DISSIDIUM





Com nove anos de formação, agora a pouco é que o Dissidium começou a ter um maior respaldo no meio Underground, após o lançamento do EP “Danse Macabre”. A banda surgiu na bela João Pessoa/PB, no ano de 2001, e mesmo tendo passado por diversas formações durante todo seu tempo de atividade, sempre se manteve na ativa, criando e fazendo shows. A banda conta com o experiente vocalista Williard Scorpion, bastante conhecido no meio em razão de já ter feito parte do lendário Medicine Death. Os demais músicos, Eduardo “Monga” Amorim (bateria), Márcio “The Philosopher” Quirino (baixo) e Alex “Souldealer” Abrantes (guitarra) já tiveram passagem pelo Medicine Death, mas é com o Dissidium que os músicos começaram a ter um trabalho com verdadeira forma. A banda, em seu primeiro lançamento, procurou abordar uma temática lírica falando sobre os clássicos filmes de horror, que se mistura a uma sonoridade Death Metal, por vezes densa e aterrorizante. Márcio Quirino e Alex Abrantes nos falam um pouco mais sobre o Dissidium. Confiram!

 
Recife Metal Law – De onde vem o nome Dissidium e como ele se encaixa na temática lírica abordada pela banda?
Márcio “The Philosopher” Quirino –
O nome Dissidium foi uma sugestão de Alex (guitarrista). É um termo latino que significa algo como “dissidência”, “separação”, “ruptura”, etc. Por termos uma formação filosófica e concepções artísticas muito particulares, este nome acabou se ajustando ao perfil que esperávamos para a banda, e até mesmo que já tínhamos, já que não foi o primeiro nome usado por nós. Particularmente, interpreto essa palavra mais pela sua dimensão mística que qualquer outra significação: política, ideológica ou o que seja.
Alex “Souldealer” Abrantes – A palavra vem do latim e significa: dissentimento, desarmonia, discórdia, divisão, dissensão. Obviamente, levamos em consideração vários fatores no momento de atribuir este nome ao grupo. Sonoridade, grafia e, principalmente, o significado – seja este explícito ou não – são elementos que consideramos fundamentais para caracterizar a personalidade do projeto artístico em questão. Pessoalmente, entendo que a força deste nome reside mais no seu conteúdo implícito, o que torna um tanto quanto subjetiva a compreensão do seu significado. Em todo caso, posso dizer que a relação com o lirismo desenvolvido em nosso trabalho – verse este sobre o fenômeno do horror, a morte ou outro tema qualquer – revela-se na noção de crítica que o nome carrega. Ou seja, simbolicamente este nome representa nossa inquietação artística, que se expressa inúmeras vezes a partir do embate com certas concepções predeterminadas da existência, como um não-conformismo perante determinados valores vigentes... Em suma, representa nossa busca por tudo aquilo que é estranho e questionável no existir.

Recife Metal Law – Sobre as letras, elas tratam, basicamente, de histórias de terror, com forte influência de filmes como Halloween, Sexta-Feira 13 e Psicose. As letras combinam com a sonoridade feita pela banda, algumas Death Metal, outras de andamento aterrorizante. Esse foi o motivo para falar sobre o tema: combinar as letras com o som?
Márcio –
A decisão de orientar o trabalho de estreia para a temática de horror foi algo posterior ao surgimento de algumas músicas. Ou seja, algumas composições já existiam quando tomamos aquela decisão. As letras, por sua vez, individualmente, foram escritas especificamente para falar de um filme ou personagem de horror em particular, ou ao menos fazer uma menção enfática ao seu universo lírico. Esse processo com certeza foi facilitado pelo fato de as próprias estruturas e sonoridades das músicas já incitarem algo do tipo ‘aterrorizante’, uma característica naturalmente presente em nós.
Alex – Não posso dizer que este tenha sido ‘o motivo’ para adotarmos, em “Danse Macabre”, o fenômeno do horror e, mais particularmente, sua expressão no cinema, como tema central. Até porque nunca tivemos problemas em ‘combinar’ o tema das nossas letras com o som que fazemos, mesmo que o assunto em questão seja algo que usualmente as pessoas não associariam ao universo lírico do Death Metal. O motivo (ou motivos) que nos leva a escolher um determinado tema é geralmente algo de outra ordem: primeiro, nosso gosto pessoal, em seguida, o quanto interessante o tema é, ou seja, quais as possibilidades e desafios criativos ele pode nos oferecer. É lógico que desde o princípio da elaboração deste trabalho, a relação entre nossa concepção sonora e os temas abordados nos filmes deste gênero nos pareceu bastante evidente. Posso mesmo dizer que sempre entendi o Death Metal como um gênero musical que carrega vários dos elementos presentes nos filmes de terror que sempre me fascinaram... Em certa medida, é como se o Death Metal fosse o correlato na música do gênero do horror no cinema. E como somos grandes apreciadores da sétima arte, o tema nos pareceu perfeito. Poderíamos trabalhar com dois universos incríveis, que, além de um grande prazer estético, não cessam de nos fornecer novas idéias. A morte, o horror, o cinema, o grotesco, o burlesco, a literatura, o ocultismo, o caos, a música... Está tudo ali, é só escolher! Sendo assim, poderíamos juntar as forças destes vários elementos em uma única obra e compor nossa própria trilha sonora, nossa ‘Dança Macabra’. No final, como costumo dizer, não estamos mais do que exercendo através da música nossa vocação ‘frankensteiniana’, ou seja, juntando partes e dando vida a um ‘monstro’! (risos)
 
Recife Metal Law – Falamos sobre as influências líricas, porém outros assuntos podem servir de inspiração para as letras do Dissidium?
Márcio –
Sim. Além da filosofia, literatura e cinema, a própria vida cotidiana é uma fonte inesgotável de temas a serem explorados artística e musicalmente.
Alex – É evidente que sim! Não nos impomos nenhum tipo de limite criativo. Fazemos o que gostamos e entendemos ser adequado para o momento artístico que estamos vivendo. Nunca dissemos que o conceito sobre o qual concebemos “Danse Macabre” era ‘o’ conceito a ser seguido ad aeternum pela banda. Pensamos e desenvolvemos esta temática especificamente para este trabalho, que, apesar de ser apresentado como um EP (tendo em vista sua duração e recursos de gravação utilizados), é uma obra completa, com começo, meio e fim. E como toda obra artística, este trabalho representa apenas um momento de nosso processo criativo, como ‘uma fotografia’ de um breve instante de nossa trajetória como artistas. Nem ao menos nos vemos na obrigação de dar continuidade a este tema em um full-lenght, ou qualquer trabalho futuro. Se isso vier a acontecer, será de uma maneira espontânea, como exercício de nossa liberdade criativa. No entanto, como tudo está em constante movimento, também nós, não devemos nos furtar das transformações... E como temos interesse por vários assuntos distintos, é bem possível que demoremos a retomar esta temática.
 
Recife Metal Law – Entre os integrantes da banda está Williard Scorpion, que passou pela ‘Cult’ Medicine Death. O vocal característico dele faz lembrar sua antiga banda. Eu poderia afirmar que o som do Dissidium sofre influência do Medicine Death, além da parte vocal?
Márcio –
De certa forma sim, pois além de ouvir o Medicine Death desde o início de minhas atividades musicais (por se tratar de uma banda marcante em minha cidade, sobretudo nos tempos em que comecei a ouvir e tocar Heavy Metal), tive a oportunidade de fazer parte do grupo, entre os anos de 1997 e 1998, o mesmo acontecendo com meus companheiros Alex e Eduardo (baterista), que também já tocaram naquela banda. Isto, obviamente, sem falar no fato auto-evidente de Williard ser um de nós.
Alex – Como Márcio destacou, todos os membros que hoje compõe o Dissidium, já fizeram, mesmo que em momentos distintos, parte do Medicine Death. Eu, por exemplo, participei da última formação da banda e também, de sua última gravação oficial. Junto com Eduardo, Williard e Hansen, gravamos uma versão para a música “Impious Mortal” da banda Brain Dead – lançada em um tributo à banda em questão, uma das pioneiras na cena da Malásia, intitulado “In Remembrance Of... Brain Dead ...D’ Tribute” (É possível escutar esta gravação no Myspace do nosso baterista, Eduardo: www.myspace.com/eddamorim). Desta forma, é bem possível que algo do Medicine Death esteja presente em nossa música. Mas pensando bem, não sei se caracterizaria isso como uma influência para o Dissidium no sentido estrito. O que quero dizer é que não percebo, pelo menos de forma consciente, esta influência atuando na minha forma de compor para o Dissidium... Realmente acredito que o ponto mais evidente de ligação com o Medicine Death seja mesmo o vocal de Williard. Em todo caso, acho que o correto seria dizer que temos várias influências em comum com o Medicine Death, isto é, nosso gosto musical converge em vários pontos (foi exatamente isso que nos levou a tocar juntos!), e muitas das influências que tínhamos na época do Medicine Death, ainda permanecem no cerne do nosso processo criativo. Contudo, muitos anos separam as duas bandas e nossa forma de encarar a música hoje é bastante distinta daqueles tempos... De qualquer maneira, sempre entendemos como um elogio quando alguém (geralmente pessoas que viveram a época de atuação do Medicine Death) compara ou aponta similaridades entre as bandas. Afinal, sempre gostamos do trabalho do Medicine Death e temos muito orgulho de termos participado de sua história.
 
Recife Metal Law – Oficialmente a banda surgiu em 2001, só vindo a lançar seu primeiro trabalho, “Danse Macabre” agora em 2009. O que foi feito durante esses oito anos está contido nesse EP?
Márcio –
O que foi feito, avaliado e escolhido, sim. Tivemos muitos problemas de formação durante os primeiros anos da banda, o que fez com que aproveitássemos apenas o que consideramos de melhor entre todas as reformulações de ‘line up’ e de composições. De qualquer forma, foi um período importante, de amadurecimento e reestruturação, e não de inatividade, se assim se pudesse pensar.
Alex – Nós produzimos bastante durante esses anos, embora não tenhamos lançado nenhum material oficial anteriormente. O material atual até possui músicas compostas em períodos distintos da banda, mas todas foram desenvolvidas tendo em vista este projeto. Chegamos a compor outras músicas seguindo a mesma temática, mas que acabaram não entrando no EP. Também existem outras compostas tanto antes como depois do período de gravação e que seguem, por assim dizer, outras temáticas. Nos shows tocamos várias que não estão no trabalho atual. Afinal, este EP é uma amostra do que somos capazes de fazer; o nosso cartão de visitas.

Recife Metal Law – A banda só começou a ter reconhecimento a partir desse lançamento. Como foi o início da banda e o trabalho de divulgação de seu nome durante esses oito anos? Vocês chegaram a se apresentar ao vivo durante esse período?
Márcio –
Sim, chegamos a atuar ao vivo mesmo antes do lançamento de “Danse Macabre”.
Alex – Foram vários os fatores que corroboraram para que uma maior divulgação do nosso nome só ocorresse mesmo após o lançamento deste trabalho. Desde o início de nossas atividades uma das principais dificuldades foi justamente constituir uma formação sólida, que pudesse trabalhar adequadamente as composições. Desde que eu e Márcio começamos a tocar juntos, ainda nos tempos da graduação em filosofia, sempre foi constante esse tipo de adversidade. Para você ter uma idéia, já perdemos a um bom tempo a conta de quantas vezes tivemos que mudar de baterista. Somente com a entrada de Felipe Dias (ex-vocalista, atualmente na banda alemã Ancient Existence) e mais tarde, de Eduardo Monga, é que pudemos realmente começar o projeto de “Danse Macabre”. Chegamos mesmo a nos apresentar com esta formação, já tocando versões iniciais de algumas músicas que compõe o trabalho atual (É possível assistir a um vídeo desta época clicando aqui). Entretanto, pouco tempo depois, Felipe teve que deixar a banda para dar continuidade aos seus estudos de filosofia na Alemanha. A partir de então, Williard se juntou ao grupo e decidimos trabalhar unicamente na produção do EP, sem nos preocupar com qualquer apresentação até que tudo estivesse devidamente concluído. Sempre fomos muito cuidadosos em apresentar qualquer material nosso ao público. Chegando mesmo a recusar alguns convites, a fim de que tudo pudesse sair do jeito que havíamos planejado. Desde o princípio nos preocupamos em produzir um material com o máximo de qualidade possível, que pudesse apresentar adequadamente nossas intenções artísticas. E vejo que esta atitude acabou sendo bastante positiva, uma vez que temos conseguido uma recepção muito boa.
 
Recife Metal Law – Como é tratada a parte visual dos shows do Dissidium? Existe alguma preocupação com encenação para que a parte visual combine com a parte sonora?
Márcio –
Existe um cuidado com o aspecto visual da apresentação. Um show de música é sempre um acontecimento áudio-visual (mesmo em sinfonias nos admiramos com a sincronia dos movimentos dos músicos, etc.); e na medida em que nossas músicas marcam bastante pelo envolvimento e ‘feeling’ com que as passagens são cantadas e tocadas, é importante que haja um ‘acabamento’ específico, dirigido ao que acontece no palco. E mesmo que haja um cego diante do palco, se ele por alguma razão perceber que ‘algo’ está diferente do show anterior ao nosso, isso já será gratificante para nós.
Alex – Gostamos quando uma apresentação tem, junto com uma sonorização adequada, um bom apelo visual. Entendemos que tudo isso corrobora para uma boa performance e, consequentemente, para que haja um maior interesse por parte do público. Quem na banda acaba realmente assumindo esta postura dramática – até mesmo pela liberdade que sua função de vocalista proporciona – é Williard. O gancho cênico que as músicas estabelecem com as personagens dos filmes tem lhe possibilitado desenvolver cada vez mais suas qualidades naturais de intérprete. E, sem dúvida, o resultado tem sido bastante satisfatório, uma vez que cria um excelente canal de comunicação com o público. Gostaríamos mesmo de poder contar com uma produção visual mais elaborada, principalmente no que se refere à iluminação, pois depender unicamente do que os produtores e casas de shows geralmente oferecem, tem inúmeras vezes nos colocado em situações limite, de puro improviso. Mas, infelizmente, financeiramente isso ainda não é possível. Em todo caso, no momento estamos mais preocupados com os equipamentos de áudio, pois é imprescindível a existência de um bom equipamento para que possamos reproduzir ao vivo a atmosfera que existe na gravação. E também neste aspecto, temos sofrido bastante por depender do que geralmente nos é oferecido nos shows!
 
Recife Metal Law – “Danse Macabre” apresenta músicas como “Dr. Phibes”, “My Dear Norman” e “Mortalha da Alma”, que destoam um pouco das demais, já que apresentam sonoridade fúnebre e arrastada. Qual o intuito da banda em colocar essas músicas no EP?
Márcio –
Trata-se de remontar musicalmente algum traço psicológico ou estético dos personagens a que se referem, através de ambiências sonoras que complementem adequadamente o conhecido perfil dos mesmos. Tecnicamente falando, também é uma tentativa de imprimir um transcorrer mais ‘cinematográfico’ ao play, dando margem para passagens mais semelhantes a trilhas sonoras de thrillers, suavizando com isso a transição entre uma faixa e outra.
Alex – Não diria que elas ‘destoam’ das demais músicas. Olhando a obra como um todo, entendo que elas completam o conceito do trabalho. Estamos efetivamente contando uma história, na qual a tragédia, o horror, a morte, a carnificina, a loucura, o suspense, são elementos constantes. Sendo assim, tínhamos que dispor de várias nuances interpretativas para que esta história fosse transmitida adequadamente. Estas músicas completam nosso ‘quebra-cabeça’ macabro; elas são necessárias tanto por sua peculiaridade individual, como pela atmosfera que geram, interligando os vários momentos da obra. Existem vários elementos (referências) ‘escondidos’ no decorrer de todo o trabalho, e acredito que a cada audição, as pessoas poderão descobrir novos elementos, tornando cada vez mais perceptível seu universo cinematográfico. Pessoalmente, tem sido muito recompensador ouvir os vários comentários que estas músicas geram. Muitos têm se surpreendido ao encontrar esse tipo de composição em nosso trabalho; sinal que estas composições vão de encontro a algumas noções pré-concebidas sobre o estilo musical que praticamos, ou seja, de encontro a certas ‘noções usuais’ de como, supostamente, uma banda como a nossa deveria soar. Mesmo assim, na grande maioria dos casos as opiniões têm sido favoráveis, mesmo quando houve na primeira audição certo ‘estranhamento’. Parece mesmo que audições subseqüentes são muito importantes para se perceber a beleza peculiar destas composições. Em todo caso, entendam ou não o nosso intuito, o importante é que estas músicas não passam despercebidas. E para nós, o próprio fato de que o ouvinte se questione sobre o propósito e significado destas composições, já é um forte indício de que atingimos nosso intento.
 
Recife Metal Law – As demais músicas seguem uma linha Death Metal, porém todas trazem samples de filmes de terror. As músicas são violentas, inclusive trazendo partes bem velozes, exemplo disso é “Necronomicon” e “Dawn of the Dead”. Como foi criar essas músicas e inserir esses samples nas mesmas?
Márcio –
Foi um processo relativamente simples, em tese, pois já projetávamos as músicas a partir de um panorama estético que nos permitia incluir coisas do tipo. Mas na prática houve um esforço adicional para tornar essas ideias funcionais, dentro de um contexto técnico definido e dificilmente variável, como é o das gravações em estúdio. O que afinal serviu para nos fazer crescer em experiência e nos revelar mais possibilidades acerca do ‘uso’ de nossa criatividade.
Alex – Todo o processo de composição, desde o início da escolha desta proposta temática, correu paralelo a um trabalho de pesquisa intenso. Você pode imaginar que assistir a filmes neste período se tornou algo constante. Também a leitura de vários clássicos da literatura de horror, e principalmente do livro do mestre Stephen King, “Dança Macabra”, foram fundamentais. Durante este processo, e com a intensificação dos ensaios, fomos dando formas às composições, testando todas as combinações possíveis, até que tudo estivesse de acordo com nossas intenções. Ao final de um longo período de convivência com o material que seria gravado, já podíamos naturalmente visualizar qual parte (samples) poderia ser inserida. Isto, como descrevi, aconteceu em todas as músicas... Tentamos identificar quais elementos poderiam ser utilizados para que nossa música pudesse ter uma atmosfera que suscitasse no ouvinte uma relação de proximidade com o filme em questão. É por isso que músicas como “Necronomicon”, “Michael Myers”, “Dawn Of The Dead”, soam da forma como você descreveu, e outras, como “Mortalha da Alma” (uma homenagem à trilogia macabra do mes
tre José Mojica Marins – o “Zé do Caixão”) tenham uma sonoridade tão peculiar.
 
Recife Metal Law – A apresentação gráfica ficou muito boa, obviamente com as imagens tratando sobre o tema terror. A capa foi feita por Adi “Sinner” França, porém ele teve liberdade para trabalhar na mesma ou a banda sugeriu algo?
Márcio –
A banda sugeriu o tema e o conceito principal da arte de capa, verbalizando ao máximo possível cada detalhe, e o desenhista (Adi “Sinner”) conseguiu captar e traduzir com fidelidade o que ouviu, em termos de imagens, graças a sua experiência e competência técnica.
Alex – Realmente ficamos muito satisfeitos com o trabalho de Adi, que soube transformar em belas imagens nossas ideias macabras. Ele é um cara muito talentoso e acredito que ainda ouviremos falar bastante do seu trabalho. E aproveitando a oportunidade, já que estamos falando da apresentação gráfica, gostaria também de destacar o trabalho de mais dois amigos, que muito nos ajudaram, tanto no desenvolvimento do logotipo da banda, como na finalização do projeto gráfico. São eles, Andrés Ceballos (kuro-Hyou Designer) e Adriano Quirino. Esta equipe foi fundamental para que o resultado final atingisse nossas expectativas.
 
Recife Metal Law – Levando-se em consideração que o EP foi lançado no formato SMD (Semi Metalic Disc), o que barateia o preço final do material, esse lançamento está sendo bem divulgado. Estou certo?
Márcio –
Está sendo bem divulgado e nossa perspectiva é de incrementar ainda mais esta divulgação, tanto por meio de contatos profissionais estratégicos, como de amigos e pessoas que vão aos shows e nos escrevem, ou entram em contato através de nossas páginas na internet.
 
Recife Metal Law – Digam-nos quais os próximos planos do Dissidium...
Márcio –
Pretendemos continuar com a divulgação de “Danse Macabre” em shows e festivais, além de buscar novos contatos para agendar tours e, ainda, iniciar o processo de composição de novo material, para um futuro full-length. Obrigado!
Alex - Nossa intenção é divulgar o máximo possível este material... Afinal, o melhor de estar numa banda é poder tocar e celebrar os efêmeros momentos dessa existência com os amigos! Assim, espero que possamos encontrar a todos o mais breve possível. Obrigado!

Contatos: A/C Alex Antonio. Caixa Postal 3501. João Pessoa/PB. CEP: 58.037-970
E-mail: [email protected]
Site: www.myspace.com/dissidium / www.dissidium.com

Entrevista por Valterlir Mendes
Fotos: Natália Damião e Rafael Passos