Ravenland fala sobre novo álbum, downloads e Edgar Allan Poe




 

A banda de Gothic Metal Ravenland recentemente concedeu uma extensa entrevista ao webzine Metal Clube (www.metalclube.com) onde falaram sobre diversos temas, como a história da banda, downloads, Edgar Allan Poe, Rotting Christ e, é claro, a produção do novo álbum do grupo, “...And a Crow Brings Me Back”. Confira abaixo alguns trechos da conversa.

 

Metal Clube - Vamos começar falando do inicio de tudo. A biografia da banda diz que através do poema “O Corvo” de Edgar Alan Poe e do filme homônimo de James O’Bar, surgiu a idéia de montar o Metal com uma atmosfera gótica. Como foi esse processo?

Dewindson – Na verdade a idéia de montar uma banda já estava lá há muito tempo, só não sabia qual direção tomaria dentro do metal, tanto que, quando montei a Ravenland, nos três primeiros meses tocávamos Slayer, Megadeth, Judas Priest, Black Sabbath. Eu já tinha as letras e era muito fã do estilo de escrever do King Diamond, daí as minhas letras já tinham um direcionamento meio sombrio. Quando conheci em 1995/1996 bandas como Moonspell, Type O Negative, Tiamat e o grande “Draconian Times” do Paradise Lost fiquei encantado como o estilo Doom Metal havia se mesclado com o gótico, melancolia e peso juntos, daí redescobri a minha veia gótica, e ela era muito forte, pois lembrei que nunca havia esquecido de filmes como O Corvo e do poema de Edgar Alan Poe – O Corvo, daí conheci uma banda sueca chamada Lake of  Tears que tinha uma música chamada “Ravenland”, a letra dela era bela e a atmosfera unia bem a melancolia do Doom, com a sombriedade do gótico e o peso do metal, então decidi pelo nome Raveland e a fusão destes estilos, o metal, o gótico e o Doom.

 

Metal Clube - O que vocês acham da MP3? Tem sempre o lado bom e o ruim, mas como vocês encaram este material?

Camilla – É como eu falei do download anteriormente. MP3 é importante sim para a divulgação, apesar de que muitos deixam de comprar o álbum por ter acesso a esse material na internet. Mas sabemos que quem é fã mesmo, adquire o CD, sabem que a qualidade de som é bem superior que a do MP3, além de possuir  toda a arte do encarte que tanto nos preocupamos em deixar algo de qualidade, ‘que encha os olhos’ e que transmita a nossa sonoridade.

Dewindson – Eu vejo isso como as fitas k-7 dos anos 1980/90 que gravávamos para conhecer o disco e divulgar para os amigos, depois se gostássemos mesmo do álbum, vínhamos a comprá-lo, pois nada supera você ter o original com a capa, encarte e um áudio de qualidade. Hoje faço assim, uso o MP3 só para conhecer o disco, depois sempre termino adquirindo em formato original.

 

Metal Clube - Falando do novo álbum, “...And a Crow Brings me Back”, como foi trabalhar com o Ricardo Confessori? (Nota: o líder do Shaman e baterista do Angra, produziu o álbum e gravou a bateria do disco da Ravenland).

Dewindson – Olha, confesso que em 1996 fui a um show do Angra na tour do “Holy Land”, que inclusive é um álbum que é um clássico  do Metal nacional e sou muito fã destes dois primeiros discos deles. Daí, anos depois eu vi o interesse do Ricardo Confessori em trabalhar conosco e logo em seguida após o problema de saúde na perna do Rick (baterista da volta do grupo em 2006) o Ricardo Confessori se ofereceu para gravar a bateria do disco inteiro sem cobrar nada por isso, pois pra ele seria um prazer ajudar-nos. Foi muito legal, só me arrependo de não tê-lo deixado muito a vontade para criar mais arranjos em cima das músicas, pois tinha medo de não encontrar facilmente um baterista que pudesse reproduzir ao vivo o que ele havia gravado. Grande amigo e muito gente fina.

 

Para conferir a entrevista na íntegra clique aqui.

 

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