar de boa, a meu ver, poderia ter se saído melhor. Tal produção ficou a cargo do próprio Hazy Hamlet, inclusive feita no próprio estúdio da banda. Mixação e masterização ficaram a teu cargo. Qual foi a razão para que a banda não procurasse um produtor para trabalhar nesse álbum?
Arthur – Você tem razão. Estamos muito felizes com o resultado final quando comparamos com a captação, que estava muito ruim, e conseguimos a até um ponto salvar na mixagem. Entretanto, certamente poderia ter ficado melhor e com tudo que aprendemos trabalharemos para isso no próximo álbum. Sobre não procurar um produtor, primeiro tivemos a decepção com o dono do estúdio em que começamos a gravar. Depois, bons produtores são caros, e já estávamos investindo tudo que tínhamos (e não tínhamos) para fabricar esse disco. Por último, os profissionais atuais têm na cabeça uma sonoridade muito diferente da antiga. O som hoje em dia é extremamente alto, na cara, e tudo muito seco. Os bumbos parecem metralhadoras, guitarras com som digital e vocais secos. Queríamos uma sonoridade mais ‘vintage’, com efeitos mais exagerados, como antigamente. Só conseguiríamos fazer tudo soar ao nosso gosto se trabalhássemos sozinhos.
 
 
 
 
Recife Metal Law – “Forging Metal” foi lançado de forma independente. Como a banda vem trabalhando na parte de divulgação do álbum? Creio que essa forma de trabalho não seja fácil para a banda. Depois de lançado vocês chegaram a ser procurados por algum selo para fazer a divulgação do álbum?
Arthur – Fácil não é mesmo. Os ouvintes não têm idéia de quanta coisa é necessária pra se conseguir lançar um disco com tudo o que uma gravadora lança. E o maior problema é a falta de informação, pois ninguém tem interesse de ajudar o outro. A divulgação está sendo toda através da internet e com muita raça. Pra cada contato é sempre necessário fazer uma arte, redigir ou traduzir um artigo. Em tudo se perde muito tempo, e se anda muito devagar. Claro que tem sido um aprendizado valioso, e é muito gratificante ter contato com cada redator, empresário ou banger pessoalmente, o que as grandes bandas não têm. Queremos continuar trabalhando no Underground, mas sem o amadorismo que normalmente o rodeia, e sem o comercialismo desenfreado do ‘mainstream’. Estamos construindo agora uma melhor estrutura para informar os bangers e a mídia e preparando um novo site para o fim do ano, implementado por nós mesmos, e todo de acordo com as recomendações da W3C (World Wide Web Consortium). Portanto, logo a comunicação ficará mais fácil. Quanto a sermos procurados por algum selo para divulgação, não, não tivemos propostas. Mas temos orgulho de nosso trabalho independente, e temos recebido bastante contato de lojas do exterior para a revenda do material - estamos contentes e satisfeitos com isso agora. “Forging Metal” está sendo vendido fisicamente nos EUA, Grécia e Japão, e digitalmente na China e em alguns sites americanos para vendas internacionais.
 
 
 
 
Recife Metal Law – Após o término das gravações do álbum, o baterista Hermano Filho decidiu por sair da banda. Como vocês receberam a notícia de que Hermano estava fora da banda e como chegaram até Cadu Madera?
Arthur – Com um puta susto! (risos) Foi um choque enorme, mas diante às circunstâncias de dificuldades que a banda estava passando e toda a pressão pessoal que Hermano vivia, logo percebemos que sua opção fazia sentido – apesar de triste, pois ele havia dado muito suor pela banda. Felizmente, Cadu Madera já era um músico muito próximo do Hazy Hamlet, além de já ser um grande amigo. Ele vivia no nosso estúdio curtindo sons e filmes com a gente; já havia viajado conosco para dar suporte na bateria; tocava no projeto de Hard ‘70 com o Júlio e o Naka (Fábio), e possui uma ‘pegada’ bem tradicional, com influência de Powell, Aldrige, Appice... Nem sequer cogitamos chamar outra pessoa. Realizamos o convite, e no primeiro teste ele já saiu tocando quase tudo! (risos) Sua entrada deu uma motivação enorme pra banda, que estava quase encerrando as atividades, e conseguimos findar e lançar o disco.
 
 
 
 
Recife Metal Law – O álbum foi oferecido em memória das vítimas das fortes chuvas no estado de Santa Catarina. Alguém da banda tinha familiares naquele estado?
Arthur – Apesar de termos inúmeros amigos em Santa Catarina, possuímos poucos familiares naquele estado. Outra tragédia similar ocorreu depois, no Nordeste, e certamente ofereceríamos ao povo sofrido daí também. Esse oferecimento pode parecer estranho para alguns, mas tem tudo a ver com o que passamos em algumas de nossas letras e com a nossa forma de pensar. Veja bem, terrenos irregulares e perigosos são ocupados de modo incontrolável, por pessoas geralmente simples que já são vítimas de outros problemas sociais. Os governantes, que deveriam atuar com mão firme e ajudar, fazem vista grossa, pois estão sempre mais preocupados com seus próprios interesses, sua roubalheira, suas trocas de favores, suas férias. A riqueza gerada pela humanidade é imensurável, capaz de dar conforto e proteção para todos, mas isso não ocorre. Tal descaso não é exclusividade brasileira. É só assistir ao telejornal para constatar os conflitos, as guerras, interesses políticos camuflados de religiosos. Se gasta uma fortuna para matar, e uma fortuna para proteger o homem do próprio homem! Enquanto uns estão preocupados em ganhar territórios ou construir suas coberturas, nada se faz para proteger o homem daquilo que é inevitável: os desastres naturais. Terremotos, chuvas, furacões, sempre existiram e sempre existirão. E os homens? É demais pedir que enquanto habitarem esse planeta ajudem seus próprios semelhantes a se protegerem dos ataques da natureza?
 
 
 
 
Recife Metal Law – Após o lançamento de “Forging Metal”, o que podemos esperar do Hazy Hamlet?
Arthur – Podem esperar que estaremos para sempre forjando Metal! Batalharemos bastante para divulgar esse álbum, e queremos tocar e nos divertirmos muito com todos, bangers e bandas. Somos muito gratos e honrados de concedermos esta entrevista a vocês do Recife Metal Law, que foi o primeiro webzine a divulgar a notícia de lançamento de nosso álbum. Muito obrigado pelo apoio, um enorme abraço a todos e “Keep Rocking”!
 
 
 
 
Contatos: Caixa Postal 1463. Maringá/PR. CEP: 87.001-970.
E-mail: [email protected]
Site: www.hazyhamlet.com
 
 
 
 
Entrevista por Valterlir Mendes
 
 
 
Fotos: Divulgação