SLAVER





O Slaver faz parte da prolífica cena Thrash Metal do Distrito Federal, que tem nomes como o Acid Speech, Pesticide e a já reconhecida Violator. Nascida em 2005, a banda atualmente conta, em sua formação, com Marcio Cambito (guitarra/vocal), Neto Pipo (baixo) e Luiz Souza (guitarra) e Rômulo (bateria). Em 2006 o Slaver lançou sua primeira Demo, intitulada “Thrash Forces”, sendo esse o pontapé inicial para que a banda participasse de algumas coletâneas, algumas dela lançadas por selos ‘gringos’. No ano passado foi à vez da banda lançar seu primeiro EP, “Infected by Thrash”, pelo selo Violent Mosh. Esse EP já começa a ter respaldo no meio Underground, e sobre esse lançamento e algumas curiosidades da banda saberemos mais na entrevista que o Recife Metal Law fez com o Slaver, respondida pelo baixista Neto Pipo.


Recife Metal Law – Surgido em 2005, o Slaver traz em sua formação figuras bem conhecidas no cenário Underground brasiliense. Os integrantes da banda já tocam em outras bandas de Thrash Metal (Pesticide, Massacre Bestial, Acid Speech e Violator). Qual a razão para se juntarem e formarem outra banda de Thrash Metal?
Neto Pipo –
E aí Valterlir, tranquilo? Obrigado pelo espaço cara! Então, o que acontece na verdade é que quando formamos a Slaver não tínhamos ainda nos envolvido em outros projetos ou bandas, nem mesmo pretensão, mas as coisas foram acontecendo, com exceção do Rômulo, que já vem de outra banda: Massacre Bestial.

Recife Metal Law – Vocês procuram fazer um som influenciado pelos ícones do estilo, tais como Destruction, Sod
om, Whiplash, Kreator, etc. Existe a preocupação da banda em fazer um som que traga algum pouco de peculiaridade ou o que importa é apenas tocar Thrash Metal?
Neto –
Sim, a influência que temos dessas grandes bandas são claras no nosso estilo, mas sempre existem peculiaridades. Gostamos de criar coisas diferentes, mas sempre fiel ao bom e velho Thrash Metal.

Recife Metal Law – O primeiro lançamento da banda foi a Demo “Thrash Forces”. Como foi a aceitação desse material e como ele ajudou na divulgação do Slaver?
Neto –
A aceitação foi excelente, não esperávamos nada melhor. Além do split com as bandas Serial Killer, Beyond the Grave e Wardeath, lançado pelo selo peruano Eternal Warfare Productions, e a música “Nuclear Attack”, que saiu em uma coletânea intitulada “Thrash Metal Warriors”, lançada pelo Katon, vocalista da banda Hirax, que também faz parte da coletânea junto a outras bandas como: Toxic Holocaust, Sabbat, Strikemaster, entre outras. Tudo isso ajudou bastante na divulgação da banda, além dos amigos, claro, que sempre dão aquela força nos shows e comprando o material também.

Recife Metal Law – Já em 2007 foi à vez do lançamento do Split “Brazilian Thrash Massacre”, lançado pelo selo peruano Eternal Warfare Productions. Como surgiu a oportunidade de se juntar a outras bandas brasileiras e ter esse material lançado por um selo peruano?
Neto –
Recebemos um e-mail informando que o selo Warfare Productions estava interessado em lançar um split com bandas brasileiras, entre elas o Slaver, e também foi pedido que indicássemos mais três bandas pra fazer parte da coletânea. Então indicamos o Serial Killer, Beyond the Grave e Wardeath. Meses depois foi lançado em tape e CD.

Recife Metal Law – A Demo “Thrash Forces” chegou a ser lançada no formato tape na Polônia. O split também foi lançado nesse ‘Cult’ formato. Vocês gostam de lançamentos nesse tipo de mídia, hoje quase que totalmente extinta?
Neto –
Sim, gostamos bastante. Toda forma de divulgação é sempre bem vinda. O Cambito viajou com o Violator pela América do Sul e disse que pelo que pode perceber, esse tipo de material é bem aceito por lá. É uma pena que no Brasil não seja tanto, porque esse tipo de material tem um custo menor, o que acaba sendo mais fácil para as pessoas conhecerem as bandas.

Recife Metal Law – Apesar do pouco tempo de atividades a banda tem o nome bem divulgado, inclusive fora do país. A que se deve isso?
Neto –
Então, a divulgação do material foi boa e resultou num reconhecimento muito legal. Nunca tivemos a pretensão de atingir grandes públicos, fazemos isso por diversão. Mas com certeza devemos boa parte disso aos nossos amigos que sempre deram força comprando o material e comparecendo aos shows.

Recife Metal Law – Ano passado o Slaver lançou o EP “Infected by Thrash”, pelo selo Violent Mosh. Como vocês chegaram até esse selo e como vem sendo o trabalho de divulgação do EP?
Neto –
Sabe como é juntar o útil ao agradável? Então foi isso! (risos) Nosso amigo e patrão Miro estava com ideia de lançar um selo, e nós a procura de alguém disposto a lançar o EP. Ele nos fez o convite e na hora aceitamos. Na verdade estamos começando a divulgação agora, vamos fazer o lançamento dele no show do Master, e também é feita a distribuição pelo selo.

Recife Metal Law – O EP traz apenas quatro músicas inéditas, todas com um alto teor explosivo, de puro Thrash Metal. Como foi o trabalho de composição das músicas presentes em “Infected by Thrash”?
Neto –
As músicas criamos juntos, trocando idéias e as letras foram criadas pelo Danniel “Chaveiro” (ex-guitarrista).

Recife Metal Law – A capa, o logotipo e o título fazem jus ao estilo tocado pela banda. A capa é assinada por Renato Pacheco (ex-Kreditor), e apesar de simplória representa bem o que a banda quer passar com sua sonoridade e letra. Renato teve total liberdade para desenhar a capa?
Neto –
Sim, o Polaco é um puta desenhista. Demos alguns palpites, coisas sobre do que falam as letras e ele traduziu com esse desenho foda! O privilégio foi todo nosso; o cara é fera!

Recife Metal Law – Uma das músicas que mais gosto nesse EP é “Toxic Beer”, que tem uma ‘levada’ fulminante e uma ótima letra! Quais músicas estão tendo maior respaldo frente aos admiradores do Slaver?
Neto –
Acho que a “Toxic Beer” e “Infected By Thrash” são as mais empolgantes.

Recife Metal Law – Como bônus o EP traz duas músicas, extraídas da Demo “Thrash Forces”. Citada Demo contém três músicas, então como feita a escolha para essas duas músicas servirem de bônus para o EP?
Neto –
Tínhamos espaço para mais duas músicas no EP, então escolhemos as que mais gostamos.

Recife Metal Law – Após o lançamento de “Infected by Thrash” o guitarrista Luiz Souza (Pesticide) se juntou ao Slaver, na vaga de Danniel Chaveiro, que havia deixado a banda após a gravação da Demo “Thrash Forces”. Essa adição na banda se deu em razão das músicas do Slaver funcionar melhor com duas guitarras?
Neto –
Sim, com certeza as músicas soam melhor com duas guitarras.

Recife Metal Law – Como já citado, os membros do Slaver também tocam em outras bandas. E na hora de marcar shows, existe alguma dificuldade por causa da agenda das demais bandas?
Neto –
Não vejo como dificuldade. Entre nós rola um lance muito legal que é
o apoio independente de onde toque. Claro que às vezes as datas podem coincidir, mas aí vale aquele velho critério de quem marcou primeiro.

Recife Metal Law – Ainda sobre baixas no ‘line up’, o baterista Téo Meteoro também saiu da banda, e em seu lugar foi inserido Rômulo do Massacre Bestial. Como vem sendo o trabalho com o novo baterista e o que levou Téo a deixar o Slaver?
Neto –
Está sendo bacana. O Rômulo é um cara muito tranquilo e disposto; está pegando as músicas muito rápido e já vai encarar aí o primeiro show com a Slaver, dia 14 de fevereiro. Em relação à saída do Téo, foi uma decisão dele. Todo mundo da banda tem trabalho, faculdade, família, namorada e levamos essa vida doida aí de todo mundo e, em consequência disso, as coisas nem sempre saem como queremos na banda, devido à falta de tempo. Talvez isso tenha atrapalhado um pouco a comunicação entre nós. Mas bola pra frente.

Recife Metal Law – Espaço aberto para considerações finais...
Neto –
Agradeço a todos que apoiaram a Slaver durante esses cinco anos. E mais uma vez valeu aí pelo espaço! É sempre bom contar com pessoas que fazem esse tipo de trabalho e apóiam as bandas Underground. Informar que o EP “Infected By Thrash” já está à venda. Pra quem ainda não curtiu o nosso som pode conferir no Myspace da banda. Temos CDs à disposição e pedidos devem ser feitos com o nosso patrão Miro.

Site: www.myspace.com/slaverthrash / www.rebellionstamp.com

Entrevista por Valterlir Mendes
Fotos: Divulgação